Supervisão e a escuta psicanalítica na Clínica-Escola: a experiência clínica de acadêmicos-estagiários
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/244424 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2022. |
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Supervisão e a escuta psicanalítica na Clínica-Escola: a experiência clínica de acadêmicos-estagiáriosPsicologiaPsicanálisePsicoterapeutasTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2022.A Universidade e as Clínicas-Escolas se apresentam como espaços potenciais de transmissão da psicanálise e da realização de estágios supervisionados orientados por essa perspectiva. O trabalho nas Clínicas-Escolas demarca o início da formação de um acadêmico-estagiário e, no caso específico dos que se voltam à psicanálise, marca os primeiros passos na construção de um estilo de intervenção clínica e do manejo com a transferência. Na presente pesquisa, estabelece-se como problema geral a investigação da construção da experiência clínica do acadêmico-estagiário a partir dos atendimentos realizados na Clínica-Escola, o que demanda a escuta do singular e do inconsciente que se entrelaçam à relação supervisor, acadêmico-estagiário, instituição e paciente. Propomos uma pesquisa em psicanálise problematizando os referenciais teóricos que sustentam a supervisão de base psicanalítica na clínica-escola, bem como problematizando o material clínico produzido nos atendimentos e na supervisão realizados em uma Clínica-Escola. Entendemos que as marcas e os fenômenos produzidos no decorrer de um estágio, que envolvem os atendimentos e a supervisão, podem permitir ao acadêmico-estagiário a abertura de novos questionamentos e discussões, uma reelaboração psíquica, pois ancorados no desejo de saber, para além da mera aquisição de conteúdos que privilegia a subjetividade restrita à consciência e a razão como parâmetro único à aquisição de conhecimento. A presente pesquisa se desenvolve no contexto acadêmico, especificamente, na Clínica-Escola e Serviço de Psicologia (CESP) de um Centro Universitário do norte do estado de Santa Catarina. Acreditamos que a supervisão com base psicanalítica visa promover e sustentar os enigmas e o disruptivo provenientes da escuta, bem como a construção de um caso clínico, considerando que os conceitos e o método da psicanálise oferecem sustentação a essa escuta e que saberes são mobilizados pela transferência na relação da tríade paciente, estagiário e supervisor. Acompanhamos o percurso de acadêmicos-estagiários em torno da idealização do ofício de psicanalista e o desafio da escuta das reverberações do caso clínico a partir das transferências estabelecidas neste contexto considerando o acontecimento que atravessa a clínica psicanalítica. Porém, considerando os acontecimentos referentes à pandemia de Covid-19 que atravessaram os últimos anos, questões prementes emergiram na supervisão como a questão do atendimento on-line e das máscaras usadas por profissionais, pacientes e funcionários na Clínica-escola. Essas questões nos levaram a ampliar nossos pressupostos de pesquisa, ou seja, a pandemia foi entendida como um acontecimento associado ao universal e ao singular e nos levou a perguntar sobre suas reverberações na prática dos participantes do trabalho psicanalítico na clínica-escola. Assim, observamos a denegação frente ao tempo pandêmico e problematizamos o silêncio dos pacientes, acadêmicos-estagiários e supervisores frente aos novos protocolos de segurança e saúde nos atendimentos clínicos em decorrência da pandemia de Covid-19, recorrendo aos conceitos de trauma, narrativa e desautorização para análise. Vislumbramos a supervisão com base psicanalítica como uma possibilidade de transmissão da psicanálise na Universidade e promotora da construção da experiência clínica do acadêmico-estagiário, entendendo que o estágio na Clínica-Escola pode promover o trânsito entre os conceitos e o exercício de uma prática a partir da formulação de um pensamento clínico, desde que seja possível manejar os atravessamentos e normativas institucionais, bem como a tentativa de controle pelo acadêmico-estagiário frente à angústia do não-saber e do disruptivo que um acontecimento produz.Abstract: The University and the School Psychology Clinic present themselves as potential spaces for the transmission of psychoanalysis and for the realization of supervised internships guided by this perspective. The work in the School Psychology Clinic marks the beginning of the formation of an academic intern and, in the specific case of those who turn to psychoanalysis, it marks the first steps in the construction of a style of clinical intervention and transference management. In the present research, the general problem is established as the investigation of the construction of the clinical experience of the academic intern from the appointments held in the School Psychology Clinic, which demands listening to the singular and the unconscious that are intertwined in the relationship between supervisor, academic intern, institution and patient. We propose a research in psychoanalysis problematizing the theoretical frameworks that support the psychoanalytic-based supervision in the School Psychology Clinic, as well as problematizing the clinical material produced in the appointments and supervision carried out in a School Psychology Clinic. We understand that the marks and phenomena produced during an internship, which involve appointments and supervision, may allow the academic intern to open new questions and discussions, a psychic re-elaboration, since they are anchored in the desire to know, beyond the mere acquisition of contents that privileges subjectivity restricted to consciousness and reason as the only parameter for the acquisition of knowledge. The present research is developed in the academic context, specifically, in the School Psychology Clinic and Psychology Service of a University Center in the north of Santa Catarina State. We believe that psychoanalysis-based supervision aims at promoting and sustaining the enigmas and the disruptive coming from listening, as well as the construction of a clinical case, considering that the concepts and the method of psychoanalysis offer support to this listening and that knowledge, is mobilized by the transference in the relationship between the triad patient, academic intern and supervisor. We followed the path of academic interns around the idealization of the craft of psychoanalyst and the challenge of listening to the reverberations of the clinical case from the transferences established in this context considering the event that crosses the psychoanalytic clinic. However, considering the events related to the Covid-19 pandemic that have gone through the last few years, pressing issues have emerged in supervision as the issue of online care; of masks worn by professionals; by patients and staff at the School Psychology Clinic. These questions led us to expand our research assumptions, that is, the pandemic was understood, as an event associated with the universal and the singular and led us to ask about its reverberations in the practice of the participants of psychoanalytic work in the School Psychology Clinic. Thus, we observed the denial in the face of pandemic time and problematized the silence of patients, academic interns and supervisors in the face of new protocols of safety and health in clinical care due to the Covid-19 pandemic, using the concepts of trauma, narrative and without authorization for analysis. We envision supervision based on psychoanalysis as a possibility of transmission of psychoanalysis at the University and promoter of the construction of the clinical experience of the academic intern, understanding that the internship at the School Psychology Clinic can promote the transit between concepts and the exercise of a practice from the formulation of a clinical thought, provided that it is possible to manage the crossings and institutional norms, as well as, the attempt to control by the academic intern in the face of the anguish of non-knowledge and the disruptive that an event produces.Souza, Mériti deUniversidade Federal de Santa CatarinaAngeli, Gustavo2023-02-14T23:11:08Z2023-02-14T23:11:08Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis196 p.| il.application/pdf380238https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/244424porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-02-14T23:11:08Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/244424Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-02-14T23:11:08Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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