Monitoramento hidrológico de turfeira nas montanhas do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro/SC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duzzioni, Renata Inácio
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94666
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2010
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spelling Monitoramento hidrológico de turfeira nas montanhas do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro/SCGeografiaTurfeiraParque Estadual da Serra do Tabuleiro (SC)HidrologiaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2010Turfeiras são ecossistemas onde se desenvolvem as turfas, que são depósitos de restos vegetais parcialmente ou totalmente decompostos com aproximadamente 90-95% de água. A turfeira, objeto de estudo desta pesquisa, está situada no Campo da Ciama, nordeste do município de São Bonifácio dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Esta pesquisa teve como objetivo principal compreender a dinâmica hidrológica desse ecossistema. Para tanto, foram realizados: levantamento topográfico planialtimétrico, granulometria, medidas de densidade real e aparente, porosidade, permeabilidade, capacidade de infiltração e monitoramento hidrológico da área de estudo. Através da granulometria, destacaram-se duas classes texturais a partir do diagrama de Flemming: Lama arenosa siltosa - 25,58% e lama arenosa argilosa - 16,27%. E para o diagrama de Folk predominaram as classes texturais: lama cascalhenta - 55,81% e areia lamosa cascalhenta - 20,93%. Os dados de densidade real e aparente e de porosidade mostraram que a parte superficial da turfeira, o acrotelmo, juntamente com a zona de raízes de Sphagnum são altamente porosos igualmente aos valores de permeabilidade e capacidade de infiltração e possuem baixas densidades. Enquanto que, com o aumento da profundidade esses dados tendem a se inverter. A permeabilidade no acrotelmo é equivalente a encontrada para o corpo da turfa, ou seja, ambas são altas e encaixam-se na transição das areias para as areias finas siltosas e argilosas, siltes argilosos.Logo, caracterizam-se por apresentar drenagem de boa a média-fraca.O monitoramento hidrológico se fez em cinco meses: maio - outubro/2009. Neste, dados de precipitação, nível, vazão e temperatura foram registrados e sintetizados em tabelas e gráficos. A partir dos dados do monitoramento foi possível distinguir dois períodos de volume de precipitação: um seco, referente aos meses de maio até agosto e um chuvoso representado por setembro e outubro. Para esses seis meses foram selecionados 30 eventos para análise de detalhe com o intuito de separar os tipos de escoamento: de base e superficial. Desses eventos, 16 ocorrem no período seco com predomínio de fluxo de base e 14 no período úmido com predomínio de fluxo superficial. Verificou-se que o tempo de resposta da turfa é lento, em torno de 18 horas após o início da chuva. Além disso, valores médios para a intensidade da chuva no início dos eventos indicam que acima de 5,6 mm/h tem-se predomínio de escoamento superficial, enquanto que abaixo de 2,6 mm/h tem-se escoamento de base. Concluiu-se que a produção de escoamento superficial está associada com a existência prévia de água no acrotelmo e na cobertura de Sphagnum, relacionando isso a elevada capacidade de infiltração dessa camada tem-se que o escoamento superficial deve ser do tipo saturado (dunniano) ou ainda subsuperficial, extravasando a jusante da turfeira, no vertedor. O monitoramento da variação do lençol freático foi realizado em janeiro e fevereiro de 2010 com a instalação de dois poços piezométricos: o Poço 1 localizado a montante da estação hidrológica e o Poço 2 situado em área inflada da turfa. Com isso, verificou-se que o Poço 2 reage rapidamente para a recuperação do nível de água ao contrário do Poço 1. Percebe-se conexão e provável relação de causa e efeito entre o nível do lençol no Poço 2 e o escoamento superficial no vertedor.Oliveira, Marcelo Accioly Teixeira deUniversidade Federal de Santa CatarinaDuzzioni, Renata Inácio2012-10-25T14:14:28Z2012-10-25T14:14:28Z2012-10-25T14:14:28Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis269 f.| il., grafs., tabs.application/pdf287224http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94666porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-05T08:11:54Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/94666Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-05T08:11:54Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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