Experiência, conceitualidade e subjetividade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231115 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2021. |
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Experiência, conceitualidade e subjetividadeFilosofiaConsciênciaSubjetividadeDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2021.John McDowell e Hubert Dreyfus são dois filósofos contemporâneos que, apesar de partirem de tradições distintas, há alguns anos se engajaram em uma discussão rica e fervorosa acerca de uma questão fundamental e tradicional na filosofia: como se dá a nossa relação ou interação com o mundo. McDowell, em Mente e Mundo, leva às últimas consequências o argumento de que toda a experiência humana é permeada por conceitualidade. Hubert L. Dreyfus critica essa noção, alegando que McDowell acaba caindo na armadilha do Mito do Mental, isto é, a alegação de que toda inteligibilidade é permeada por capacidades racionais. Nesse sentido, o embate fundamental entre McDowell e Dreyfus é sobre a extensão do envolvimento das capacidades conceituais na nossa relação incorporada com o mundo. Para McDowell, essas capacidades conceituais permeiam todos os aspectos de nossas vidas; Dreyfus, por outro lado, descreve formas de interação em embodied, ou absorbed, coping, que não são provenientes da racionalidade conceitual. Para ele, essas habilidades não-conceituais nos abrem para um mundo que solicita os nossos comportamentos corporais. Para Dreyfus, na maior parte do tempo, o nosso comportamento e percepção não são apenas desprovidos de conceitos, mas até mesmo de mentalidade. Em embodied coping, não haveria nem o mundo e nem o sujeito, apenas atividade fluida. Em contrapartida, para McDowell, a questão acerca da conceitualidade está diretamente relacionada à autoconsciência e à capacidade de reflexão crítica. Para ele, é o poder do pensamento conceitual que dá visibilidade tanto ao mundo quanto ao eu. Portanto, seres que não têm capacidades conceituais, por consequência, também não teriam autoconsciência ou experiência da realidade objetiva. Como alternativa a esse embate, Dan Zahavi, filósofo dinamarquês, sugere, a partir de uma abordagem fenomenológica, uma maneira de rebater a tese de McDowell de que qualquer tipo de autoconsciência apenas é possível a partir da noção de conceitualidade, bem como a noção de Dreyfus sobre o nível de absorbed coping ser desprovido de qualquer forma de autoconsciência.Abstract: John McDowell and Hubert Dreyfus are two contemporary philosophers that, besides coming from different philosophical traditions, have engaged in a rich discussion about how our relationship or interaction with the world unfolds. In Mind and World, McDowell pushes through the argument that conceptuality pervades all human experience. Hubert L. Dreyfus criticizes this conception by arguing that McDowell falls into the trap of the Myth of the Mental ? the idea that rational capacities pervade all intelligibility. Thereby, the fundamental opposition between McDowell and Dreyfus is about how much our embodied relationship with the world involves conceptual capacities. On one hand, McDowell suggests that these conceptual capacities pervade all aspects of our lives. On the other, Dreyfus describes distinct forms of interaction in embodied, or absorbed, coping, that do not come from conceptual rationality. According to him, those non-conceptual abilities open us up to a world that solicits our bodily behaviors. Indeed, in his view, most of the time, human behavior and perception are not only devoid of concepts, but also of mindedness. In Dreyfus' embodied coping, there is neither a world nor a subject, only flowing activity. According to McDowell, conceptuality relates directly to self-consciousness and to the capacity of critical reflection. For him, what gives visibility both to the world and the \"I\" is the power of conceptual thought. Thus, beings that lack conceptual capacities therefore also lack self-consciousness and the experience of the objective reality. In this thesis, I suggest Dan Zahavi's proposal as an alternative to this opposition between McDowell and Dreyfus. From a phenomenological approach, Zahavi refutes McDowell's argument that any kind of self-consciousness is only possible based on a notion of conceptuality, and Dreyfus' defense that the absorbed coping level is deprived of any sort of self-consciousness.Braida, Celso ReniUniversidade Federal de Santa CatarinaFanaya, Maria Clara Fonseca2022-02-14T13:33:17Z2022-02-14T13:33:17Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis95 p.application/pdf374151https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231115porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-02-14T13:33:17Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/231115Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-02-14T13:33:17Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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