A espera por um transplante renal: narrativas de mulheres em tratamento hemodialítico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/100920 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2012 |
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A espera por um transplante renal: narrativas de mulheres em tratamento hemodialíticoEnfermagemDoencas cronicasInsuficiência renal crônicaHemodiáliseRins -TransplanteDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2012A insuficiência renal crônica é uma doença grave e com crescimento alarmante. Optamos, neste estudo, em focalizar a mulher com insuficiência renal crônica. Essa escolha está ancorada em alguns aspectos relacionados ao gênero, pois a mulher tem funções distintas em uma sociedade, especialmente junto à sua família, sendo considerada o principal suporte desta. Com a descoberta da doença e o início do tratamento, muitas mudanças acontecem, podendo desestruturar suas vidas e seu ambiente familiar. A partir dessas considerações, formulamos a seguinte pergunta de pesquisa: Quais as narrativas das mulheres em tratamento hemodialítico sobre sua condição crônica e a espera do transplante renal? Objetivo: compreender as narrativas de mulheres em tratamento hemodialítico sobre a sua condição crônica e a espera do transplante renal. Método: trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, interpretativa, que buscou conhecer as narrativas de mulheres em tratamento hemodialítico e sua espera pelo transplante renal. Participaram 12 mulheres que realizavam tratamento hemodialítico na região da Grande Florianópolis. Essas mulheres estavam cadastradas na lista de espera para o transplante renal ou em fase de realização de exames para serem inseridas na lista de espera. A coleta de dados foi realizada através de entrevista em profundidade, buscando conhecer as narrativas das mulheres sobre sua condição crônica. O método de análise adotado foi o de narrativas segundo pressupostos de Riessman (2008). Nesta pesquisa foram respeitadas as diretrizes sobre pesquisa com seres humanos, norteadas pela Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEPSH) da Universidade Federal de Santa Catarina sob processo número 2411. RESULTADOS: os resultados são apresentados na forma de dois manuscritos: o primeiro, intitulado O que me consome é o que me salva: narrativas de mulheres em tratamento hemodialítico teve como objetivo compreender as narrativas das mulheres que realizam hemodiálise na região da Grande Florianópolis (SC). O segundo, denominado Narrativas de mulheres em hemodiálise: à espera do transplante renal, teve como objetivo compreender as narrativas de mulheres em tratamento hemodialítico sobre a espera do transplante renal. Essas narrativas revelaram que as mulheres reconhecem que a realização da hemodiálise é vital, a espera pelo transplante é inevitável e o sucesso do procedimento não é previsível. A única certeza presente é a de que coragem e resistência são essenciais para continuarem vivendo da melhor maneira possível, realizando terapia dialítica, enquanto esperam pelo transplante. Essas mulheres consideram o transplante uma possibilidade de tratamento mais definitivo, que pode mudar suas vidas e transformar realidades extremamente difíceis em dias melhores. Ter a possibilidade de fazer um transplante ajuda-as a encarar o penoso dia a dia do tratamento hemodialítico, pois surge o sonho de vida nova em meio a um viver sofrido. Apesar de seus medos e anseios, essas mulheres ressaltam que é preciso ser forte para encarar a luta diária pela sobrevivência. E nessa luta existem períodos de altos e baixos, mas o que deve predominar é a força e a vontade de viver. A família tem um papel importante de apoio a essas mulheres, e uma família participante faz diferença nas formas de enfrentamento da doença. Acreditam que após o transplante renal, poderão estar mais tempo em seus domicílios, juntos às suas famílias. Considerações finais: através das narrativas evidenciamos as transformações ocorridas na vida dessas mulheres, iniciadas pela descoberta da doença, seguida da entrada na hemodiálise. O transplante surgiu como a libertação da máquina, a volta à normalidade e o deslumbramento por um novo recomeçar. O estudo deixa evidente a necessidade de mais pesquisas relacionadas às mulheres com doenças crônicas e acerca do viver com uma doença renal crônica e seus tratamentos, de forma a mostrar aos profissionais da saúde e aos órgãos responsáveis que o cuidado a essas pessoas envolve mais do que somente o cuidado com o corpo: requer um efetivo envolvimento dos pprofissionais com os diferentes âmbitos do viver dessas pessoas.Chronic renal insufficiency is a serious disease, with an alarming growth. In this study, we chose to focus on women with chronic renal insufficiency. That choice is founded on some gender-related aspects, as women play specific roles in society, especially within her family, being considered its main support. When they discover the disease and begin treatment, several changes occur, which may eventually break the structure of their lives and their family environment. Taking these factors into consideration, we have formulated the following research question: What are the narratives of women undergoing hemodialysis regarding their chronic condition and their wait for a kidney transplant? Objective: To understand the narratives of women undergoing hemodialysis regarding their chronic condition and their wait for a kidney transplant. Method: this qualitative, interpretative study aimed to identify the narratives of women undergoing hemodialysis and their wait for a kidney transplant. The participants were 12 women undergoing hemodialysis in the Great Florianopolis Area. The women were on the kidney transplant waiting list or undergoing the test phase to be included in the list. Data collection was performed by in-depth interviews, aiming at obtaining the narratives of women undergoing hemodialysis regarding their wait for the kidney transplant. The analysis method adopted was that proposed by Riessman (2008). This study was performed in compliance with the guidelines for human research recommended by Resolution 196/96 of the National Health Council. The study was approved by the human research ethics committee at Federal University of Santa Catarina, under process number 2411. RESULTS: the results are presented as two manuscripts: The title of the first one is: What consumes me is what saves me: narratives of women under hemodialysis; and the objective was to understand the narratives of women undergoing hemodialysis regarding their wait for a kidney transplant. The second was called: The narratives of women undergoing hemodialysis: the wait for a renal transplant; and was performed with the objective to understand the narrative of women undergoing hemodialysis in the Great Florianópolis Area, Santa Catarina, Brazil. The narratives revealed that the women recognize that hemodialysis is vital for them, that their wait for the transplant is inevitable, and a successful outcome is not predictable. The only certainty is that courage and resistance are essential for these women to continue living as well as possible, undergoing hemodialysis, while waiting for the transplant. These women consider the transplant as a possibility of a more definitive treatment, which could change their lives and transform extremely difficult situations into better days. The chance of doing the transplant helps them face the arduous day of hemodialysis, as they dream of a new life emerging from their suffered life. Despite their fears and apprehensions, these women teach what is needed in order to be strong to face the daily battle for survival. A battle that may have many ups and downs, but strength and the will to live must prevail. The family has an important support role to these women, and, most certainly, a participating family makes the difference on the forms of dealing with the disease, hence their hope for the kidney transplant, as they realize that with this treatment they can be home with their family. Final remarks: the narratives evidence the transformations that occur in the lives of these women, which begin with their discovery of the disease, followed by their start with the hemodialysis. The transplant emerged as the liberation from the machine, going back to normal life, and the excitement for a new beginning. The study clearly demonstrates that there is a need for more studies related to women with chronic diseases, and about living with a chronic kidney disease and its treatments, as a way to show health professionals and the responsible agencies, that the care to these people much more than only taking care of their bodies, but, rather, it requires an effective involvement of professionals with the many different domains in the lives of these people.Silva, Denise Maria Guerreiro Vieira daUniversidade Federal de Santa CatarinaLopes, Soraia Geraldo Rozza2013-06-25T23:54:43Z2013-06-25T23:54:43Z20122012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis121 p.| tabs.application/pdf314825http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/100920porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-06-25T23:54:43Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/100920Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-06-25T23:54:43Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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