Nem recatadas e nem "do lar", mas belas lutadoras: batalha das mina e a luta contra as opressões da vida cotidiana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coto, Gabriela Cordioli
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/210526
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 2018.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaCoto, Gabriela CordioliMoretto Neto, Luís2020-08-19T20:03:50Z2020-08-19T20:03:50Z2018363860https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/210526Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 2018.A Batalha das Mina (BM), batalha de Rap para mulheres que ocorre no centro da cidade de Florianópolis desde 2016, tem despontando na cena Hip Hop local como um movimento feminista autogestionário e horizontal, que surgiu em contraposição a práticas opressivas vivenciadas cotidianamente por mulheres rappers em outras batalhas, contestando formas de ser e agir referentes às relações de gênero dentro de um Movimento que se propõe lutar contra o modo de produção capitalista, mas que reproduz suas contradições. A vivência da BM, entretanto, trouxe à tona ambiguidades vivenciadas intra-gênero, evidenciando questões referentes à raça e à classe social que produziram tensões e assimetrias dentro da Batalha das Mina, bem como reflexões importantes em termos de construção de uma práxis eminentemente libertadora, engajada com as origens do Hip Hop e com a realidade social. E sendo a práxis feminista libertadora construída a partir da vivência de mulheres comuns e da crítica à vida cotidiana, nos moldes definidos por Lefebvre (2002), assumindo a totalidade das relações sociais marcadas por opressões de gênero, raça a classe social ? o nó de opressões de Heleith Saffioti (1979) ? esta tese objetivou identificar em que medida a experiência da Batalha das Mina possibilita a construção de uma práxis feminista libertadora que irrompa a cotidianidade da vida cotidiana. Por meio de pesquisa de campo, pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas com MC?s integrantes da Batalha das Mina, foi possível identificar a produção de novas representações atreladas ao gênero feminino, novas formas de ser e agir que irrompem a cotidianidade programada da vida cotidiana. Ainda assim, em se pensando em um horizonte transformador a partir de práticas construídas horizontalmente, como proposto pelo coletivo, foi possível perceber que a exaltação de identidades fixas e pré-estabelecidas do que é ser mulher, negra e da periferia, que em alguns momentos instaura ambiguidades e fragmentações que impossibilitam a assunção da uma identidade mais ampla, a de classe, necessária para compreender as opressões cotidianas a partir da totalidade das relações sociais.<br>Abstract : The Batalha das Mina (BM) - a Rap battle for women that takes place in the city center of Florianópolis - has since dawned on the local Hip Hop scene as a self-managed and horizontal feminist movement that emerged in opposition to the oppressive practices experienced daily by women rappers in other battles, thus contesting ways of being and acting regarding gender relations within a Movement that proposes to fight against the capitalist mode of production, but which reproduces its contradictions. The experience of the BM has, however, brought to light intra-gender lived ambiguities, which have highlighted issues related to race and social class that produced tensions and asymmetries within the Batalha das Mina, as well as important reflections in terms of the construction of an eminently liberating praxis, origins of Hip Hop and social reality. And feminist praxis liberating, constructed from the experience of ordinary women and critical to everyday life, as defined by Lefebvre (2002), assuming the totality of relations marked by oppression of gender, race and social class - the knot of oppression of Heleith Saffioti (1979) - this thesis aimed to identify the extent to which the experience of the Batalha das Mina makes possible the construction of a liberating feminist praxis that breaks the daily life of everyday life. Through field research, documentary research and semi-structured interviews with some MCs, it was possible to identify the production of new representations linked to the female gender, new ways of being and acting that break into the daily routine of everyday life. Still, in thinking of a transforming horizon from horizontally constructed practices - as proposed by the collective - it was possible to perceive that the exaltation of fixed and pre-established identities of what is to be a woman, black and the periphery, in some moments establishes ambiguities and fragmentations that preclude the assumption of a broader identity, that of class, necessary to understand the daily oppressions from the totality of social relations.293 p.| il.porAdministraçãoNegrasFeminismoRelações de gêneroRap (Música)Nem recatadas e nem "do lar", mas belas lutadoras: batalha das mina e a luta contra as opressões da vida cotidianainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPCAD1103-T.pdfPCAD1103-T.pdfapplication/pdf1857109https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/210526/-1/PCAD1103-T.pdf2208fe876e6a88605aa10a3193990760MD5-1123456789/2105262020-08-19 17:04:23.284oai:repositorio.ufsc.br:123456789/210526Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-08-19T20:04:23Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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