Paradoxos de uma ciência à deriva: o Hotel da Loucura e alguns modos de perder-se em uma pesquisa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vianna, Luciano von der Goltz
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205573
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2018.
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spelling Paradoxos de uma ciência à deriva: o Hotel da Loucura e alguns modos de perder-se em uma pesquisaAntropologia socialEtnologiaLoucuraParadigmas (Ciências sociais)EpistemologiaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2018.A presente tese foi elaborada a partir de um projeto de reflexão epistemológica, a qual originou e estruturou uma pesquisa de campo etnográfica no Hotel da Loucura. A investigação empírica consistiu na divisão daquilo que o pesquisador entendia por \"etnografia\", a fim de pôr à prova suas \"partes\". Observação, entrevista e participação foram\"separadas\" para dar lugar tanto a uma meta-investigação sobre as condições de possibilidade de uma etnografia ser produzida quanto a construção de uma etnografia sobre o Hotel da Loucura. A tese apresenta duas linhas argumentativas centrais, costuradas por meio de uma performance textual que visa montar e desmontar seus enunciados, trazendo à tona seus possíveis pressupostos, condicionamentos e matrizes disciplinares. Uma das linhas argumentativas reitera a centralidade da figura de um \"eu-antropólogo\" como condição de possibilidade para uma etnografia existir. Já a segunda linha especula sobre a existência de um único paradigma na Antropologia, consolidado atualmente sob o registro de tudo aquilo que pode ser adjetivado de etnográfico ou de natureza etnográfica. Nesse sentido, existiram dois espaços onde o trabalho de campo foi realizado. O primeiro foi o Hotel da Loucura, o qual parecia oferecer correspondências e semelhanças de interesses, dilemas, paradoxos e problemas com os de natureza metodológica e epistemológica da Antropologia; o segundo foi o espaço acadêmico, o qual parece ser aquele local onde o pesquisador condiciona sua visão sobre o primeiro, por meio de treinamento e formação, processos que por sua vez parecem incorrer em uma \"transformação interior\" desse \"eu-antropólogo\". Em suma, a presente tese objetiva instabilizar e problematizar a etnografia enquanto um jogo de (des)montagem, que parece mover-se à deriva, mas \"ancora-se\" constantemente em categorias de análise e pressupostos epistemológicos, que seriam como seus \"atracadouros\". Tais paradoxos e ambiguidades tiveram, nessa tese, espaço privilegiado enquanto pontes de interlocução com o método do teatro ritual do Hotel da Loucura.Abstract : The present thesis was elaborated from a project of epistemological reflection, which originated and structured an ethnographic field research at the Hotel of Madness. The empirical investigation consisted in the division of what the researcher understood by ethnography, in order to test its \"parts\". Observation, interview and participation were \"pulled apart\" in order to set the scene for both a meta-investigation on the conditions and possibilities around the production of an ethnography, and for the construction of an ethnography of the Hotel of Madness itself. The thesis presents two central argumentative lines, weaved together through a textual exercise that aims to assemble and disassemble its statements, bringing to light its potential presuppositions, conditionings and disciplinary matrices. One of the argumentative lines reiterates the centrality of the figure of an \"I- anthropologist\" as a core condition for an ethnography to exist. The second line of thought, however, speculates on the existence of a single paradigm in Anthropology, currently consolidated under all knowledge that has been produced which can be adjectivized as ethnographic or is of an ethnographic nature. In this sense, there were two spaces where fieldwork was carried out. The first one was the Hotel of Madness, which seemed to offer similarities of interests, dilemmas, paradoxes and problems vis-à-vis the methodological and epistemological queries of Anthropology; the second one was the academic space, which seems to be the place where the researcher conditions his or her views of the former, through education and training , processes that in turn seem to incite an \"inner transformation\" of this \"I-anthropologist.\" In short, the present thesis aims at destabilizing and problematizing ethnography while a game of (de)montage, which seems to move adrift, but constantly ?anchors? itself in categories of analysis and in epistemological assumptions, which serve as its ?moorages\". These paradoxes and ambiguities had, in this thesis, a privileged space insofar as bridges of interlocution with the method of the ritual theater played at the Hotel of Madness.Groisman, AlbertoUniversidade Federal de Santa CatarinaVianna, Luciano von der Goltz2020-03-31T13:50:44Z2020-03-31T13:50:44Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis394 p.application/pdf360720https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205573porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-03-31T13:50:44Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/205573Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-03-31T13:50:44Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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