Ecologia da nidificação de formigas (Hymenoptera, Formicidae) em indivíduos pós-reprodutivos secos de Actinocephalus polyanthus (Eriocaulaceae) em ambientes de restinga, Florianópolis, Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schmidt, Gustavo de Oliveira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/100570
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2012
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spelling Ecologia da nidificação de formigas (Hymenoptera, Formicidae) em indivíduos pós-reprodutivos secos de Actinocephalus polyanthus (Eriocaulaceae) em ambientes de restinga, Florianópolis, Sul do BrasilEcologiaFormigaFlorianópolis (SC)Colonias (Biologia)RestingasFlorianópolis (SC)Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2012Dentre as características que possibilitaram o grande sucesso das formigas na adaptação a diferentes ambientes, a grande diversidade de locais para a nidificação é uma das mais importantes. Formigas são animais oportunistas com relação à utilização de espaços em plantas, sendo que muitas delas constroem seus ninhos em locais efêmeros, como troncos apodrecidos, plantas mortas ou galhos caídos das árvores. As colônias de formigas variam muito em tamanho, existindo uma relação entre o local de um ninho e o tamanho das colônias, isto é, espécies que nidificam em locais efêmeros, como troncos podres ou madeira em decomposição, formarão colônias menores do que aquelas que nidificam no solo ou no dossel das árvores. Outra relação bem conhecida é o aumento na densidade e riqueza de espécies de formigas de acordo com o aumento na densidade da vegetação do local. Actinocephalus polyanthus é um arbusto encontrado nos campos arenosos litorâneos do Sul do Brasil, que morre após um único evento reprodutivo durante seu ciclo de vida. Quando morta e seca, forma-se uma cavidade cilíndrica no interior dessa estrutura, que pode ser ocupada por formigas. Nesse trabalho, dividido em dois capítulos, foram testadas as hipóteses de que uma maior cobertura vegetal proporciona uma maior riqueza de espécies de formigas que nidificam no interior de A. polyanthus secos, bem como a hipótese de que o tamanho das colônias está correlacionado ao espaço interno disponível nas plantas. O primeiro capítulo, além de identificar as espécies de formigas que nidificam em indivíduos secos de A. polyanthus, teve como objetivos estimar a durabilidade das plantas como recurso para a nidificação e também testar a hipótese de que uma maior cobertura vegetal no entorno dos ninhos favoreça uma maior riqueza de espécies de formigas. As coletas foram realizadas entre os meses de maio e junho de 2011, em uma área de restinga pertencente ao Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, Florianópolis, Brasil. Foram utilizadas parcelas para encontrar sete espécies de formiga nidificando no interior de A. polyanthus secos (Camponotus alboannulatus, Myrmelachista gallicola, Pheidole sp., Pseudomyrmex flavidulus, Pseudomyrmex gracilis, Solenopsis sp.1 e Solenopsis sp.2), sendo Solenopsis sp.1 a mais frequente. Mais da metade das plantas (52,67%) encontrava-se ocupada por formigas. A durabilidade das plantas secas foi estimada em onze meses, sugerindo que as formigas devam migrar para outros locais. A riqueza de formigas e a proporção de plantas ocupadas estiveram correlacionadas com a cobertura vegetal no entorno dos ninhos, corroborando com resultados encontrados na literatura. O segundo capítulo buscou caracterizar os ninhos das espécies que nidificam no interior de indivíduos secos de A. polyanthus (número de operárias, larvas, pupas, rainhas e tamanho das operárias), bem como testar a hipótese de que o tamanho das plantas limitaria o tamanho das colônias. Foram coletados cinco ninhos de cada uma das seis espécies de formigas (Camponotus alboannulatus, Myrmelachista gallicola, Pseudomyrmex flavidulus, Pseudomyrmex gracilis, Solenopsis sp.1 e Solenopsis sp.2), resultando em trinta plantas secas coletadas. As espécies Solenopsis sp.1 e Solenopsis sp.2 apresentaram as maiores colônias, onde a ausência de rainhas em algumas plantas sugere a possibilidade de colônias polidômicas. O volume interno das plantas somente esteve correlacionado ao tamanho das colônias de C. alboannulatus e P. gracilis. De fato essas foram as espécies com as maiores operárias, não conseguindo ocupar todos os espaços da planta. Há também a possibilidade de que, para essa região de estudo, a escassez de recursos alimentares seja o fator limitante mais importante para o crescimento das colônias. Ou ainda podemos estar tratando de colônias jovens e que ainda não atingiram seus tamanhos máximos.<br>Abstract : Among the characteristics that enabled the great success of ants in adaptation to different environments, the great diversity of sites for nesting is one of the most important. Ants are opportunistic animals with regard to the use of spaces in plants, many of which building their nests in ephemeral resources as rotting logs, dead plants and fallen branches of trees. Ant colonies vary widely in size and there is a relationship between the location of a nest and the size of the colonies, that is, species that breed in ephemeral sites like rotten logs or decaying wood will form smaller colonies than those that nest on the ground or in the canopy of trees. Another well-known relationship is the increase in ants density and species richness in accordance with the increase in the vegetation density of the site. Actinocephalus polyanthus is a shrubby plant of the coastal dunes in southern Brazil which dies after a single reproductive event. When dry, the plant becomes hollow and can be used for the nesting of ants. In this study, divided into two chapters, we tested the hypothesis that greater plant cover provides greater ant species richness that nests inside dead A. polyanthus, and the assumption that the colony size is correlated to the internal space available in plants. The first chapter, besides identifying the ant species that nest in dry individuals of A. polyanthus, aimed to estimate the durability of plants as a resource for nesting and also test the hypothesis that greater vegetation cover in the vicinity of nests lead to greater ant species richness. Samples were collected between the months of May and June 2011, in an area that belongs to the Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, Florianópolis, Brazil. Plots were used to find seven species of ant nesting inside dry A. polyanthus (Camponotus alboannulatus, Myrmelachista gallicola, Pheidole sp., Pseudomyrmex flavidulus, Pseudomyrmex gracilis, Solenopsis sp.1 and Solenopsis sp.2), being Solenopsis sp. 1 the most frequent one. More than half of the plants (52.67%) was occupied by ants. The dried plants durability was estimated as eleven months, suggesting that the ants must migrate to other locations. The ants# richness and the proportion of occupied plants were correlated with vegetation cover in the vicinity of nests, confirming results found in literature. The second chapter aimed to characterize the nests of ant species that nest inside dry A. polyanthus individuals (number of workers, larvae, pupae, queens and size of workers) as well as test the hypothesis that the plant size would limit the colony size. Five nests were collected from each of the six species of ants (Camponotus alboannulatus, Myrmelachista gallicola, Pseudomyrmex flavidulus, Pseudomyrmex gracilis, and Solenopsis sp.1 e Solenopsis sp.2), resulting in thirty dried plants collected. Solenopsis sp.1 and Solenopsis sp.2 had the largest colonies, where the absence of queens in some plants suggests the possibility of polydomic nests. The internal volume of the plants was only correlated to the size of the colonies of C. alboannulatus and P. gracilis. In fact these were the species with the largest workers, failing to occupy all the spaces of the plant. There is also the possibility that, for this study area, the scarcity of food is the most important limiting factor for the growth of the colonies. Or we may be dealing with colonies young and have not yet reached their maximum sizes.Lopes, Benedito CortêsUniversidade Federal de Santa CatarinaSchmidt, Gustavo de Oliveira2013-06-25T20:27:53Z2013-06-25T20:27:53Z20122012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis87 p.| il., grafs., tabs.application/pdf314955http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/100570porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-06-25T20:27:53Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/100570Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-06-25T20:27:53Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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