O que não sabemos sobre o coral-sol?: uma revisão bibliográfica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Júlia Alvarenga
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/242561
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2021.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaOliveira, Júlia AlvarengaSegal, BárbaraSilveira, Thiago Cesar Lima2022-12-13T11:46:58Z2022-12-13T11:46:58Z2021379053https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/242561Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2021.A bioinvasão é um tema que vem se tornado alvo de pesquisas cada vez mais. Com a globalização e a facilidade de transporte entre diversas partes do mundo, espécies exóticas tornaram-se mais frequentes. Algumas espécies de corais do gênero Tubastraea (T. coccinea, T. tagusensis e T. micranthus), conhecidas popularmente como corais-sol, são consideradas espécies invasoras de sucesso. Por serem competidores agressivos e possuírem características r-estrategistas, elas causam impactos nas comunidades nativas, como diminuição da biodiversidade e riqueza. Além disso, tornam-se dominantes em diversos locais invadidos, modificando a estrutura das comunidades nativas. O conhecimento da biologia e ecologia das espécies invasoras é importante principalmente quando a erradicação da espécie se torna improvável, sendo úteis principalmente para delinear protocolos de manejo eficazes. O objetivo do presente trabalho é avaliar o estado da arte sobre as espécies do gênero Tubastraea, focando principalmente em interações bióticas e avaliar a relação de subsídio técnico entre a produção científica atual e o Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Coral-sol no Brasil. Foi feito um levantamento bibliográfico nas bases de dados Web of Science, Scielo e Scopus utilizando palavras-chave que abordassem estudos de todas as espécies do gênero Tubastraea. Ao todo foram analisados 141 trabalhos, dos quais foram coletadas variáveis quantitativas e qualitativas. Foram encontrados 12 temas principais abordados nos estudos, sendo o tema ?interações? o mais comum. Sobre a natureza das interações estudadas, a maioria foi classificada como associação, sem clareza do efeito da interação entre as espécies. Mussismilia hispida, Siderastrea stellata e Madracis decactis são os principais organismos afetados negativamente pelo coral-sol no Brasil, sendo que Montastraea cavernosa e Carijoa riisei oferecem algum tipo de resistência. Dentre as 3 espécies invasoras, a que menos obteve-se informação foi T. micranthus, com 19 estudos (em 141), encontrada já em grandes populações no Golfo do México associada a plataformas de petróleo, que são os principais vetores de introdução. Em relação ao Plano Nacional, algumas pesquisas fornecem subsídios para o cumprimento das ações específicas no plano, as quais indicamos nos resultados. Indicamos que novas tecnologias de manejo devem ser desenvolvidas, principalmente para realizar o controle do coral-sol em áreas de difícil acesso. Indicamos a ferramenta de análise de DNA ambiental como forma alternativa de fazer a detecção precoce de espécies exóticas no ambiente. Sugerimos também a formação de uma rede integrativa de comunicação com coordenação a nível nacional, que envolva pesquisadores, gestores, agentes dos setores petrolífero, assim como a comunidade local e empresas de mergulho.Abstract: Bioinvasion is a topic that has become the target of more and more research. With globalization and ease of transport between different parts of the world, exotic species have become more frequent. Some species of corals of the genus Tubastraea (T.coccinea, T. tagusensis and T. micranthus), popularly known as sun corals, are successful invasive species. Because they are aggressive competitors, and have r-strategist traits, they cause impacts on the native community, such as the decrease of biodiversity and richness. In addition, they become dominant in several invaded places, modifying the structure of native communities. Knowledge of the biology and ecology of invasive species is important especially when eradication of the species becomes unlikely, being useful mainly to design effective management protocols. The objective of the present work is to evaluate the state of the art on the species of the genus Tubastraea, focusing mainly on biotic interactions and to evaluate the relationship of technical support between current scientific production and the National Plan for Prevention, Control and Monitoring of Sun Coral in Brazil. A bibliographic survey was carried out in the Web of Science, Scielo and Scopus databases using keywords that approached studies of all species of the genus Tubastraea. In all, 141 works were analyzed, from which quantitative and qualitative variables were collected. We found 12 main themes addressed in the studies, with the theme ?interactions? being the most common. Regarding the nature of the interactions studied, most were classified as association, without clarity of the effect of the interaction between the species. Mussismilia hispida, Siderastrea stellata and Madracis decactis are the main organisms negatively affected by sun coral in Brazil, with Montastraea cavernosa and Carijoa riisei offering some type of resistance. Among the 3 invasive species, the least information was obtained was T. micranthus, with 19 studies (out of 141), already found in large populations in the Gulf of Mexico associated with oil platforms, which are the main vectors of introduction. In relation to the National Plan, some research provides subsidies for the fulfillment of specific actions in the plan, which we indicate in the results. We indicate that new management technologies should be developed, mainly to control the sun coral in areas of difficult access. We indicate the environmental DNA analysis tool as an alternative way to make the early detection of exotic species in the environment. We also suggest the formation of an integrative communication network with coordination at national level, involving researchers, managers, agents of the oil sectors, as well as the local community and diving companies.95 p.| il., gráfs.porEcologiaCoraisInvasões biológicasO que não sabemos sobre o coral-sol?: uma revisão bibliográficainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPECO0206-D.pdfPECO0206-D.pdfapplication/pdf2670299https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/242561/-1/PECO0206-D.pdf34ed590d81fcb10a8b50179a4bd2bdb8MD5-1123456789/2425612022-12-13 08:47:09.575oai:repositorio.ufsc.br:123456789/242561Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-12-13T11:47:09Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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