Memórias do corpo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/218814 |
Resumo: | Quais impressões são grafadas a ferro e fogo no corpo? Quais tatuagens de identidade, de trauma, de memórias inscrevem-se na pele dos sujeitos? De que maneira o corpo pode tomar peso, materialidade, visibilidade nas representações artísticas e literárias ou nos relatos de testemunho? Como lidar com os espaços exteriores e interiores das memórias formadas nos contextos de raça, sexualidade, gênero, deficiência, classe? Como se dá o entrecruzamento entre lugares de fala, biografia, memória e afetos? Para a perspectiva pós-moderna, vivemos em um tempo de amnésia imediata, fruto de uma civilização baseada na imagem na informação, no jornalismo, nas mídias sociais, nas tecnologias, na simulação (Warburg, Baudrillard, Morin, Boehm, Bredekamp, Merleau-Ponty, Lacan, Žižek). Ao mesmo tempo observamos a onipresença do corpo como objeto sexual e o apagamento do sensual. As representações de prazer e de dor na mídia trazem uma ilusão de intensidade (Sennett) fazendo das vivências cotidianas inscritas nos corpos materiais aparentemente mais pálidas. A comunicação parece ganhar uma dimensão mais célere, os conteúdos são absorvidos de modo vertiginoso, muitas vezes sendo descartados prontamente. O tempo da experiência, associado ao caráter épico da sabedoria, é transformado e transmutado em vivência (Benjamin). O modo como os sujeitos experienciam o tempo presente também é afetado. Passado, presente e futuro coexistem de forma paradoxal no espaço físico e simbólico fragmentados, é o que os museus de arte contemporânea parecem atestar. Assim, em busca de reavivar o debate sobre a memória e sua importância nas construções identitárias, políticas e afetivas, este livro, intitulado "Memórias do Corpo", fruto de um seminário homônimo organizado na Universidade Federal de Santa Catarina em outubro de 2019 pelas linhas de pesquisa Subjetividade, Memória e História e Crítica Feminista e Estudos de Gênero da Pós-Graduação em Literatura, pretende articular e compartilhar saberes e práticas acerca da memória, almejando um diálogo interdisciplinar com diferentes campos de estudo e uma perspectiva interseccional para diferentes análises do corpo. |
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