O poema "No osso, o que é uma maneira de dizer": questões sobre a repetição, a paródia e o feminino em Susana Thénon e Angélica Freitas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205819 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2018. |
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O poema "No osso, o que é uma maneira de dizer": questões sobre a repetição, a paródia e o feminino em Susana Thénon e Angélica FreitasLiteraturaParodiaPoesia brasileiraPoesia argentinaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2018.Este trabalho propõe uma leitura crítica de Um útero é do tamanho de um punho (2012), de Angélica Freitas (Pelotas, 1973), e Ova completa (1987), de Susana Thénon (Buenos Aires, 1935-1991), com relação ao uso que essas poetas fazem da linguagem o qual coloca questões pertinentes para a crítica literária. A partir de uma apresentação dos discursos que predominantemente circulam sobre as obras, este trabalho propõe a problematização de determinados lugares ocupados pela crítica que carregam uma concepção da história como superação e progresso e que impedem a leitura do poema como forma de contato. A repetição presente nos poemas das obras em questão utilizada, por vezes, para depreciá-las será discutida, portanto, a partir da perspectiva do traumático e do sintomático , como contraponto à identificação da evidência de uma exaustão criativa ou à constatação apenas de um desempenho linguístico transgressivo. Assim, como desdobramento da questão da repetição, leremos o uso que os poemas fazem dos discusos do outro e do mundo a partir de uma discussão sobre a paródia e suas revisitações teórico-críticas, o que evidenciará a necessidade de se conceber esse deslocamento como crítico não no sentido falogocêntrico do termo, já que essa definição de crítica dominante carrega pressupostos que privilegiam a produção intelectual e evolutiva das formas e dos conteúdos. Veremos que, a partir de uma autocrítica , os poemas questionam a dimensão fundadora dos discursos que denunciam, o que lhes permite uma autoimplicação e impede que sejam enquadrados, também, apenas como prática intertextual. Perceberemos que existem relacações entre a concepção da crítica como superação e a lógica que constrói a naturalidade discursiva sobre o corpo, esta que se sustenta em dicotomias como corpo/mente . Por fim, essa relação e a discussão da paródia armam um paralelo com a da performatividade da linguagem e do gênero a partir das considerações de Judith Butler, o que abre uma série de questões sobre os modos de ler o feminino problematizado nos poemas.Abstract : This work proposes a critical reading of Um útero é do tamanho de um punho (2012), by Angelica Freitas (Pelotas, 1973), and Ova completa (1987), by Susana Thénon (Buenos Aires, 1935-1991), in relation to these poets s use of language which poses pertinent questions to literary criticism. From a presentation of predominantly discourses that circulate about both works, we propose the problematization of certain places occupied by the critics that carry a conception of history as \"overcoming\" and \"progress\" wich prevent the reading of the poem as a form of contact . The repetition present in the poems - sometimes used to depreciate them - will therefore be discussed from the perspective of the traumatic and the symptomatic , as a counterpoint to the identification of a creative exhaustion or to a transgressive linguistic performance. Thus, as an unfolding of the question of repetition, we will read the poem s use of other s and world s discourses, starting from a discussion about the parody and its theoretical-critical revisions, which will show the need to conceive this displacement as critical not in the phallogocentric sense of the term, since this definition of dominant criticism carries assumptions that privilege the intellectual and evolutionary production of forms and contents. We will see that, starting from a self-criticism , the poems questions the discourses s founding dimension they denounce, which allows them a self-questioning and prevents them from being framed, only, as an intertextual practice. We will see that there are relations between the conception of criticism as overcoming and the logic that constructs the discursive naturalness about the body, which is based on dichotomies like body / mind . Finally, this relation and the problematization of parody may be discussed in the light of language's and gender's performativity from the considerations of Judith Butler, which opens up a series of questions about how to read \"the feminine\" problematized in the poems.Scramim, Susana Célia LeandroUniversidade Federal de Santa CatarinaPereira, Juliana2020-03-31T14:10:40Z2020-03-31T14:10:40Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis142 p.application/pdf360086https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205819porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-03-31T14:10:40Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/205819Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-03-31T14:10:40Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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