Extrativismo do pinhão na promoção da biodiversidade e do desenvolvimento econômico da agricultura familiar no planalto serrano catarinense

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magnanti, Natal João
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214996
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2019.
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spelling Extrativismo do pinhão na promoção da biodiversidade e do desenvolvimento econômico da agricultura familiar no planalto serrano catarinenseAgriculturaAgroecossistemasPinhãoAgricultura familiarBiodiversidadeProdutos florestaisSistemas agroflorestaisTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2019.A concentração de áreas de regeneração da floresta ombrófila mista (FOM) no Planalto Serrano Catarinense (PSC) proporcionou condições para que o território concentre os dez principais municípios produtores de pinhão, contribuindo com 75% da produção estadual. A regeneração está concentrada nos estabelecimentos da agricultura familiar (AF) e tem como característica a presença do pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia BERTOL. KUNTZE). A pesquisa foi delimitada por duas categorias analíticas: a biodiversidade e o desenvolvimento econômico da AF. A biodiversidade aqui é entendida como a diversidade encontrada dentro e entre as espécies. O desenvolvimento é entendido como uma ideia força que pode promover mudanças positivas ou negativas. O desenvolvimento econômico da AF pode contribuir para o desenvolvimento rural da região, uma vez que a maioria dos estabelecimentos rurais no PSC é familiar. O pinhão é um produto florestal não madeireiro que nas últimas décadas vem proporcionando incremento na receita financeira da AF do PSC. O estudo se justifica, visto que o extrativismo do pinhão é uma atividade econômica que é praticada por milhares de famílias. O extrativismo tornou-se uma alternativa ao uso madeireiro que levou essa espécie a condição de ameaçada de extinção. Partimos do pressuposto que o pinhão tratado como um ativo econômico pode contribuir na conservação da biodiversidade e no desenvolvimento da AF. A pergunta orientadora da tese é: Quais são as contribuições que o extrativismo do pinhão pode proporcionar para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento econômico da agricultura familiar no Planalto Serrano Catarinense? A pesquisa utilizou como suporte metodológico a noção de cadeias produtivas, sendo uma pesquisa do tipo estudo de caso. Os procedimentos metodológicos utilizados foram entrevistas com questionários semiestruturados, observação participante, pesquisa em bancos de dados e levantamento em estabelecimento familiar. As entrevistas foram realizadas prioritariamente em Painel, São Joaquim e Bom Jardim da Serra que são os principais municípios produtores. O público das entrevistas foram os extrativistas, os técnicos da empresa de pesquisa agropecuária e extensão rural (EPAGRI) de São Joaquim e Painel, atacadistas de pinhão que atuam naqueles municípios e extrativistas do Núcleo Planalto Serrano da Rede Ecovida. Como conclusões da tese são possíveis as afirmações de que a cadeia produtiva extrativa do pinhão no PSC está em ascensão e é protagonizada pelos agricultores familiares. O extrativismo interfere de maneira benéfica na regeneração do pinheiro brasileiro e na conservação da biodiversidade. A comercialização do pinhão proporciona parte significativa da receita bruta anual, o que interfere no desenvolvimento econômico da AF. As principais contribuições que o extrativismo promove para biodiversidade e o desenvolvimento econômico da agricultura familiar: a) conservação pelo uso do pinheiro brasileiro; b) extração sustentável do pinhão proporciona concomitantemente alimento para a fauna, fonte de propágulos para perpetuar a espécie e produto para comercialização; c) existência de uma cadeia produtiva que gera receita econômica; d) alimento para o autoabastecimento; e) favorece economicamente os municípios do PSC colaborando com o movimento financeiro gerado pelo extrativismo; f) dinamiza economicamente a Rede de Cidadania Agroalimentar do Núcleo Planalto Serrano; g) possibilita a existência de iniciativas de agroindustrialização do pinhão pelos agricultores familiares e suas organizações contribuindo com a agregação de valor ao produto.<br>Abstract: The concentration of Araucaria moist forest regeneration areas (FOM) in the Mountainous Area of Santa Catarina, Brazil (PSC) has promoted the best conditions to get the main ten cities producing Araucaria angustifolia pine nuts (called pinhão), so contributing with 75% of the total state production. Regeneration areas are concentrated in the holdings of family farmers (AF) and they are characterized by the predominance of Brazilian pine (Araucaria angustifolia BERTOL. KUNTZE).Research was delimited by two analytical categories: biodiversity and AF economic development. Here, biodiversity is understood as the diversity found into and among species, and development as the concept promoting positive or negative changes. AF economic development can contribute to the rural development of the region since most PSC farms are familiar. Pinhão is a non-timber forest product and over the past decades, has been providing increase on financial income of those family farmers in PSC. Pinhão extractivism has become an economic activity for many farmers and an alternative to wood-producing purposes what almost has lead the species to its extinction. Thus, it was hypothesized that pinhão as an economic asset can contribute to biodiversity conservation and AF development. The leading question in this study was which contributions can pinhão extractivism promote to biodiversity conservation and to the economic development of family farming in the Mountainous Area of Santa Catarina?. The research, a case report, was based on the notion of productive chains, and the methodologic procedures used were interviews with semi-structured surveys, participant observation and database searches, besides a gathering on a family farming establishment. Interviews were performed in Painel, São Joaquim and Bom Jardim da Serra, which are the most important cities producing pinhão. The priority public interviewed were the extractive farmers, EPAGRI technicians from São Joaquim and Painel, pinhão wholesalers who work in those cities as well pinhão extractive farmers from Núcleo Planalto Serrano ? Rede Ecovida. So, it was possible to affirm pinhão extractive chain in PSC is on the rise and led by family farmers. Extractivism interferes positively on the Brazilian pine regeneration and biodiversity conservation. Pinhão sale is a significant part of the annual gross profit, so intervening directly on AF economic development. The main contributions that extractivism brings to biodiversity and family farming economic development are: a) the conservation of Brazilian pine; b) pinhão sustainable extraction for promoting, at the same time, its sale, food for the local and migratory fauna and source of seedlings to perpetuate the specie; c) to give the conditions to a productive chain which provides income; d) to offer food for self-supply; e) to promote economic advantage to the cities of PSC due to the financial turnover generated by extractivism; f) to stimulate NPS Agri-food Citizenship Network economically; g) to enable the existence of pinhão agri-industrialization initiatives by family farmers and their organizations so adding value to the product.Rover, Oscar JoséUniversidade Federal de Santa CatarinaMagnanti, Natal João2020-10-21T21:12:03Z2020-10-21T21:12:03Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis252 p.| il., gráfs.application/pdf368736https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214996porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:12:03Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/214996Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:12:03Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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