Distribuição potencial continental e insular da cuíca-de-cauda-grossa (Lutreolina crassicaudata) na Mata Atlântica brasileira.
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/245359 |
Resumo: | TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Ciências Biológicas. |
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Distribuição potencial continental e insular da cuíca-de-cauda-grossa (Lutreolina crassicaudata) na Mata Atlântica brasileira.Ambientes lênticosÁreas de ocorrênciaDidelphidaeModelagemSanta Catarina IslandTCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Ciências Biológicas.A contração nas condições de habitat adequadas para uma dada espécie e suas populações permanecerem e sobreviverem em um ambiente é um resultado crítico que indica ameaças de extinção. Compreender onde as espécies ocorrem é um requisito ecológico fundamental, e a previsão da ocorrência é essencial para a conservação e o manejo populacional. Os modelos de distribuição de espécies (MDEs) vêm sendo utilizados para indicar áreas mais adequadas para a conservação de espécies. Lutreolina crassicaudata é um didelfídeo com distribuição disjunta e fragmentada na América do Sul, associada a ambientes próximos de água permanente e florestas de galeria, locais estes muitas vezes não protegidos, e é categorizada como vulnerável para o estado de Santa Catarina. Analisou-se a distribuição potencial de L. crassicaudata para o bioma Mata Atlântica das regiões Sul e Sudeste do Brasil através de dados de ocorrência da espécie (n = 42), bem como para a Ilha de Santa Catarina (ISC) (n = 21), verificando relações entre variáveis climáticas e ambientais. Foi realizado o MDE climático para as áreas de estudo utilizando o software Maxent. Para a ISC fez-se, também, uma análise de regressão múltipla com distribuição binomial através do programa RStudio, a fim de verificar a relação de L. crassicaudata com variáveis preditivas ambientais e climáticas através do Modelo Linear Generalizado (GLM). Comparou-se os MDEs gerados, e para a ISC fez-se a seleção do modelo mais parcimonioso, analisando-se o quanto de distribuição potencial da espécie encontra-se inserida em Unidades de Conservação na área. Para o bioma Mata Atlântica, a área adequada climaticamente representou 9,9% da área amostrada, e o estado que apresentou maior área potencial foi Rio Grande do Sul sendo, em sua maioria, em áreas de formações pioneiras junto a ambientes lênticos do bioma. Proporcionalmente à extensão territorial, Santa Catarina apresentou maiores áreas estáveis. Observamos que variáveis como temperatura mínima do mês mais frio e média do trimestre mais úmido, e precipitação anual melhor explicaram a presença da espécie para a Mata Atlântica das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Notou-se, também, que a espécie parece evitar locais com maiores altitudes e, consequentemente, mais frios. Para a ISC, as áreas climáticas estáveis totalizaram 23,7% da área amostrada, especialmente em menores altitudes, assim como o observado para a Mata Atlântica. Variáveis de sazonalidade de temperatura que marcaram a distribuição potencial da espécie foram faixa anual de temperatura e isotermalidade. O modelo mais parcimonioso, com 16,74% de explicação, incluiu apenas a variável climática faixa anual de temperatura (p < 0,01), com relação positiva para a presença da espécie. A distribuição potencial climática da espécie na ISC está inserida em ~11% da área do atual sistema de UCs. No entanto uma parcela crítica encontra-se desprotegida, relacionada a ambientes úmidos e lênticos que, mesmo sendo habitats essenciais para muitas espécies, não recebem a devida atenção. Sobretudo, nossos resultados trazem áreas altamente adequadas, que devem ser priorizadas, o que é essencial para a conservação da espécie e toda a fauna associada.The contraction in habitat conditions suitable for a given species and its populations to remain and survive in an environment is a critical outcome that indicates threats of extinction. Understanding where species occur is a fundamental ecological requirement, and predicting occurrence is essential for conservation and population management. Species distribution models (SDMs) have been used to indicate more suitable areas for species conservation. Lutreolina crassicaudata is a didelphid with a disjunct and fragmented distribution in South America, associated with environments close to permanent water and gallery forests, places that are often not protected, and is categorized as vulnerable for the state of Santa Catarina. The potential distribution of L. crassicaudata was analyzed for the Atlantic Forest biome of the South and Southeast regions of Brazil through occurrence data of the species (n = 42), as well as for the Island of Santa Catarina (ISC) (n = 21), verifying relations between climatic and environmental variables. The climate SDM was performed for the study areas using the Maxent software. For the ISC, a multiple regression analysis with binomial distribution was also carried out using the RStudio program, in order to verify the relationship between L. crassicaudata and predictive environmental and climate variables using the Generalized Linear Model (GLM). The generated SDMs were compared, and for the ISC the most parsimonious model was selected, analyzing how much of the potential distribution of the species is inserted in Conservation Units in the area. For the Atlantic Forest biome, the climatically suitable area represented 9.9% of the sampled area, and the state that presented the largest potential area was Rio Grande do Sul, mostly in areas of pioneer formations along with lentic environments of the biome. Proportionally to the territorial extension, Santa Catarina presented larger stable areas. We observed that variables such as minimum temperature of the coldest month and average of the wettest quarter, and annual precipitation better explained the presence of the species in the Atlantic Forest of the South and Southeast regions of Brazil. It was also noted that the species seems to avoid places with higher altitudes and, consequently, colder. For the ISC, stable climatic areas totaled 23.7% of the sampled area, especially at lower altitudes, as was observed for the Atlantic Forest. Temperature seasonality variables that marked the potential distribution of the species were annual temperature range and isothermality. The most parsimonious model, with 16.74% of explanation, included only the climate variable annual temperature range (p < 0.01), with a positive relation to the presence of the species. The species' potential climatic distribution in the ISC is within ~11% of the area of the current UC system. However, a critical portion is unprotected, related to humid and lentic environments that, despite being essential habitats for many species, do not receive due attention. Above all, our results bring highly suitable areas, which must be prioritized, which is essential for the conservation of the specie and all associated fauna.Florianópolis, SC.Pires, José Salatiel RodriguesSouza, Paula Danyelle Ribeiro deUniversidade Federal de Santa Catarina.Cardoso, Ângela2023-03-27T17:19:19Z2023-03-27T17:19:19Z2022-12-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis61 f.application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/245359Open Access.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2023-03-27T17:19:20Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/245359Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-03-27T17:19:20Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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