Comportamento viti-enológico das variedades merlot e cabernet sauvignon (Vitis vinifera L.) em diferentes altitudes no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simon, Suzeli
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/123422
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2014.
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spelling Comportamento viti-enológico das variedades merlot e cabernet sauvignon (Vitis vinifera L.) em diferentes altitudes no sul do BrasilAgroecossistemasUvaCultivoVinho e vinificaçãoRadiação solarEcofisiologiaFenoisVinicolasSanta CatarinaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2014.A vitivinicultura brasileira destaca-se devido ao aumento de plantios de variedades de videira (Vitis vinifera L.), principalmente em regiões de elevada altitude (acima de 900 metros) situadas no Estado de Santa Catarina. Estas regiões possuem características próprias e distintas das tradicionais regiões produtoras brasileiras devido a suas condições climáticas, produzindo uvas e vinhos com características diferenciadas, tais como altos teores de compostos fenólicos e alta atividade antioxidante. Diante desta situação, o presente trabalho objetivou caracterizar o clima e o comportamento vitícola e enológico das variedades Merlot e Cabernet Sauvignon, durante o ciclo vegetativo e reprodutivo 2012/2013, em dois vinhedos localizados em diferentes faixas de altitude, nas regiões de Campo Belo do Sul (950 m) e São Joaquim (1400 m), Santa Catarina. Durante todo o ciclo foram monitoradas as variáveis climáticas: temperatura máxima, média e mínima (°C), amplitude térmica (°C), radiação solar global (W m-2), radiação fotossinteticamente ativa (µmolfotons.m-2.s-1), precipitação pluviométrica (mm), umidade relativa do ar (%) e foram calculados os índices bioclimáticos, soma térmica de Winkler e índice de Huglin. Os principais estádios fenológicos foram determinados ao longo do ciclo vegetativo, brotação, floração, início da maturação e maturidade. A curva de maturação dos frutos foi realizada quinzenalmente para determinar a evolução dos sólidos solúveis totais, acidez total titulável, pH, polifenóis totais e antocianinas. As uvas foram microvinificadas na Estação Experimental de São Joaquim - EPAGRI e na vinícola Abreu e Garcia. Os vinhos foram caracterizados quanto à atividade antioxidante in vitro, antocianinas monoméricas totais, polifenóis totais, perfil fenólico, estilbenos, compostos fenólicos flavonóides e não flavonóides. Durante o período de realização das pesquisas, foi possível observar que as regiões de altitude do Estado de Santa Catarina, Campo Belo do Sul a 950 metros e São Joaquim a 1400 metros apresentam características climáticas favoráveis para o cultivo das variedades Merlot e Cabernet Sauvignon (Vitis vinifera L.), resultando em um adequado comportamento viti-enológico das variedades. As temperaturas mais elevadas e a maior intensidade de radiação solar de Campo Belo do Sul resultaram em plantas com ciclo mais curto e maior acúmulo térmico. Tais fatores climáticos ainda resultaram no maior potencial fotossintético e maiores teores de clorofila no período de maturação da uva, como consequência, as plantas apresentaram maior potencial produtivo. As temperaturas, em média 5°C inferiores de São Joaquim, causaram prolongamento do ciclo vegetativo, a maturação mais lenta das uvas e maiores teores de acidez total titulável no momento da colheita. A elevada altitude, aliada as baixas temperaturas de São Joaquim, influenciou de maneira positiva no acúmulo de antocianinas e polifenóis totais da uva. Os resultados comprovam que as regiões de altitude elevada estudadas apresentam um elevado potencial para a produção de vinhos finos aptos para o envelhecimento. Os vinhos produzidos em Campo Belo do Sul destacaram-se pela elevada concentração de antocianinas monoméricas totais, enquanto que os vinhos produzidos em São Joaquim destacaram-se pelos elevados teores de trans-resveratrol e elevada atividade antioxidante. Baseado no perfil fenólico dos vinhos produzidos na safra 2013 é possível afirmar que Campo Belo do Sul (950 m) possui maior aptidão para a produção de vinhos da variedade Merlot, enquanto São Joaquim possui maior aptidão para a produção de vinhos da variedade Cabernet Sauvignon.Silva, Aparecido Lima daUniversidade Federal de Santa CatarinaSimon, Suzeli2014-08-06T18:11:19Z2014-08-06T18:11:19Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis145 p.| il., grafs., tabs.application/pdf326718https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/123422porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-08-06T18:11:19Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/123422Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-08-06T18:11:19Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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