Espaços de cultivo agrícola em meio à cidade: uma história socioambiental da Alemanha (do séc. XIX aos dias atuais)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Angela Bernadete
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214353
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2019.
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spelling Espaços de cultivo agrícola em meio à cidade: uma história socioambiental da Alemanha (do séc. XIX aos dias atuais)HistóriaAgricultura urbanaPlanejamento urbanoTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2019.Esta tese de doutorado tem por objetivo analisar a história dos espaços de cultivo agrícola em meio a cidade, na Alemanha, tendo como ponto de partida o período de industrialização e urbanização iniciado no século XIX, quando um grande número de pessoas migraram das áreas rurais para as cidades. Esse processo de ocupação urbana foi intensificado nas primeiras décadas do século XX e em muitos casos resultou na precarização das condições de vida nas cidades. Nesse contexto a população trabalhadora vivia em condições extremamente problemáticas de moradia, sofrendo de desnutrição e outras formas de negligência social. Com isso, os primeiros espaços de cultivo agrícola em meio a cidade são organizados e pensados para proporcionar um certo alívio a essas pessoas, estando alinhados com discursos médicos sanitaristas e ideais de naturopatia. A ideia de horticultura em loteamentos organizados adquire importância após 1864, quando o chamado \"Movimento Schreber \" começou na cidade de Leipzig, na Saxônia. Partindo de uma iniciativa pedagógica com o objetivo de possibilitar as crianças um ambiente saudável e em harmonia com a natureza, logo essas áreas incluiriam hortas e envolveriam as famílias nos cultivos. Desse modo, organizou-se as práticas de horticultura em parcelas de lotes arrendados às famílias e que ficaram conhecidos como ?Schrebergärten?. Em seguida estas práticas passam a manifestar-se em várias cidades alemãs e em outros países da Europa. Com a ampliação de sua manifestação e com novas formas de organização e usos, posteriormente estes espaços passam a ser chamados de \"Kleingärten\". Portanto, entendendo possuírem significados que vão além do cultivo de frutas e vegetais, propõe-se conhecer sua importância social, política, cultural e ambiental em meio as cidades. Os Kleingärten nos permitem perceber as formas de uso das cidades e a permanência de práticas de agricultura mesmo em meio a intensificação urbana. A partir disso, e neste mesmo contexto, trazemos um olhar sobre os espaços de cultivo em Berlim, local em que surgem novas formas e significados, tendo importância estratégica tanto no período de guerras quanto nas décadas posteriores. Na atualidade tem-se, além dos Kleingärten, outros espaços de agricultura urbana com características comunitárias que estão se organizando nas cidades alemãs. Assim, todo esse conjunto de elementos nos permitem afirmar que o lugar da natureza na cidade é um tema de intenso debate e pesquisa em história ambiental e urbana.<br>Abstract: This doctoral thesis aims to analyze the history of agricultural cultivation spaces in the middle of the city in Germany, starting with the period of industrialization and urbanization begun in the 19th century, when large numbers of people migrated from rural areas to The cities. This process of urban occupation was intensified in the first decades of the twentieth century and in many cases resulted in the precariousness of living conditions in cities. In this context the working population lived in extremely problematic conditions of housing, suffering from malnutrition and other forms of social neglect. Thus, the first spaces of agricultural cultivation in the middle of the city are organized and designed to provide a certain relief to these people, being in line with sanitary medical discourses and ideals of naturopathy. The idea of horticulture in organized settlements acquires importance after 1864, when the so-called \"Schreber Movement\" began in the city of Leipzig, Saxony. Starting from a pedagogical initiative with the aim of enabling children a healthy environment and in harmony with nature, soon these areas would include gardens and would involve families in the crops. In this way, horticulture practices were organized into plots of lots leased to families and became known as \"Schrebergärten\". Soon these practices began to manifest themselves in several German cities and in other European countries. With the enlargement of its manifestation and with new forms of organization and uses, later these spaces come to be called \"Kleingärten\". Therefore, understanding that they have meanings that go beyond the cultivation of fruits and vegetables, it is proposed to know its social, political, cultural and environmental importance among the cities. The Kleingärten allow us to perceive the forms of use of the cities and the permanence of agricultural practices even in the midst of urban intensification. From this, and in this same context, we take a look at the spaces of cultivation in Berlin, place where new forms and meanings appear, having strategic importance in the period of wars as well as in the later decades. At present, besides the Kleingärten, there are other spaces of urban agriculture with community characteristics that are being organized in the German cities. Thus, all this set of elements allow us to affirm that the place of nature in the city is a subject of intense debate and research in environmental and urban history.Klug, JoãoUniversidade Federal de Santa CatarinaLima, Angela Bernadete2020-10-21T21:04:19Z2020-10-21T21:04:19Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis339 p.| il.application/pdf368425https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214353porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:04:19Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/214353Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:04:19Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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