O uso de geotecnologias para análise da variabilidade temporal da linha de costa do arco praial Pântano do Sul - Açores, ilha de Santa Catarina, SC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo, Luanna Zambelli
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/233355
Resumo: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Físicas e Matemáticas. Oceanografia
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spelling O uso de geotecnologias para análise da variabilidade temporal da linha de costa do arco praial Pântano do Sul - Açores, ilha de Santa Catarina, SCCoastSnapCoastSatErosão CosteiraVariação da Linha de CostaCoastline VariationCoastal ErosionTCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Físicas e Matemáticas. OceanografiaThe coastline is naturally a mobile feature, reflecting several natural and anthropic processes. Monitoring the coastline is a key activity for understanding coastal processes, providing basic data that support planning and coastal management. In this sense, technological advances in research tools and analysis methods have enabled a diversification of coastal monitoring. Coastline variations occur on several time scales, in the short, medium, and long term. The tools CoastSat and CoastSnap were used to obtain and analyze the variation of the coastline of the beach arc Pântano do Sul - Açores, between 1986 and 2021. CoastSnap, a citizen science approach, consists of a method for mapping the coastline using photographs taken by beach visitors using their cell phones, which are then shared on social media or sent to e-mail addresses. A structure was built to support the cell phone, low cost and easy to install, to standardize the angle at which the photos are taken, and to guide the user-participants in sharing them. Subsequently, the images are rectified and the coastline mapped. CoastSat is a set of tools enabled by the Google Earth Engine (GEE) to extract coastlines from available satellite images. In this work, images from Landsat 5, Landsat 8, and Sentinel-2 were used. Since the images are collected at random stages of the tidal cycle, a 0.1 m range of variation between the mean sea level over the study period was set for direct comparison of the collected beach width, trend calculation, in different images at a similar sea level range. The maximum shoreline variation was calculated as the difference between the maximum and minimum limits between the shorelines. The greatest variation in beach width obtained by CoastSnap occurred between February 14, 2019, and March 03, 2020, was quantified in the order of 50 m, showing a trend of increasing width in the order of +0.05 m/month. The shorelines extracted by CoastSat, for the period between January 10, 2019, and August 02, 2020, obtained a maximum shoreline variation of 75 m, and the trend of beach width of - 0.82 m/month. For the period between 2013 and 2020, the maximum variation of the coastline was 80 m, while the trend of beach width variation, from northeast to southwest, reached the values of -4.3 m/year, -3.96 m/year, -3.96 m/year, -2.88 m/year, and -1.44 m/year. The 35-year analysis obtained a maximum shoreline variation of 80 m while the beach width trend was -0.7 m/yr, -0.6 m/yr, -0.4 m/yr, -0.1 m/yr, +0.2 m/yr along the beach arc, indicating a lower erosional trend in the northeastern sector of the beach arc. The values found indicate that the choice of different time scales has a direct influence on the values of erosion rates. The erosion rates found among the analyzed periods showed that the magnitude of the identified trend values intensifies the smaller the time scale is. The geotecnologies showed to be efficient and promising for shoreline variability analysis.A linha de costa é uma feição naturalmente móvel, reflexo de diversos processos naturais e antrópicos. O monitoramento da linha de costa é uma atividade primordial para a compreensão acerca dos processos costeiros fornecendo dados básicos que servem de suporte ao planejamento e ao gerenciamento costeiro. Nesse sentido, avanços tecnológicos em instrumentos de pesquisa e métodos de análise possibilitaram uma diversificação acerca do monitoramento costeiro. As variações da linha de costa ocorrem em diversas escalas temporais, em curto, médio e longo termo. As ferramentas CoastSat e CoastSnap foram utilizadas para a obtenção e análise da variação da linha de costa do arco praial Pântano do Sul - Açores, entre 1986 e 2021. O CoastSnap, uma abordagem de ciência cidadã, consiste em um método de mapeamento da linha de costa utilizando fotografias obtidas por visitantes da praia através de seus aparelhos celulares, sendo posteriormente compartilhadas em mídias sociais ou enviadas para endereços eletrônicos. Foi construída uma estrutura para apoio do celular, de baixo custo e fácil instalação, a fim de padronizar o ângulo de tomada das fotos e orientar os usuários-participantes quanto ao compartilhamento das mesmas. Posteriormente, é feita a retificação das imagens e o mapeamento da linha de costa. Já o CoastSat é um conjunto de ferramentas habilitado com o recurso Google Earth Engine (GEE) para extrair linhas de costa a partir de imagens disponíveis de satélites. Neste trabalho, foram utilizadas imagens do Landsat 5, Landsat 8 e Sentinel-2. Uma vez que as imagens são coletadas em estágios aleatórios do ciclo das marés, foi definido um intervalo de variação de 0,1 m entre o nível médio do nível do mar ao longo do período de estudo para a comparação direta da largura de praia coletada, cálculo de tendência, em diferentes imagens num intervalo semelhante de nível do mar. A máxima variação da linha de costa foi calculada como a diferença entre os limites máximos e mínimos entre as linhas de costa. A maior variação da largura da praia, obtida pelo CoastSnap ocorreu entre 14 de fevereiro de 2019 e 03 de março de 2020, foi quantificada na ordem de 50 m, apresentando uma tendência de aumento da largura na ordem de +0,05 m/mês. As linhas de costa extraídas pelo CoastSat, para o período entre 10 de janeiro de 2019 e 02 de agosto de 2020, obtiveram uma variação máxima da linha de costa de 75 m, e a tendência da largura da praia de - 0,82 m/mês. Já para o período entre 2013 e 2020 a variação máxima da linha de costa foi de 80 m, enquanto a tendência de variação da largura da praia, de nordeste para sudoeste, atingiu os valores de -4,3 m/ano, -3,96 m/ano, -3,96 m/ano, -2,88 m/ano e -1,44 m/ano. A análise de 35 anos obteve uma variação máxima da linha de costa de 80 m enquanto que a tendência da largura da praia foi de -0,7 m/ano, -0,6 m/ano, -0,4 m/ano, -0,1 m/ano, +0,2 m/ano ao longo do arco praial, indicando uma menor tendência erosional no setor nordeste do arco praial. Os valores encontrados indicam que a escolha de diferentes escalas temporais tem influência direta nos valores das taxas de erosão. As taxas de erosão encontradas entre os períodos analisados mostraram que a magnitude dos valores de tendência identificados se intensifica quanto menor a escala temporal. As ferramentas se mostraram eficientes e promissoras para a análises de variabilidade da linha de costa.Florianópolis, SCPereira, Pedro de SouzaUniversidade Federal de Santa CatarinaAzevedo, Luanna Zambelli2022-03-30T20:36:48Z2022-03-30T20:36:48Z2022-03-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis53 f.application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/233355info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2022-03-30T20:36:49Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/233355Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-03-30T20:36:49Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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