Subespecificação de traços-phi e clitic climbing do lhe na escrita brasileira dos séculos XIX e XX

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Francisco Iokleyton de Araujo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/176783
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2017.
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spelling Subespecificação de traços-phi e clitic climbing do lhe na escrita brasileira dos séculos XIX e XXLingüísticaLíngua portuguesaSujeito e predicadoLíngua portuguesaHistóriaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2017.Por meio de uma frente de trabalho empírica e outra teórico-formal, esta dissertação aborda, sob uma perspectiva sintática, dois fenômenos linguísticos amplamente observáveis na diacronia do Português Brasileiro dos séculos XIX e XX, qual seja, o sincretismo quanto ao traço [Pessoa] do clítico lhe, e a possibilidade de clitic climbing dessa mesma expressão referencial em predicados complexos sintáticos. O sincretismo ao qual nos referimos consiste na possibilidade de o lhe ter interpretação de segunda ou terceira pessoas, a depender da composição de traços sintáticos que essa expressão referencial traz para a computação da sentença, e não do material fonológico propriamente dito. O fenômeno Clitic climbing compreende a ocorrência de um clítico pronominal nos domínios de um verbo do qual não é argumento, em contextos de formação de predicados complexos sintáticos. Com base em manuscritos e impressos disponíveis no âmbito do Projeto para a História do Português Brasileiro, relacionamos esses dois fenômenos e verificamos que, quando de terceira pessoa, o lhe tende a ser alçado para os domínios do primeiro verbo, ao passo que, quando de segunda pessoa, o lhe tende a não sofrer clitic climbing. Tal constatação alimenta a nossa hipótese de que há uma relação entre as especificações traçuais do clítico e sua sintaxe em predicados complexos, e, consequentemente, corrobora trabalhos que apontam para uma sistemática distinção, em termos sintáticos, entre os clíticos de primeira e segunda pessoas, e os clíticos de terceira pessoa. Como explicação para os fatos empíricos observados neste trabalho, partimos da proposta de Nunes (2015), e ensaiamos uma análise segundo a qual o lhe de terceira pessoa deve ser analisado como marca de concordância, enquanto que o lhe de segunda pessoa dever ser considerado um clítico propriamente.<br>Abstract : By an empirical work front and a theoretical-formal work front, this dissertation addresses, under a syntactic perspective, two linguistic phenomena broadly observed on the diachrony of Brazilian Portuguese from the 19th and 20th centuries, that is, the syncretism with respect to the person feature of the clitic lhe, and the possibility of clitic climbing of the same referring expression in syntactic complex predicates. The syncretism to which we refer consists of the possibility of the lhe having interpretation of the second or third person, depending on the composition of syntactic features that this referential expression brings to the computation of the sentence, but not properly on the phonological material. Clitic Climbing comprehends the occurrence of a pronominal clitic in the domains of a verb from which it is not argument, in contexts of the formation of complex predicates. Based on manuscripts and printed documents available under the Projeto para a História do Português Brasileiro, we have related these two phenomena and verified that, when of the third person, the lhe tends to climb to the domains of the first verb, whereas, when of the second person, the lhe tends not to suffer clitic climbig. This finding supports our hypothesis that there is a relation between feature specifications of the clitic and its syntax in complex predicates, and, consequently, it corroborates studies that aim towards a systematic distinction, in syntactic terms, between clitics of the first and second person, and clitics of the third person. As an explanation to the empirical facts observed in this work, we started from Nunes (2015) proposal and drafted an analysis according to which the lhe of the third person must be analyzed as mark of concordance, while the lhe of the second person must be considered a clitic properly.Martins, Marco AntonioUniversidade Federal de Santa CatarinaMatos, Francisco Iokleyton de Araujo2017-06-27T04:21:16Z2017-06-27T04:21:16Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis111 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf345887https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/176783porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-06-27T04:21:16Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/176783Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-06-27T04:21:16Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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