Práticas corporais de mulheres em revista: representações de saúde e beleza no Jornal Moças (1940 e 1950)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borba, Bruna Letícia de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/241075
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2022.
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spelling Práticas corporais de mulheres em revista: representações de saúde e beleza no Jornal Moças (1940 e 1950)Educação físicaMulheresBeleza física (Estética)Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2022.O presente estudo visa compreender como práticas corporais para mulheres geram representações de saúde em reportagens do Jornal das Moças, no período entre as décadas de 1940 e 1950.Para tanto, foram utilizadas fontes documentais, reportagens encontradas em uma revista feminina do período demarcado, o Jornal das Moças(JM),as quais foram coletadas na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional do Brasil. O universo das práticas corporais encontradas no JM foi fundamentado principalmente no discurso higienista e eugenista, de cunho biológico e médico. Quando estas práticas eram realizadas por mulheres, deveriam atender a uma série de restrições, que visavam preservar a saúde. Entretanto, estas reservas eram envoltas por princípios socioculturais limitados aos conceitos de feminilidades do período. Já as práticas corporais saudáveis, indicadas sem ressalvas para as mulheres, eram também práticas de uma classe social privilegiada,vistas como um costume moderno, estabelecendo instâncias de poder e desigualdade social no Brasil. Observamos também que a beleza física servia como uma expressão da saúde das mulheres, que por sua vez possuía elementos de um padrão ideal que deveria seguir as normas de um corpo magro, branco, esbelto, cintura fina,busto bem marcado, mas sem músculos em excesso. Ademais,a diferenciação bem determinada entre as práticas indicadas e as não indicadas para as mulheres não só correspondia a representações sociais específicas, como também pretendiam suprimir e reforçar as representações de feminilidades e masculinidades. Estas representações de corpo saudável e práticas corporais são símbolos políticos de poder e supremacia das altas classes sociais e da branquitude brasileira. Com isso, o que observamos nos impressos apresentados vai muito além de conselhos sobre como alcançar um corpo belo e/ou saudável, mas sim sobre vestígios de distanciamentos e aproximações de desigualdades sociais desenvolvidas a partir de representações de saúde, as quais tornaram-se bens a serem consumidos e que todos deveriam desejar.Abstract: The present study aims to understand how body practices for women generate health representations in reports from Jornal das Moças, in the period between the 1940s and 1950s. Jornal das Moças (JM), which were collected in the Digital Newspaper Library of the National Library of Brazil. The universe of bodily practices found in JM was mainly based on the hygienist and eugenicist discourse, of a biological and medical nature. When these practices were performed by women, they had to comply with a series of restrictions, aimed at preserving health. However, these reservations were surrounded by sociocultural principles limited to the concepts of femininity of the period. Healthy bodily practices, indicated without reservations for women, were also practices of a privileged social class, seen as a modern custom, establishing instances of power and social inequality in Brazil. We also observed that physical beauty served as an expression of women's health, which in turn had elements of an ideal standard that should follow the rules of a thin, white, slender body, thin waist, welldefined bust, but without muscles in excess. Furthermore, the well-defined differentiation between recommended and non-indicated practices for women not only corresponded to specific social representations, but also intended to suppress and reinforce representations of femininity and masculinity. These representations of a healthy body and bodily practices are political symbols of power and supremacy of high social classes and Brazilian whiteness. With that, what we observe in the presented forms goes far beyond advice on how to achieve a beautiful and/or healthy body, but rather about traces of distances and approximations of social inequalities developed from health representations, which have become goods. to be consumed and that everyone should want.Silva, Carolina Fernandes daUniversidade Federal de Santa CatarinaBorba, Bruna Letícia de2022-10-21T17:04:09Z2022-10-21T17:04:09Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis110 p.| il.application/pdf378462https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/241075porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-21T17:04:09Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/241075Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-10-21T17:04:09Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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