Parto domiciliar planejado assistido por enfermeiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Koettker, Joyce Green
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93958
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2010
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spelling Parto domiciliar planejado assistido por enfermeirasEnfermagem obstetricaParto em casaParto HumanizadoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2010O número de atendimentos ao parto domiciliar planejado vem crescendo nos últimos anos. A Organização Mundial da Saúde recomenda o domicílio como local de parto, desde que atendido por profissional qualificado e com um plano de transferência. OBJETIVO: avaliar os resultados da assistência obstétrica e neonatal do trabalho de parto, parto e puerpério imediato domiciliares, planejados, assistidos por enfermeiras. MÉTODO: trata-se de um estudo transversal com amostra composta por todos os partos das mulheres assistidas por enfermeiras no domicílio, de forma planejada, incluindo as transferidas para uma instituição de saúde, e seus recémnascidos, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2009. Os dados foram coletados dos prontuários e das gravações audiovisuais arquivados pelas enfermeiras da Equipe Hanami e da Caderneta de Saúde do recém-nascido, com base em formulário padronizado. Realizou-se análise estatística descritiva, teste qui-quadrado ou exato de Fisher, teste t de Student e teste de Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: foram apresentados em dois artigos. No artigo 1, do total de 100 mulheres assistidas no domicílio a maioria era primípara (73,0%), com ensino superior completo (53,0%), teve acompanhante (99,0%), apresentou batimentos cardíacos fetais sem alteração (94,0%), com traçado do partograma sem alteração na curva de alerta (61,0%) e não apresentou distocia funcional (70,0%). A taxa de amniotomia foi de 9,0% e de líquido amniótico meconial de 7,0%. O tempo entre a primeira avaliação no domicílio e o parto foi < 5 horas em 46,1% dos casos, sendo mais frequente nas multíparas do que nas primíparas (p=0,0402). O parto de cócoras na água foi o mais escolhido (66,3%), e em especial pelas primíparas (p=0,0030). Praticamente metade das mulheres (49,4%) não necessitou de sutura perineal e apenas em 1,1% foi indicada a episiotomia. A 12 maioria dos recém-nascidos (96,6%) recebeu escore de Apgar do 1° minuto = 7, 100,0% tiveram contato pele a pele e 70,8% sucção efetiva. A icterícia neonatal foi a intercorrência mais comum (44,3%). O artigo 2 apresenta os resultados das transferências maternas e neonatais de um recém-nascido e 11 parturientes. A maioria era primípara (63,6%), 100,0% foram transferidas no período de dilatação, sendo que parada da dilatação cervical e da descida do feto foram as indicações mais frequentes. A única transferência neonatal foi por anomalia congênita. Dos neonatos nascidos no hospital, 81,8% receberam escore de Apgar do 1° e 5° minuto = 7 e não houve internação em Unidade de Terapia Intensiva. CONCLUSÕES: Os resultados obstétricos e neonatais indicam que é seguro o parto domiciliar planejado, assistido por enfermeira obstétrica, sob rigoroso protocolo assistencial e planejamento para as transferências. Os achados são semelhantes aos de pesquisas realizadas em países em que essa prática é consolidada e reconhecida pelo sistema de saúde. A comparação das características sociodemográficas e dos desfechos obstétricos e neonatais com a paridade, não mostrou diferença estatisticamente significativa na maioria das variáveis. Sugerem-se estudos com maior amostragem para verificar associações ou identificar variáveis preditoras de alguns desfechos e de transferências maternas.BACKGROUND: planned home birth assistance is growing despite hospital#s one. The World Health Organization recommends homebirth as safe if assisted by qualified professional and with a plan for access to a referral centre. OBJECTIVE: to evaluate outcomes from obstetrics and newborn assistance of planned labor, delivery and post partum by obstetric nurses. METHODS: cross-sectional analysis of retrospective data, of all planned labors of women assisted at home and transferred to health centre and their newborn from January 2005 to December 2009. Data were collected from standardized form and recorded video held by the nurses of Hanami Team and from Health Document of Newborn. Statistics descriptive analysis and Chi-Square Test or Fisher#s Exact Test, Student#s t-test and Mann-Whitney Test were under taken. The level of significance was established at 5%. RESULTS: outcomes were presented in two articles. In the first article, from a total of 100 women assisted at home, the majority was primiparous (73.0%), completed university graduation (53.0%), had a companion (99.0%), had normal fetal heart beat (94.0), normal partogram (61.0%) and had no function distocia (70.0%). Membranes were ruptured artificially in 9.0% and meconium stain in 7.0%. Time between first evaluation and delivery was < 5 hours in 46.1% being more frequent in multiparous than primiparous (p=0.0402). Water vertical (squatting) delivery was the most chosen position (66.3%), especially by primiparous (p=0.0030). Nearly half of women (49.4%) didn#t need perineal suture and in only 1.1% was indicated episiotomy. The majority of the newborn (96.6%) received Apgar score = 7 at one minute, 100.0% had long skin to skin contact with their mother and 70.8% breastfed successfully. Jaundice was the most common neonatal problem (44.3%). The second article presents outcomes of maternal and neonatal transfers of one newborn and 11 woman. Most of women were primiparous (63.6%) and 100.0% 14 were transferred in first labor stage. The main reasons for transfer were slow progress of the first or in the second stage of labour. The only newborn transfer was by congenital anomalies. Of neonatal born at hospital 81.8% received Apgar score = 7 at one and five minute and there were no admission in the neonatal intensive care unit. CONCLUSIONS: obstetrics and neonatal outcomes point out that planned home birth is safe, when assisted by obstetric nurse, with rigorous eligibility requirements and a good transportation and referral system when needed. Outcomes were similar to international papers where this practice is well integrated into the health system. There were no significant statistics difference in the majority of the variables when comparing women characteristics and neonatal and obstetrics outcomes to parity. Studies with bigger number of participants are suggested to verify associations or to identify predictor variable to some outcomes and maternal transfers.Brüggemann, Odaléa MariaDufloth, Rozany MuchaUniversidade Federal de Santa CatarinaKoettker, Joyce Green2012-10-25T05:04:22Z2012-10-25T05:04:22Z2012-10-25T05:04:22Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis135 p.| tabs.application/pdf288108http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93958porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-02T19:48:48Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/93958Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-02T19:48:48Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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