Saúde mental e trabalho no contexto da educação infantil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Giovannetti, Mônica de Oliveira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95858
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2011
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spelling Saúde mental e trabalho no contexto da educação infantilEnfermagemSaude mentalTrabalhoEducação infantilDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2011Esta pesquisa teve como objetivo analisar quais fatores contribuem para a saúde e o sofrimento/adoecimento emocional/mental de educadores no contexto da educação infantil, a partir da percepção desses trabalhadores e da observação dos processos de trabalho. O estudo empírico delineouse como uma pesquisa descritivo-exploratória, com abordagem qualitativa, fundamentada nos estudos de psicopatologia do trabalho desenvolvidos por Le Guillant. A coleta de dados foi realizada utilizando entrevistas semi-estruturadas com 21 educadores afastados de suas funções originais devido a restrições de saúde decorrentes de problemas emocionais, bem como, do estudo dos locais de trabalho através da observação em 2 Centros Municipais de Educação Infantil. Todos os entrevistados eram do sexo feminino, provenientes de 15 Centros Municipais de Educação Infantil, de 5 das 9 Regionais administrativas do município de Curitiba. Na análise dos dados pretendeu-se integrar a história de vida e de trabalho dos entrevistados, buscando na articulação entre o objetivo e o subjetivo uma compreensão da experiência e percepção dos trabalhadores sobre as condições de vida e trabalho. Os resultados indicam que os aspectos ocupacionais são os principais elementos causadores do processo de sofrimento/adoecimento e dentre eles: a falta de reconhecimento e de valorização do trabalho; as relações interpessoais conflituosas; e o desgaste promovido pela própria organização do trabalho. Fatores como o tempo de exercício na função, número de crianças por turma, tamanho das salas, ruído, absenteísmo e jornada de trabalho são aspectos da organização de trabalho que desempenham papel fundamental no processo de desgaste e adoecimento dos educadores. Dos fatores que contribuem para a saúde mental destaca-se a satisfação no trabalho e, nela, a relação afetiva com as crianças; a percepção da contribuição do seu trabalho para o desenvolvimento das crianças; o reconhecimento do trabalho por superiores hierárquicos e clientela atendida. Estes fatores, no entanto, perdem sua eficácia em face das inadequações na organização do trabalho. Quanto aos mecanismos de recuperação da saúde mental disponíveis aos educadores verificou-se que o tratamento especializado e o distanciamento dos riscos psicossociais através do afastamento da função foram as principais alternativas para recuperação da saúde. Evidenciou-se ainda que os educadores afastados temporariamente da função por restrições de saúde apresentam resistência em retornar ao trabalho de educador nas mesmas condições laborais que os adoeceram. Considerando que os resultados evidenciaram que o adoecimento mental entre educadores foi constituinte do resultado de um contexto laboral desfavorável, concluiu-se necessário desenvolver estratégias institucionais coletivas na forma de organização do trabalho de modo a adotar ações que visem a redução ou eliminação de fatores de fatores de risco psicossocial e, conseqüentemente, a prevenção de agravos à saúde.This study aimed to examine what factors contribute to health and emotional/mental grief /illness of educators in the context of early childhood education, from the those workers' perception and observation of work processes. The empirical study was outlined as a descriptiveexploratory research, under a qualitative approach, based on studies of the psychopathology of work developed by Le Guillant. Data collection was performed using semi-structured interviews with 21 educators who were moved away from their original functions due to health restrictions related to emotional problems, as well as the study of the workplace by observing two municipal daycare centers. All respondents were female, from 15 municipal daycare centers, from five out of nine Regional Administrative of the city of Curitiba. In the data analysis, it was intended to integrate the history of life and work of the interviewees, looking at the relationship between objective and subjective experience and an understanding of the workers' perception about the conditions of life and work. The results indicate that occupational aspects are the main factors causing the process of suffering/illness, and among them: lack of recognition and appreciation of the work, interpersonal conflict and exhaustion promoted by the organization of work itself. Factors such as time spent in function, number of children per class, size of rooms, noise, absenteeism and daily work journey are aspects of work organizations that play a fundamental role in the process of exhaustion and illness among educators. Of the factors that contribute to mental health there is the satisfaction in work and in it's close relationship with the children, the perception of the contribution of this work for the children's development, the recognition of work by superiors and clientele. These factors, however, lose their effectiveness in the face of inadequacies in the work organization. As for the mechanisms of recovery from mental health available to educators it was found that the specialized treatment and the detachment of psychosocial risks by removing the worker from the function were the main alternatives for recovery. It also showed that educators temporarily removed from the function due to health restrictions are resistant to return to work as educators in the same working conditions under which they became ill. Whereas the results showed that the mental illness among educators was constituent of the results of an unfavorable workplace, it was found necessary to develop institutional strategies in the form of collective organization of work in order to take actions aimed at reducing or eliminating psychosocial risk factors, and consequently the prevention of health problems.Ramos, Flavia Regina SouzaUniversidade Federal de Santa CatarinaGiovannetti, Mônica de Oliveira2012-10-26T06:35:12Z2012-10-26T06:35:12Z2012-10-26T06:35:12Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis178 p.| tabs.application/pdf289739http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95858porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-03T12:20:29Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/95858Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T12:20:29Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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