Humanização dos serviços de saúde: avanços, paradoxos e desafios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Queiroz, Patrícia de Sousa Fernandes
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132480
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2015.
id UFSC_c920b1fa9f74df9a6eb531524013495c
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/132480
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Universidade Federal de Santa CatarinaQueiroz, Patrícia de Sousa FernandesGrisotti, Marcia2015-04-29T21:10:38Z2015-04-29T21:10:38Z2015333049https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132480Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2015.Este trabalho refere-se ao estudo dos avanços, paradoxos e desafios da Política Nacional de Humanização na atenção e gestão dos serviços de saúde encontrados nos discursos dos consultores dessa política e dos trabalhadores e gestores do SUS de Januária - MG. Através das entrevistas foi possível identificar: 1) a polissemia que o termo humanização assume nos territórios reforça uma concepção romântica e desloca a perspectiva apresentada pela Política Nacional de Humanização, sendo necessário, portanto, uma ressignificação do termo para que o movimento da humanização das práticas de atenção e gestão seja desviado de uma possível idealização do humano e passe a ser compreendido como um processo de caráter instituinte e que se constrói coletivamente através da inclusão dos diferentes sujeitos envolvidos na produção de saúde; 2) a lógica hegemônica de produção de saúde encontra-se alicerçada num modelo autoritário e não favorece a democratização institucional; 3) as instituições formadoras reiteram o modelo biomédico e exclui a produção de subjetividades do processo de produção de saúde; 4) os consultores percebem uma tensionalidade entre a lógica da PNH e o modo de fazer das outras políticas de saúde. Sobre este último item, percebemos que essa incongruência faz com que os gestores de saúde encontrem pouca ou nenhuma correspondência entre a PNH e as demais políticas do MS e, como consequência, a gestão tende a concentrar os seus esforços prioritariamente nos aspectos quantitativos da produção de saúde em detrimento da qualidade dos processos e da valorização do trabalho e do trabalhador. Concluímos com esse trabalho que embora a força instituinte da PNH seja uma ferramenta precípua para a defesa do SUS, ainda é necessária uma articulação mais fortalecida com as demais políticas públicas de saúde e um esforço multissetorial para fortalecer a humanização nos mais diversos e singulares territórios, fomentando nos gestores e trabalhadores do SUS um modo mais reflexivo e cogerido de executar as políticas de saúde.<br>Abstract : This work refers to the study of the advances, paradoxes and challenges of the Humanization National Policy in care and management of health services found in the speeches of consultants from this policy, workers and managers from SUS at Januária - MG. Through this interview was possible to identify: 1) The polysemy from the term humanization assumed on the territory reinforces a romantic conception and deviates from the perspective presented by the Humanization National Policy, being necessary, then, to reframe the term so the care and management practices from the humanization movement is diverted from a possible idealization of human and starts to be comprehended as an establishing character process that is collectively build thorough the inclusion of different individuals involved in the health production; 2) The health production hegemonic logic lies in an authoritarian model and does not help institutional democratization; 3) The institutions formed reinforce the biomedical model and excludes the subjectivities production of the health production process; 4) The consultants notice a tension between the Humanization National Policy logic and the way to perform the other health policies. About the last item, we noticed that this inconsistency leave the health managers with little or none correspondence between Humanization National Policy and the other Ministry of Health policies and, as a consequence, the management tends to focus its efforts in quantitative aspects of health production impairing the process quality and the work and worker valuation. We conclude with this work, although the Humanization National Policy establishing force is the main tool for the SUS defense, that it is still needed some powerful articulation with other health public policies and a multisectoral effort to strengthen the humanization in unique and many other territories, promoting in SUS managers and workers a reflexive and co-managed way to perform health policies.porSociologia politicaPolítica de saudeAspectos sociológicosJanuaria (MG)Humanização dos serviços de saúdeHumanização dos serviços de saúde: avanços, paradoxos e desafiosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINAL333049.pdfapplication/pdf1269762https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/132480/1/333049.pdfb22755b5ab4dfb58489a1afda5539981MD51123456789/1324802016-03-07 16:02:41.279oai:repositorio.ufsc.br:123456789/132480Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-03-07T19:02:41Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Humanização dos serviços de saúde: avanços, paradoxos e desafios
title Humanização dos serviços de saúde: avanços, paradoxos e desafios
spellingShingle Humanização dos serviços de saúde: avanços, paradoxos e desafios
Queiroz, Patrícia de Sousa Fernandes
Sociologia politica
Política de saude
Aspectos sociológicos
Januaria (MG)
Humanização dos serviços de saúde
title_short Humanização dos serviços de saúde: avanços, paradoxos e desafios
title_full Humanização dos serviços de saúde: avanços, paradoxos e desafios
title_fullStr Humanização dos serviços de saúde: avanços, paradoxos e desafios
title_full_unstemmed Humanização dos serviços de saúde: avanços, paradoxos e desafios
title_sort Humanização dos serviços de saúde: avanços, paradoxos e desafios
author Queiroz, Patrícia de Sousa Fernandes
author_facet Queiroz, Patrícia de Sousa Fernandes
author_role author
dc.contributor.pt_BR.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Queiroz, Patrícia de Sousa Fernandes
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Grisotti, Marcia
contributor_str_mv Grisotti, Marcia
dc.subject.classification.pt_BR.fl_str_mv Sociologia politica
Política de saude
Aspectos sociológicos
Januaria (MG)
Humanização dos serviços de saúde
topic Sociologia politica
Política de saude
Aspectos sociológicos
Januaria (MG)
Humanização dos serviços de saúde
description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2015.
publishDate 2015
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-04-29T21:10:38Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-04-29T21:10:38Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2015
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132480
dc.identifier.other.pt_BR.fl_str_mv 333049
identifier_str_mv 333049
url https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132480
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/132480/1/333049.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv b22755b5ab4dfb58489a1afda5539981
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1766805430655254528