Traços de personalidade ao longo do ciclo vital: especificidades da última etapa do desenvolvimento humano
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216262 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2020. |
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Traços de personalidade ao longo do ciclo vital: especificidades da última etapa do desenvolvimento humanoPersonalidadePsicologia do desenvolvimentoMaturidadeCiclo vital humanoIdososPsicologiaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2020.A personalidade muda ao longo do ciclo vital? Um conjunto robusto de evidências têm indicado que a personalidade se desenvolve ao longo do tempo, ocasionando tanto mudanças quanto continuidade no padrão do funcionamento individual ao longo do ciclo vital. Para testar essas evidências, conduzimos cinco estudos. No primeiro, verificamos se a estrutura interna do Big Five Inventory-2 (BFI-2), conforme proposta em sua versão original, é corroborada em uma amostra brasileira, composta por 439 adultos cisgênero, com idades entre 17 e 93 anos (M=36, DP=22,60, Md=43). Realizamos análise fatorial exploratória e confirmatória, e verificamos a capacidade do BFI-2 em predizer alguns critérios externos. Os Cinco Grandes Fatores (CGF) foram facilmente extraídos na AFE, com índices de ajuste adequados nas versões curtas, e ajuste pobres nas versões amplas, na AFC. O BFI-2 mostrou-se sensível em captar diferenças individuais nos critérios verificados. Na sequência, objetivamos testar os padrões de desenvolvimento da personalidade ao longo do tempo descritos na literatura científica. Para tanto, no segundo estudo, verificamos diferenças no nível médio dos traços de personalidade entre pessoas de diferentes grupos etários, em uma amostra de 440 adultos, com idades entre 17 e 102 anos (M=36, DP=22,60, Md=43), os quais responderam o BFI-2. Foi possível observar diferenças normativas na personalidade, tal como documentado na literatura científica, cujas mudanças ocorrem em sentido positivo, com aumento em Openness, Conscientiousness, Extraversion, Agreeableness, e redução de Neuroticism. No terceiro estudo, testamos a consistência no ranqueamento dos traços de personalidade ao longo do tempo. Fizeram parte 170 adultos, com idades entre 51 e 93 anos (M=69, DP=9,05, Md=69), os quais responderam o BFI-2. Além disso, responderam o Big Five Inventory, porém, de forma retrospectiva, considerando como pensavam que eram quando tinham 30-35 anos. Realizamos Anovas com medidas repetidas e correlação teste-reteste. Identificou-se que o funcionamento individual tende a se tornar estável ao longo do tempo, conforme preconizado pela literatura científica. Por fim, ainda que diversos instrumentos tenham sido elaborados para avaliação da personalidade no modelo dos CGF, algumas limitações podem ser identificadas nessas ferramentas para avaliar pessoas com mais de 60 anos. Em observância a isso, no terceiro estudo realizamos um revisão da literatura para mapear fenômenos possivelmente relevantes para pessoas adultas e idosas, tendo sido levantados sete, sendo eles: mindfulness, sentido de vida, metas voltadas para a realização dos próprios desejos, altruísmo, perdão e tolerância, calma, e considerar o tempo de vida que falta. Com base nesses fenômenos, no quarto estudo elaboramos itens de autorrelato para compor um instrumento para avaliar traços de personalidade de pessoas idosas (Inventário Gold- IG). Além disso, verificamos se os fatores propostos ao IG se adequam ao modelo dos CGF no BFI-2, como facetas para avaliar pessoas na terceira e quarta idades. Participaram 440 adultos, com idades entre 17 e 102 anos (M=36, DP=22,60, Md=43), que responderam o IG e o BFI-2. Foram realizadas análises no IG a partir da Teoria Clássica dos Testes e da Teoria de Resposta ao Item. Foi possível identificar que o Inventário Gold apresenta evidências iniciais de validade para avaliação de características da personalidade de pessoas idosas. No entanto, estudos futuros devem ser realizados no instrumento para garantir que os psicólogos tenham uma ferramenta confiável para aprimorar as avaliações e intervenções com esse público alvo. Implicações dos resultados da presente tese à prática do psicólogo envolvendo pessoas idosas encerram o texto.Abstract: Does the personality change throughout the lifespan? A robust body of evidence has indicated that personality develops over time, causing both changes and continuity in the pattern of individual functioning throughout lifespan. To test this evidence, we have conducted five studies. In the first, we verified whether the internal structure of the Big Five Inventory-2 (BFI-2), as proposed in its original version, is corroborated in a Brazilian sample, composed of 439 cisgender adults, aged between 17 and 93 years (M=36, SD=22.60, Md=43). We run exploratory and confirmatory factor analyses, and verified the ability of the BFI-2 to predict some external criteria. The Big Five Factors model (FFM) were easily extracted in the EFA, with appropriate fit indices in short versions, and poor adjustment in the broad versions, in the CFA. BFI-2 was sensitive in capturing individual differences in the criteria verified in the present study. Then, we aimed to test the personality development patterns over time, as described in the scientific literature. Therefore, in the second study, we found differences in the mean level of personality traits among people of different age groups in a sample of 440 adults, aged between 17 and 102 years (M=36, SD=22.60, Md=43), who responded to the BFI-2. It was possible to observe normative differences in personality traits, as documented in the scientific literature, whose changes showed to occur in a positive sense, with an increase in Openness, Conscientiousness, Extraversion, Agreeableness, and reduction in Neuroticism. In the third study, we tested consistency in the ranking order of personality traits over time. A total of 170 adults, aged between 51 and 93 years old (M=69, SD=9.05, Md=69) were enrolled, who responded the BFI-2. In addition, they responded the Big Five Inventory, however, in retrospect, by considering how they thought they were when they were 30-35 years old. We conducted repeated measures Anovas, and test-retest correlation. We identified that individual functioning tends to become stable over time, as documented in the scientific literature. Finally, although several instruments have been developed for assessment of personality in the FFM, some limitations can be identified in these instruments when it comes to assess people over 60 years of age. In observance of this, in the third study we conducted a literature review for identifying possibly relevant phenomena for adults and elderly people. We have raised seven constructs, which are: mindfulness, sense of life, goals aimed at the fulfillment of own desires, altruism, forgiveness and tolerance, calm, and consider the remaining time of life. Based on these phenomena, in the fourth study we developed self-reported items to compose an instrument to evaluate personality traits of elderly people (Gold Inventory- IG). In addition, we checked whether the factors proposed for IG fit the FFM in BFI-2, as facets to evaluate people at the third and fourth ages. A total of 440 adults, between 17 and 102 years of age (M=36, SD=22.60, Md=43), responded the IG and the BFI-2. Analyses based on the Classical Test Theory and the Item Response Theory were performed on the IG. We identified that the Gold Inventory presents initial evidence of validity for the evaluation of characteristics of personality in elderly people. However, future studies should be conducted on the instrument to ensure that psychologists have a reliable tool to enhance assessments and interventions with this population. Implications of the results of the present thesis to the psychologist's practice involving older people conclude the text.Nunes, Carlos Henrique Sancineto da SilvaUniversidade Federal de Santa CatarinaPires, Jeferson Gervasio2020-10-21T21:27:26Z2020-10-21T21:27:26Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis231 p.| il.application/pdf369772https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216262porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:27:26Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/216262Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:27:26Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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