Nível de mobilidade e ocorrência de infecções do trato respiratório inferior em pacientes internados em unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Christóvão, Renata Gomes
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/240956
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Araranguá, 2022.
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spelling Nível de mobilidade e ocorrência de infecções do trato respiratório inferior em pacientes internados em unidade de terapia intensivaReabilitaçãoLimitação da mobilidadeDeambulação precoceUnidade de tratamento intensivoInfecção hospitalarInfecções respiratóriasDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Araranguá, 2022.Introdução: Dentre as Infecções relacionadas a assistência à saúde, a infecção do trato respiratório é considerada a infecção mais grave e com pior prognóstico. O paciente crítico apresenta maior risco para o acometimento de infecções do trato respiratório, devido ao perfil criticamente instável, além do uso de múltiplos dispositivos invasivos e a instabilidade hemodinâmica. Objetivo: analisar se o nível de mobilidade é um fator relacionado à ocorrência de infecções do trato respiratório inferior em indivíduos internados em Unidade de Terapia Intensiva. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, realizado no período de junho de 2021 a janeiro de 2022 em uma Unidade de Terapia Intensiva de nível terciário na região sul do Brasil. Foram inclusos no estudo indivíduos admitidos na emergência e encaminhados a Unidade de terapia intensiva, maiores de 18 anos, com funcionalidade prévia a internação preservada. Foram excluídos indivíduos com internação em Unidade de terapia intensiva por menos de 48 horas. A ocorrência de infecções do trato respiratório inferior foi identificada utilizando os critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o nível de mobilidade foi verificado por meio da Escala de Mobilização em Unidade de Terapia Intensiva. Para a análise do risco de infecção do trato respiratório inferior foi considerado o nível de mobilidade, uso de ventilação mecânica, utilização de sonda nasogástrica, realização de procedimento cirúrgico envolvendo cabeça, pescoço, tórax ou abdome superior e uso de sedação. A comparação dos grupos foi realizada utilizando o teste de Mann Withney e o teste de Fisher para as variáveis quantitativas e qualitativas, respectivamente. Para a análise de risco foi utilizada a regressão logística. O nível de significância considerado foi de 5%. Resultados: Foram inclusos 120 participantes, destes 28 desenvolveram infecção do trato respiratório inferior. Na análise univariada, as variáveis que se associaram a ocorrência de infecções do trato respiratório inferior foram a mobilidade reduzida [26 (28%); 67 (72%) p=0,036], uso de sonda nasogástrica [26 (35,1%); 48 (64,8%) p=0,000] , ventilação mecânica invasiva [24 (36,3%); 42 (62%) p=0,000],cirurgia de cabeça pescoço e tórax [9 (40%); 13 (59%) p= 0,048] e sedação [23 (35,9%); 41(64%) p= 0,000], no grupo com infecções do trato respiratório inferior e sem infecções do trato respiratório inferior respectivamente. Na regressão logística nenhuma das variáveis apresentou risco significativo: mobilidade reduzida (OR=0,5227, p= 0,463), uso de sonda nasogástrica (OR=5,988, p=0,114), ventilação mecânica invasiva (OR=1,436, p=0,77), sedação (OR=,8843, p=0,911), cirurgia de cabeça, pescoço e tórax (OR=2,41, p=0,117). Conclusão: A presença de mobilidade reduzida foi maior no grupo que apresentou infecção do trato respiratório inferior. No entanto, ao ajustar a ocorrência de mobilidade reduzida por outros fatores o risco não foi estatisticamente significativo.Abstract: Introduction: Among the healthcare-associated infections (HAI) respiratory tract infection is considered the most serious infection with the worst prognosis. Critically ill patients are at greater risk for respiratory tract infections due to their critically unstable profile, in addition to the use of multiple invasive devices and hemodynamic instability. Objective: to analyze whether the level of mobility is a factor related to the occurrence of lower respiratory tract infections in individuals hospitalized in the Intensive Care Unit. Methods: Prospective cohort study, carried out from June 2021 to January 2022 in a tertiary-level Intensive Care Unit (ICU) in the southern region of Brazil. Individuals admitted to the emergency department and referred to the ICU, over 18 years of age, with preserved functionality prior to hospitalization were included in the study. Individuals with ICU admission for less than 48 hours were excluded. The occurrence of lower respiratory tract infections was identified using the criteria of the National Health Surveillance Agency (ANVISA) and the level of mobility was verified using the Mobilization Scale in the Intensive Care Unit (EMU). For the analysis of the risk of lower respiratory tract infection, the level of mobility, use of mechanical ventilation, use of a nasogastric tube, surgical procedure involving the head, neck, chest or upper abdomen and use of sedation were considered. The comparison of groups was performed using the Mann Whitney test and the Fisher test for quantitative and qualitative variables, respectively. For risk analysis, logistic regression was used. The level of significance considered was 5%. Results: 120 participants were included, of these 28 developed lower respiratory tract infection. In the univariate analysis, the variables that were associated with the occurrence of lower respiratory tract infections were reduced mobility [26 (92,9%); 67 (72,8%) p=0.036], use of nasogastric tube [26 (92,9%); 48 (52,2%) p=0.000], invasive mechanical ventilation [24 (89,3%); 42 (45,7%) p=0.000], head, neck and chest surgery [9 (32,1%); 13 (14,1%) p=0.048] and sedation [23 (82,1%); 41 (44,6%) p=0.000] in the group with ITRI and without ITRI respectively. In the logistic regression, none of the variables presented significant risk: reduced mobility (OR=0.5227, p=0.463), use of a nasogastric tube (OR=5.988, p=0.114), invasive mechanical ventilation (OR=1.436, p=0, 77), sedation (OR=.8843, p=0.911), head, neck and chest surgery (OR=2.41, p=0.117). Conclusion: The presence of reduced mobility was higher in the group that presented lower respiratory tract infection. However, when adjusting for the occurrence of reduced mobility for other factors, the risk was not significant.Amaral, Livia Arcêncio doMenegueti, Mayra GonçalvesUniversidade Federal de Santa CatarinaChristóvão, Renata Gomes2022-10-21T16:54:16Z2022-10-21T16:54:16Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis59 p.| il.application/pdf378659https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/240956porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-21T16:54:16Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/240956Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-10-21T16:54:16Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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