Utilização de marcadores imunológicos no berbigão anomalocardia brasiliana para o monitoramento da qualidade ambiental da reserva extrativista marinha do Pirajubaé, Florianópolis/SC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Danielle Ferraz
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132332
Resumo: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaMello, Danielle FerrazBarracco, Margherita Anna Antonia Maria2015-04-24T19:31:40Z2015-04-24T19:31:40Z2015-04-24https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132332TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.A Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé (REMAPI), e consequentemente os seres vivos que ali habitam há longo tempo, vem sendo ameaçados devido ao despejo de efluentes domésticos não tratados na baía onde esta Reserva se localiza. O berbigão Anomalacordia brasiliana é o mais importante recurso pesqueiro da REMAPI, constituindo a principal fonte de renda de várias famílias de pescadores artesanais que vivem na sua vizinhança. Por ter hábito séssil e filtrador, o berbigão representa um interessante modelo biológico para estudos ecotoxicológicos. O principal objetivo deste estudo foi o de comparar alguns parâmetros hemato-imunológicos em populações de A. brasiliana provenientes de 3 localidades durante o inverno e o verão: REMAPI (grupos R1 e R2); áreas vizinhas à REMAPI sob impacto antropogênico por efluentes domésticos (grupos E1 e E2); e uma fazenda de cultivo (Ribeirão da Ilha), onde os berbigões da REMAPI são transplantados para depuração (grupo D); como ferramenta de avaliação da qualidade ambiental desta Reserva. Os parâmetros analisados foram: contagem total (THC) e diferencial de hemócitos (DHC), porcentagem de hemócitos apoptóticos e/ou apresentando micronúcleos (Ap), produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e concentração de proteínas totais (CP), título aglutinante (TA) e atividade da fenoloxidase (PO) da hemolinfa. Foram ainda analisados a resistência dos animais à anóxia (RA) e seu índice de condição (IC). Nos pontos de coleta foram ainda monitoradas algumas variáveis ambientais e a presença de coliformes fecais. Nossos resultados mostraram que o número de coliformes fecais nos pontos impactados por efluentes domésticos estava muito acima do permitido (CONAMA n°274/2000). Os animais provenientes destes pontos (E1 e E2) mostraram-se curiosamente pouco afetados pela condição local, apesar do ponto E2 ter apresentado uma diminuição da célula mais imunocompetente ou hemócito granular (HG; 5% menos), um aumento de sua CP, e uma tendência a uma menor THC, quando comparado com um dos grupos da REMAPI (R1). Estes resultados poderiam ser decorrentes de uma adaptação fisiológica dos berbigões a este ambiente cronicamente contaminado, uma vez que vivem nestas condições há longo tempo. Outro resultado interessante refere-se aos animais em depuração (grupo D). Estes animais apresentaram um estado fisiológico bastante debilitado devido à sua baixa RA em relação aos outros grupos. Além disso, apresentaram uma alta produção basal de EROs e tendências a alterações em outros parâmetros imunológicos, em comparação aos grupos da REMAPI. Estes resultados poderiam resultar do fato de que os berbigões são depurados em lanternas de cultivo em suspensão na coluna d’água. Como em seu ambiente natural estes animais vivem enterrados no sedimento, o estresse causado pela permanência em lanternas pode ser a causa dessas alterações. Um terceiro resultado interessante refere-se às diferenças sazonais encontradas. As principais diferenças nos imunoparâmetros entre os grupos de estudo, foram evidenciadas apenas no verão. Além disso, no verão foram observadas alterações no hemograma dos animais (menor THC e maior porcentagem de HGs) em relação ao inverno. Estes resultados corroboram o fato do verão ser um período de estresse para os animais, assim como já descrito em outros bivalves, devido a fatores múltiplos como elevadas temperaturas, desenvolvimento reprodutivo e maior proliferação de microorganismos na água. Em conclusão, a REMAPI apresenta ainda uma aparente boa qualidade ambiental, assim como seus recursos pesqueiros extraídos, apesar de sua proximidade à zona de despejo de efluentes domésticos. Fica, no entanto, um claro alerta sobre o risco de contaminação deste importante ecossistema e seus recursos pesqueiros em vista da sua relativa proximidade a áreas de alta influência antropogênica, sem tratamento de efluentes.50Florianópolis, SC.BerbigãoAnomalocardia brasilianaparâmetros hemato-imunológicosmonitoramento ambientalReserva Extrativista Marinha do PirajubaéUtilização de marcadores imunológicos no berbigão anomalocardia brasiliana para o monitoramento da qualidade ambiental da reserva extrativista marinha do Pirajubaé, Florianópolis/SCinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINAL20092-DanielleFerrazMello.pdf20092-DanielleFerrazMello.pdfapplication/pdf2080143https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/132332/1/20092-DanielleFerrazMello.pdfd94d75132f0c377bf2d09a16fbf944c6MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81383https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/132332/2/license.txt11ee89cd31d893362820eab7c4d46734MD52123456789/1323322015-04-24 16:31:40.588oai:repositorio.ufsc.br:123456789/132332Vm9jw6ogdGVtIGEgbGliZXJkYWRlIGRlOiBDb21wYXJ0aWxoYXIg4oCUIGNvcGlhciwgZGlzdHJpYnVpciBlIHRyYW5zbWl0aXIgYSBvYnJhLiBSZW1peGFyIOKAlCBjcmlhciBvYnJhcyBkZXJpdmFkYXMuClNvYiBhcyBzZWd1aW50ZXMgY29uZGnDp8O1ZXM6IEF0cmlidWnDp8OjbyDigJQgVm9jw6ogZGV2ZSBjcmVkaXRhciBhIG9icmEgZGEgZm9ybWEgZXNwZWNpZmljYWRhIHBlbG8gYXV0b3Igb3UgbGljZW5jaWFudGUgKG1hcyBuw6NvIGRlIG1hbmVpcmEgcXVlIHN1Z2lyYSBxdWUgZXN0ZXMgY29uY2VkZW0gcXVhbHF1ZXIgYXZhbCBhIHZvY8OqIG91IGFvIHNldSB1c28gZGEgb2JyYSkuIFVzbyBuw6NvLWNvbWVyY2lhbCDigJQgVm9jw6ogbsOjbyBwb2RlIHVzYXIgZXN0YSBvYnJhIHBhcmEgZmlucyBjb21lcmNpYWlzLgpGaWNhbmRvIGNsYXJvIHF1ZTogUmVuw7puY2lhIOKAlCBRdWFscXVlciBkYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgYWNpbWEgcG9kZSBzZXIgcmVudW5jaWFkYSBzZSB2b2PDqiBvYnRpdmVyIHBlcm1pc3PDo28gZG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMuIERvbcOtbmlvIFDDumJsaWNvIOKAlCBPbmRlIGEgb2JyYSBvdSBxdWFscXVlciBkZSBzZXVzIGVsZW1lbnRvcyBlc3RpdmVyIGVtIGRvbcOtbmlvIHDDumJsaWNvIHNvYiBvIGRpcmVpdG8gYXBsaWPDoXZlbCwgZXN0YSBjb25kacOnw6NvIG7Do28gw6ksIGRlIG1hbmVpcmEgYWxndW1hLCBhZmV0YWRhIHBlbGEgbGljZW7Dp2EuIE91dHJvcyBEaXJlaXRvcyDigJQgT3Mgc2VndWludGVzIGRpcmVpdG9zIG7Do28gc8OjbywgZGUgbWFuZWlyYSBhbGd1bWEsIGFmZXRhZG9zIHBlbGEgbGljZW7Dp2E6IExpbWl0YcOnw7VlcyBlIGV4Y2XDp8O1ZXMgYW9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91IHF1YWlzcXVlciB1c29zIGxpdnJlcyBhcGxpY8OhdmVpczsgT3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGRvIGF1dG9yOyBEaXJlaXRvcyBxdWUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgcG9kZW0gdGVyIHNvYnJlIGEgb2JyYSBvdSBzb2JyZSBhIHV0aWxpemHDp8OjbyBkYSBvYnJhLCB0YWlzIGNvbW8gZGlyZWl0b3MgZGUgaW1hZ2VtIG91IHByaXZhY2lkYWRlLiBBdmlzbyDigJQgUGFyYSBxdWFscXVlciByZXV0aWxpemHDp8OjbyBvdSBkaXN0cmlidWnDp8Ojbywgdm9jw6ogZGV2ZSBkZWl4YXIgY2xhcm8gYSB0ZXJjZWlyb3Mgb3MgdGVybW9zIGRhIGxpY2Vuw6dhIGEgcXVlIHNlIGVuY29udHJhIHN1Ym1ldGlkYSBlc3RhIG9icmEuIEEgbWVsaG9yIG1hbmVpcmEgZGUgZmF6ZXIgaXNzbyDDqSBjb20gdW0gbGluayBwYXJhIGVzdGEgcMOhZ2luYS4KTGljZW7Dp2EgQ3JlYXRpdmUgQ29tbW9ucyAtIGh0dHA6Ly9jcmVhdGl2ZWNvbW1vbnMub3JnL2xpY2Vuc2VzL2J5LW5jLzMuMC9ici8KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732015-04-24T19:31:40Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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