Enriquecimento da cana-de-açucar com fontes de nitrogênio em agroecossistemas do norte e noroeste do Paraná
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94248 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2010 |
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Enriquecimento da cana-de-açucar com fontes de nitrogênio em agroecossistemas do norte e noroeste do ParanáAgriculturaAgroecossistemasCana-de-açucarNitrogenioDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2010A busca por volumosos em épocas de escassez de forragens que sejam economicamente viáveis faz da cana-de-açúcar uma forrageira em potencial, pois é de fácil cultivo e tradicionalmente utilizada por produtores em boa parte do território nacional, principalmente para alimentação de ruminantes. Entretanto, a cana-de-açúcar apresenta um teor de proteína bruta limitante para ser usado como única fonte de alimento para animais. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar formas de enriquecimento da cana-de-açúcar com fontes de nitrogênio protéico e não protéico na tentativa de melhorar o valor nutricional dos nutrientes da cana-de-açúcar, assim como incentivar o uso de alimentos existentes nas regiões norte e noroeste do Paraná, como alternativa ao uso da uréia como forma de enriquecimento da cana-de-açúcar. Foram realizados dois experimentos, um no assentamento Dorcelina Folador, em Arapongas e o outro no assentamento Oziel Alves, em Santa Cruz de Monte Castelo, norte e noroeste do Estado do Paraná, respectivamente. As análises bromatológicas foram realizadas nos laboratórios de análise de alimentos e nutrição animal da Universidade Estadual de Maringá - UEM e no laboratório de bromatologia e nutrição animal da Embrapa Clima Temperado - Pelotas - RS, segundo metodologia proposta por Silva e Queiroz (2009). No primeiro experimento os tratamentos foram: Testemunha (T) - cana-de-açúcar; Tratamento Uréia (TU) - cana-de-açúcar + uréia + suplemento mineral; Tratamento Farelo de Soja (TFS) - cana-de-açúcar + farelo de soja + suplemento mineral e Tratamento Leucena (TL) - cana-de-açúcar + leucena + suplemento mineral. Os teores de matéria seca (MS) obtidos 59,85; 72,85; 68,75 e 51,77% para os tratamentos T, TFS, TL e TU respectivamente. Resultados estes abaixo do esperado, que seriade 86%. Para a proteína bruta (PB), obteve-se teores de 2,92; 17,68; 13,29 e 15,35% para os tratamentos T, TFS, TL e TU respectivamente. Concluiu-se que o TU, também denominado de sacharina é uma alternativa viável de enriquecimento nutricional da cana-de-açúcar para ser utilizada nos períodos de escassez de forragens. A leucena e o farelo de soja podem substituir a uréia na produção da sacharina. A leucena pode ser uma alternativa para locais em fase de transição e certificação agroecológica. Considerando as restrições do uso da uréia em processos agroecológicos, no segundo experimento procurou-se avaliar alternativas de suplementação da cana-de-açúcar somente com fontes de nitrogênio protéico disponíveis na região. Os tratamentos foram: cana-de-açúcar + farelo de soja + suplemento mineral - CFS; cana-de-açúcar + guandu + suplemento mineral - CG; cana-de-açúcar + leucena + suplemento mineral - CL. Independente da fonte protéica utilizada sua inclusão proporcionou aumentos significativos nos valores de Proteína Bruta dos compostos. A presença das leguminosas nos compostos com leucena (CL) e com guandu (CG) determinou teores de fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) superiores ao composto com farelo de soja. A digestibilidade do Farelo de Soja no composto a base de cana-de-açúcar + farelo de soja (CFS) foi determinante para o teor mais elevado de nutrientes digestíveis totais (NDT) neste composto (64,94%) quando comparado aos demais tratamentos, que obtiveram teores de 51,83 e 53,34% para os tratamentos CG e CL respectivamente. Os resultados obtidos nestes dois experimentos indicam a viabilidade de enriquecimento da cana-de-açúcar utilizando fontes de nitrogênio de leguminosas de fácil obtenção e menores custos em pequenas propriedades rurais localizadas no norte e noroeste do estado do Paraná.A produção avícola intensiva é uma atividade de grande importância para o Brasil e para Santa Catarina, onde está concentrada em algumas regiões. Este sistema de produção gera uma significativa quantidade de resíduos, onde se destaca a cama de aviário. Com a tendência de aumento desta atividade, aumentará ainda mais a produção deste resíduo. A alta concentração de cama de aviário em algumas regiões, onde o solo e a extração dos nutrientes pelas culturas não estão sendo mais suficientes para reciclá-lo, está causando a contaminação por nutrientes, microorganismos patogênicos e resíduos de produtos químicos, com repercussões econômicas na saúde pública e no ambiente. Para minimizar estes impactos, os agricultores têm sido estimulados a fazer a decomposição da cama de aviário antes de sua aplicação como fertilizante. Existem ainda muitas dúvidas sobre a eficiência deste tratamento na diminuição do potencial poluidor deste resíduo. O objetivo deste trabalho foi estudar os principais aspectos inerentes à produção, processamento e uso da cama de aviário. Foi realizado também um experimento para comparar tipos de decomposição deste resíduo. Os três processos (tratamentos) usados foram: Tratamento CSC (cama de aviário com camadas de solo e coberto com capim) CP (cama de aviário coberta com polietileno) e CCC (cama de aviário com camadas de capim e coberto com capim). Amostras foram coletadas semanalmente no primeiro mês e mensalmente até o final do experimento aos 180 dias. Acompanhou-se a evolução da temperatura das pilhas, umidade, pH, teor de carbono, nitrogênio, nível de Escherichia coli, Salmonella, oocistos de eimérias e concentrações do antibiótico salinomicina. Os resultados mostram que, dependendo do tipo de tratamento de decomposição adotado, pode-se interferir no potencial de contaminação ambiental da cama de aviário. O uso do processo de decomposição usualmente adotado pelos agricultores (tratamento CP) apresenta menores perdas de carbono e nitrogênio, entretanto é menos eficiente na degradação do antibiótico salinomicina. A adição do capim e o seu uso como cobertura mantém uma temperatura mais elevada durante a decomposição e, com o passar do tempo, permite uma maior infiltração de água que acarreta perdas posteriores de carbono. A decomposição da cama de aviário, independente dos tratamentos, é eficiente no controle de Escherichia coli, porém os tipos de decomposição não interferem na redução do número de oocistos de eimérias. A adaptação da técnica de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) para a determinação de salinomicina em cama de aviário se apresentou de simples execução, foi suficientemente sensível, específica e reprodutível. Apesar do processo de decomposição diminuir o potencial contaminante da cama de aviário, é uma medida isolada e insuficiente. A produção da cama de aviário está ligada ao processo produtivo como um todo, e este deve passar por um planejamento de acordo com a capacidade de cada ecossistema em reciclar os resíduos destas atividades.Padilha, Marilia Terezinha SangoiMello, Dario Fernando Milanez deUniversidade Federal de Santa CatarinaKoefender, Elisa2012-10-25T07:58:30Z2012-10-25T07:58:30Z2012-10-25T07:58:30Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis81 p.| il., tabs.application/pdf288159http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94248porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-03T14:05:31Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/94248Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T14:05:31Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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