Psilocibina na terapia psico-oncológica: uma revisão de escopo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/223478 |
Resumo: | TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Farmácia. |
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Psilocibina na terapia psico-oncológica: uma revisão de escopopsilocibinadepressãoansiedadepacientes oncológicoscâncerTCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Farmácia.O diagnóstico de um câncer coloca o paciente frente a dificuldades e medos, em que o desenvolvimento de transtornos psicológicos é comum. Estudos indicam uma alta prevalência de sintomas depressivos e ansiosos em pacientes oncológicos. Esse quadro está associado à baixa adesão ao tratamento quimioterápico e taxas de mortalidade mais altas. Com o intuito de auxiliar esses pacientes, surgiu a psico-oncologia. Nessa área, as opções de tratamentos farmacológicos disponíveis consistem na utilização diária de medicamentos, como os antidepressivos, por longos períodos, os quais apresentam diversas limitações. Diante dessas questões, a busca por novas terapias é essencial. Descobriu-se que os psicodélicos são benéficos no âmbito da psico-oncologia, dentre eles destaca-se a psilocibina, um alcaloide psicoativo presente nos cogumelos alucinógenos do gênero Psilocybe. O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão de escopo sobre o potencial terapêutico da psilocibina em pacientes com depressão ou ansiedade associados ao câncer. As bases de dados utilizadas foram PubMed, SCOPUS, Web of Science, Embase, Cinahl, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde. Incluíram-se estudos clínicos publicados até dezembro de 2020 que contemplassem os objetivos dessa revisão. Foram identificados 522 artigos, os quais foram filtrados pelos critérios de inclusão e exclusão, totalizando três artigos. Todos os ensaios clínicos selecionados foram randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo e cruzados. A metodologia empregada nos três estudos foi semelhante, constituindo na terapia assistida, em que administrou-se a psilocibina ou placebo (niacina ou dose baixa de psilocibina) em duas sessões experimentais de modelo cruzado, com acompanhamento de profissionais. Questionários validados foram aplicados em diferentes pontos de tempo a fim de obter os resultados. Todos os estudos demonstraram que a psilocibina, administrada em dose única e em conjunto com a psicoterapia, produziu benefícios clínicos rápidos (imediatamente após o final das sessões), robustos e sustentados por até oito meses em termos de redução da ansiedade e da depressão, além de aumentar a qualidade de vida, a aceitação da morte e o otimismo. Os participantes relataram poucos efeitos adversos, os quais foram leves e transitórios. Assim, conclui-se que a terapia com psilocibina assistida fornece um modelo alternativo e revolucionário, apresentando benefícios em relação à terapia convencional, para o tratamento de pacientes com depressão e ansiedade associadas ao câncer. No entanto, mais estudos são necessários a fim de assegurar a viabilidade, a eficácia e a segurança da psilocibina, bem como aprofundar o entendimento dos mecanismos de ação.Clinically significant anxiety and depression are common in patients with cancer. These symptoms are associated with low adherence to chemotherapy and higher mortality rates. Psycho-oncology aims to help these patients, through psychotherapy and medications. Pharmacological treatment consists of the daily use of antidepressants for long periods, with several limitations. In this context, the search for new therapies is essential. Research suggests a role for psilocybin, a psychoactive alkaloid present in hallucinogenic mushrooms of the genus Psilocybe, to treat cancer-related anxiety and depression. This study aimed to conduct a scoping review of the therapeutic potential of psilocybin in patients with depression or anxiety associated with cancer. The databases used were PubMed, SCOPUS, Web of Science, Embase, Cinahl, Scielo, and Biblioteca Virtual em Saúde. 522 articles were identified, which were filtered by the inclusion and exclusion criteria, selecting three clinical studies. All trials were randomized, double-blind, placebo-controlled, and crossover. The methodology used in the three studies was similar, constituting assisted therapy, in which psilocybin or placebo (niacin or low dose psilocybin) was administered in two experimental crossover sessions in conjunction with psychotherapy. Validated questionnaires were applied at different time points to obtain the results. All trials have shown that single moderate-dose psilocybin produced immediate, robust, and sustained anxiolytic and anti-depressant effects, which persist for up to eight months. Besides, decreases in cancer-related demoralization and hopelessness improved spiritual wellbeing and increased quality of life. Participants reported few adverse effects, which were mild and transient. Thus, it is concluded that psilocybin-assisted therapy provides an alternative and revolutionary model, presenting several benefits in comparison to conventional therapy, for the treatment of cancer-related depression and anxiety associated. However, further studies are needed to ensure the viability, efficacy, and safety of psilocybin, as well as the understanding of the mechanisms of action.Florianópolis, SCMaia, Alcíbia Helena de AzevedoUniversidade Federal de Santa CatarinaSchmelzer, Bárbara Leal Nunes2021-05-20T20:28:09Z2021-05-20T20:28:09Z2021-05-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis59 f.application/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/223478info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2021-05-20T20:28:10Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/223478Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-05-20T20:28:10Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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