Entregadores de aplicativo em Florianópolis: Uma análise do perfil socioeconômico e da percepção da relação de trabalho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248140 |
Resumo: | TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Economia. |
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Entregadores de aplicativo em Florianópolis: Uma análise do perfil socioeconômico e da percepção da relação de trabalhoEconomia políticaUberização do trabalhoEntrega por aplicativosTCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Economia.Atualmente, existem mais de 1,6 milhões de motoristas e entregadores(as) de aplicativos atuando no Brasil. Como foi amplamente denunciado em 2020, a jornada de trabalho da categoria de entregas é pouco regulamentada, insegura e de baixa remuneração, sintetizada como um trabalho uberizado. No entanto, têm sido a escolha de ocupação por uma considerável gama da classe trabalhadora, recentemente. Nesse contexto, as empresas de aplicativo, denominadas economias de plataforma, propagandeiam amplamente a ideia de que o trabalho das entregas é uma forma de empreendedorismo, e que é fornecido apenas o apoio necessário para que esses “parceiros” alavanquem seu sucesso individual, regulando os próprios horários e administrando seus próprios custos. Dentro deste contraditório debate, o presente estudo objetivou investigar o perfil socioeconômico e analisar a percepção sobre a relação de trabalho dos entregadores por aplicativo em Florianópolis. Para isso, foi necessário também compreender a forma de operação das empresas responsáveis pelos aplicativos e sua relação com o regime de acumulação flexível, que é a fundamentação para o processo de uberização do trabalho. A pesquisa foi composta de uma etapa de revisão bibliográfica, com análise de produções teóricas, notícias, entrevistas e dados sobre o tema, e uma segunda etapa de campo, com a aplicação de um questionário às pessoas que trabalham com entrega intermediada por aplicativos em Florianópolis. Nos resultados, observou-se que a população que realiza entregas por aplicativo na cidade é composta, majoritariamente, de pessoas do sexo masculino, de nível médio de escolaridade, de 26 a 35 anos, que possuem renda equivalente a uma média de 1,9 salários mínimos no mês, em jornadas de 8 horas diárias ou mais, de 6 a 7 dias por semana. Sobre a percepção da relação de trabalho, notou-se que os entregadores de Florianópolis, em geral, conhecem e estão insatisfeitos com as condições de suas jornadas de trabalho: não há segurança, proteção social e a remuneração é baixa. Ainda sim, consideram-se empreendedores e mencionam apresentar, em geral, resultados melhores do que em ocupações anteriores. Discute-se, portanto, sobre como a uberização do trabalho é uma forma de aprofundamento da precarização do emprego de forma generalizada no capitalismo - e como a percepção sobre essa relação de trabalho é uma frequente disputa ideológica travada por aqueles que buscam criar uma união da categoria em prol de melhores condições, evidenciando a contradição do trabalho uberizado entendido como empreendedorismo pela ideologia dominante.Today, there are more than 1,6 million active app drivers and app delivery workers in Brazil. As it was widely pointed in 2020s protests, the workday for delivery workers is remarked for low regulation, workplace unsafety and low wages, synthetized as uberized labor. Nevertheless, this has been the choice of employment for a considerable amount of the working class, recently. In this context, the app companies, also known as platform economies, sell the idea that delivering by apps is a form of entrepreneurship, and that only the necessary support is given for these ‘partners’ to leverage their individual success, regulating their own work hours and managing their own expenses. In this contradictory discussion, this study sought to investigate the socioeconomic profile and analyze the work relationship perception of the app delivery workers in Florianópolis. For this to be achieved, it was also necessary to comprehend the form of operation by the platform economies and their connection to the flexible system of accumulation, which is the fundamental basis for the uberization of work process. The research was composed by a first phase of literature review, and a second phase of field work, consisting in a survey application with the delivery workers in Florianópolis. The results have shown that the population of delivery workers in Florianópolis are, in their majority, men, with high school degree, from 26 to 35 years old, earning an average of 1,9 minimum wages, in workdays of 8 hours or more, working from 6 to 7 days per week. About the work relationship perception, it is observed that the delivery workers in Florianópolis, in general, notice and are unsatisfied with their work conditions: there is no work safety, social protection and the payment is below average. Nevertheless, they consider themselves entrepreneurs and, in general, assure to have better wages than in past jobs. The discussion approaches, therefore, about the uberization of work as a form of further development of the deregulation of work in capitalism - and how the perception about this form of work relationship is a frequent ideological dispute between those who seek to create a union of the category in benefit of better work conditions, pointing the contradiction of the idea that uberized work is a form of entrepreneurship by the dominant ideologyFlorianópolis, SC.Santos, Fábio Pádua dosUniversidade Federal de Santa Catarina.Andrade, Artur2023-07-05T18:55:22Z2023-07-05T18:55:22Z2023-06-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis79 páginasapplication/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248140Open Access.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2023-07-05T18:55:33Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/248140Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-07-05T18:55:33Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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