Influências de macroalgas no estresse ambiental do camarão branco do Pacífico e no crescimento e rendimento gonadal do ouriço-do-mar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pontinha, Vitor de Almeida
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/193109
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis, 2018.
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spelling Influências de macroalgas no estresse ambiental do camarão branco do Pacífico e no crescimento e rendimento gonadal do ouriço-do-marAquiculturaMacroalgasLitopenaeus vannameiOurico-do-marTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis, 2018.Além de seu valor nutricional, as macroalgas possuem uma série de compostos que apresentam funções bioativas nos organismos. A investigação do efeito destes compostos na aquicultura tem demonstrado suas ações benéficas, estimulando o desempenho zootécnico, a capacidade imunológica e a resistência à fatores abióticos nos animais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de macroalgas marinhas na tolerância de camarões ao estresse hipotérmico e hipossalino, e no desempenho de ouriços-do-mar cultivados. No primeiro capítulo, foi realizada uma breve revisão bibliográfica sobre a atual condição dos cultivos de algas, camarões e de ouriços-do-mar, além do potencial uso das macroalgas como fonte de bioativos para aquicultura. No segundo capítulo foi verificada a temperatura (TL50) e a salinidade (SL50) letal de 50% da população do camarão Litopenaeus vannamei. Pós-larvas foram submetidas à baixas temperaturas ou salinidades por 72 h, e juvenis, por 24 h. Análises de regressão foram realizadas e a TL50 encontrada foi 11,7 °C para os juvenis, e 12,9 °C para as pós-larvas, enquanto a SL50 foi de 2,4 e 1,8 , respectivamente. No terceiro capítulo, as pós-larvas do camarão foram tratadas com extrato aquoso das macroalgas Ascophyllum nodosum ou Sargassum filipendula em diversas concentrações e submetidas à TL50. A mortalidade foi analisada após 72 h e as concentrações de 100 mg L-1 para A. nodosum e 200 mg L-1 para S. filipendula resultaram em menores taxas de mortalidade. Em relação aos juvenis, estes foram alimentados por 10 dias com uma dieta comercial controle e com dietas com inclusão de 0,5%, 2% e 4% de A. nodosum ou S. filipendula. Após esse período, foram submetidos à TL50 e a mortalidade analisada após 24 h. Posteriormente, diferentes juvenis foram alimentados por 15 dias com a dieta controle e com 0,5% de cada alga, incluídas separadamente, e submetidos à TL50. Foram analisados parâmetros imunológicos e a histologia da glândula digestiva antes do choque hipotérmico, e imediatamente, 1 h e 24 h após o choque. Os parâmetros microbiológicos do intestino foram analisados antes e 1 h após o choque. Não houve influência significativa das macroalgas na taxa de mortalidade dos juvenis, nem na microbiologia do intestino ou histologia da glândula digestiva. Em relação à imunologia, as algas apresentaram influência positiva somente em relação ao título aglutinante. O choque hipotérmico, entretanto, alterou consideravelmente a imunologia e microbiologia intestinal, reduzindo a quantidade de bactérias heterotróficas totais e Vibrio, e os parâmetros imunológicos, com estes últimos retornando à normalidade entre 1 e 24 h após o choque. O quarto capítulo avaliou a influência de macroalgas inseridas na dieta no crescimento e desenvolvimento gonadal do ouriço-do-mar Paracentrotus lividus. As algas Laminaria digitata, Sargassum muticum e Ulva lactuca secas foram incluidas separadamente em uma dieta controle na concentração de 20%. Cada dieta consistiu em um tratamento. As quatro dietas, além da alga L. digitata fresca, foram fornecidas aos animais durante 20 semanas e a taxa de crescimento, índice gonadal e a coloração das gônadas foram analisadas a cada 4 semanas. As dietas com L. digitata e S. muticum resultaram em maior crescimento somático do que as dietas controle e L. digitata fresca, e maiores índices gonadais do que a dieta controle. Não houve influência na coloração das gônadas. Os resultados demonstram um grande potencial da utilização de macroalgas na aquicultura, trazendo resultados benéficos para a produção de organismos aquáticos.Abstract : Besides their nutritional value, seaweeds have a wide variety of compounds that have bioactive activities in organisms. Studies about the effects of these compounds on aquaculture have demonstrated their beneficial actions in animals, by stimulation of their performance, immunological capacity and resistance to abiotic factors. The objective of this work was to evaluate the influence of marine seaweed on shrimp tolerance to hypothermic and hiposalinic stress and the performance of cultivated sea urchins. In the first chapter, a brief review presents the current condition of seaweed, shrimp and sea urchin rearing, as well as the potential use of seaweeds as bioactives compounds for aquaculture. In the second chapter, the lethal temperature (LT50) and salinity (LS50) to 50% shrimp Litopenaeusvannamei population were verified. Postlarvae were submitted to low temperatures or salinities for 72 h, and juveniles, for 24 h. Regression analyzes were performed and the TL50 found was 11.7 °C for juveniles and 12.9 °C for postlarvae, while SL50 was 2.4 and 1.8 , respectively. In the third chapter, shrimp postlarvae were treated with hot water extract of the seaweed Ascophyllum nodosum or Sargassum filipendula at several concentrations and submitted to TL50. Mortality was analyzed after 72 h and the concentrations of 100 mg L-1A. nodosum and 200 mg L-1S. filipendula resulted in lower mortality rates. In relation to juveniles, they were fed for 10 days with a commercial control diet and with diets with 0.5%, 2% and 4% A. nodosum or S. filipendula. After this period, they were submitted to TL50 and mortality was analyzed after 24 h. Different juveniles were fed for 15 days with the control diet and with 0.5% of each seaweed included separately and submitted to TL50. Immunological parameters and histology of the digestive gland were analyzed before the hypothermic shock and immediately, 1 h and 24 h after the shock. The gut microbiology was analyzed before and 1 h after the shock. There was no significant influence of both seaweeds on the juvenile mortality rate, gut microbiology or digestive gland structure. Regarding immunology, seaweeds presented a positive influence only in relation to the agglutinating titer. However, the hypothermic shock altered the gut microbiology considerably, by reduction of the Total Heterotrophic Bacteria and Vibrio populations, as well as the immunological parameters. These last parameters returned to normality between 1 and 24 h after the shock. The fourth chapter evaluated the influence of the insertion of seaweeds in the diet, on growth and gonadal development of the sea urchin Paracentrotuslividus. The dried seaweeds Laminaria digitata, Sargassum muticum and Ulva lactuca were included separately, in a control diet at concentration of 20%. Each diet was considered one treatment. The four diets and the fresh algae L. digitata were offered to the animals for 20 weeks and the growth rate, gonadal index and gonad color were analyzed every 4 weeks. Diets with L. digitata and S. muticum resulted in higher somatic growth than control diet and fresh L. digitata, and higher gonadal indexes than the control diet. There was no influence of diet on gonad color. The results showed a great potential of the use of seaweeds in aquaculture, with beneficial results to produce aquatic organisms.Hayashi, LeilaVieira, Felipe do NascimentoUniversidade Federal de Santa CatarinaPontinha, Vitor de Almeida2019-02-02T03:02:16Z2019-02-02T03:02:16Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis138 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf355966https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/193109porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-02-02T03:02:16Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/193109Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732019-02-02T03:02:16Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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