A PARTICIPAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES ESPORTIVAS NA MEDIAÇÃO DA COBERTURA JORNALÍSTICA DOS JOGOS PARALÍMPICOS DE 2016
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/239026 |
Resumo: | A midiatização, a espetacularização e a mercadorização do esporte paraolímpico são processos em andamento e aprofundamento no século XXI. Inicialmente, o discurso midiático sobre esta manifestação esportiva recorreu ao sensacionalismo em torno das deficiências, sobrepondo a lógica da mídia à lógica do esporte. De uma maneira geral, esta é uma tendência do relacionamento entre a mídia e o esporte. Contudo, por meio do estabelecimento e desenvolvimento das assessorias de comunicação esportiva no interior das instituições gestoras do esporte, tem-se demandado uma busca por equilíbrio desta relação. No esporte paraolímpico, entidades gestoras têm produzido guias de orientações à mídia com o intuito de auxiliá-la na construção de um discurso que valorize a esportividade do atleta com deficiência. Neste sentido, diante da relevância social e midiática adquirida pelo esporte paraolímpico no Brasil com a realização dos Jogos Paralímpicos (JP) Rio 2016, o objetivo deste estudo foi compreender a participação das instituições esportivas paraolímpicas na mediação do processo de produção de notícias realizado por jornalistas esportivos brasileiros durante os JP de 2016. Esta pesquisa foi inspirada nos estudos de newsmaking e gatekeeping. Teve caráter descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa dos dados. Entrevistamos 15 jornalistas e editores de diferentes grupos de mídia e jornais do país que cobriram o megaevento esportivo. A produção de conteúdo informativo, por parte das instituições esportivas por meio da permanente atualização dos seus sites e redes sociais, se configurou como forma potencial de garantir uma mínima qualidade e diversidade de informações sobre o fenômeno esportivo paraolímpico. Os serviços de fonte de informação institucional prestados para a produção de notícias sobre os JP apareceram como uma forma de contra tendência à sobreposição dos interesses midiáticos aos interesses esportivos. Entretanto, identificamos que, por vezes, as entidades paraolímpicas têm se configurado quase como editoras do conteúdo noticioso produzido, o que pode ser prejudicial para a veiculação de informações esclarecedoras e críticas acerca da manifestação esportiva. |
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