A realidade da saúde dos sem terra: o caso do assentamento Butiá, Santa Catarina, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Córdova, Thiago Alfredo Botelho de
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93992
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2010
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spelling A realidade da saúde dos sem terra: o caso do assentamento Butiá, Santa Catarina, BrasilAgriculturaAgroecossistemasTrabalhadoresSaudeAssentamentos ruraisDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2010Esta pesquisa se refere à realidade da saúde da população do campo, enfocando, especificamente, o contingente organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Embora a instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) objetive atender às demandas e necessidades de saúde da população brasileira, ainda existe uma grande distância entre o que é preconizado pelo SUS e o que é vivenciado pelas pessoas, na base do sistema, principalmente, na realidade do campo, onde se encontram as maiores iniqüidades, não sendo garantida a estas populações a real efetivação de seu direito constitucional à saúde. A escolha do MST para este estudo deve-se a seu papel estratégico na sociedade brasileira, também destacado no relatório final da 12ª Conferência Nacional de Saúde (2003), que o considerou um dos principais atores a serem articulados para contribuir na construção de políticas públicas que visem superar essas iniqüidades. Considerando isso, nessa pesquisa, objetivamos analisar a realidade da saúde de famílias de trabalhadores rurais vinculados ao MST e sua relação com o SUS. Procuramos concretizar esse objetivo a partir de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, realizado no Assentamento Butiá, localizado no Distrito de Volta Grande, região rural do município de Rio Negrinho, no norte de Santa Catarina. Para tanto, utilizamos como instrumentos de coleta de dados a observação, a entrevista semi-estruturada e a análise documental. Os sujeitos do estudo foram assentados do Assentamento Butiá, profissionais de saúde da Unidade de Saúde de Volta Grande - Saúde da Família (USVG-SF) e gestores do Sistema de Saúde do município de Rio Negrinho. Para o tratamento dos dados levantados, utilizamos uma perspectiva hermenêutico-dialética. Como resultados, apresentamos uma descrição do SUS no município e da dinâmica específica da USVG-SF, o principal meio de assistência à saúde dessa população; identificamos os principais problemas de saúde dos assentados; e analisamos algumas de suas percepções acerca de seus processos de saúde-doença e de sua relação com o SUS, contrastando-as com percepções dos gestores e profissionais de saúde acerca desses temas. Consideramos que seus principais problemas de saúde são aqueles comumente encontrados na realidade do campo, relacionados às precárias condições de vida em que se encontram; no que se refere às suas percepções acerca da assistência que lhes é prestada pelo SUS, identificamos situações que não diferem muito daquelas relatadas na literatura sobre o tema: insatisfações constantes, demonstradas por queixas e críticas sobre determinadas rotinas e sobre a qualidade do atendimento dos profissionais; porém, ficou evidente que o maior problema se relaciona com a distância existente entre o SUS e a realidade específica dos assentados, em que os profissionais e gestores ainda desconhecem grande parte dos problemas vivenciados por essa população em seu cotidiano. Por toda a situação analisada, consideramos que os caminhos à superação dos problemas encontrados devem passar pela construção de relações interpessoais baseadas num verdadeiro diálogo entre as três categorias de sujeitos envolvidas, em uma relação entre iguais, que fortaleça o vínculo entre os sujeitos, a participação e o controle social, pois, só assim, as aspirações dos assentados poderão ser devidamente interpretadas pelos profissionais e gestores, os quais, munidos desse conhecimento, estarão maRibas, Clarilton Edzard Davoine CardosoWosny, Antonio de MirandaUniversidade Federal de Santa CatarinaCórdova, Thiago Alfredo Botelho de2012-10-25T05:23:06Z2012-10-25T05:23:06Z2012-10-25T05:23:06Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis180 p.| il., grafs., tabs.application/pdf282996http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93992porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-02T22:42:54Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/93992Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-02T22:42:54Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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