A sequência comportamental de saciedade em pombos (Columba livia): descrição, proposta de um protocolo para estudo e exame dos efeitos de drogas hiper- e hipofagiantes
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/107384 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2013. |
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A sequência comportamental de saciedade em pombos (Columba livia): descrição, proposta de um protocolo para estudo e exame dos efeitos de drogas hiper- e hipofagiantesNeurociênciasPomboComportamentoAlimentação e raçõesDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2013.A ingestão de alimentos acarreta uma série de alterações térmicas, metabólicas e comportamentais, que são conservadas filogeneticamente. As alterações comportamentais são compostas por uma sequência de comportamentos: beber, autolimpeza e sono, denominada Sequência Comportamental da Saciedade (SCS). Essa sequência foi descrita em roedores, permitindo, desse modo, a avaliação refinada de potenciais inibidores do apetite. No entanto, a presença e os atributos da SCS não foram estudados sistematicamente em animais não mamíferos. Aqui, descreve-se a SCS em pombos (Columba livia) induzida pela:(1) apresentação de uma mistura de sementes (MS) em animais que estavam com água e ração ad libitum e (2) apresentação da ração comum (RC) e da MS a animais que estavam privados de alimentos por 24 horas, examinando por decodificação dos comportamentos registrados em vídeo digital por 2 horas. A simples apresentação da MS em animais ad libitum ou em animais privados de alimento por 24 horas foi suficiente para provocar uma sequência de comportamentos consistente, composta pelo beber logo após o comer; em seguida, a autolimpeza e, por fim, o sono. Essa sequência de comportamentos foi semelhante à SCS observada em roedores. A estrutura e as relações temporais e sequenciais entre esses comportamentos foram quantitativamente examinadas e estatisticamente comparadas por meio de representação gráfica especialmente desenvolvida para tal fim, e por meio de índices como: latência para primeiro episódio do comportamento (L), tempo para o pico (P), intervalo entre picos (IP) e intersecção entre as curvas dos comportamentos (I). Com base nesses resultados, propôs-se e testou-se um protocolo para o estudo da SCS, envolvendo a remoção de água e comida por uma hora, e devolução após esse período acrescido da MS, com registro comportamental por 84 minutos. Os índices comportamentais não foram afetados significativamente pela reexposição ao protocolo (três vezes com intervalo e sete dias entre as exposições); pelo gênero; pela ausência de água durante o teste; pela diferença de palatabilidade do alimento oferecido; por diferentes quantidades da MS oferecidas uma hora antes do início do protocolo (0, 33, 66 ou 100% do consumo na terceira apresentação); e pelas injeções intracerebroventricular de drogas serotonérgicas, como 5-HT(50 e 150 nmol), Fluoxetina (22,5 e 75 nmol), Norfenfluramina (30 e 60 nmol), Metergolina (150 e 300 nmol) e m-CPP (3,9 e 13 nmol). O único tratamento que teve um efeito sobre os índices comportamentais foi o tratamento com a 5-HT na dose de 150 nmol, em que o tempo para o pico de comer e a latência foram postergados em relação aos demais comportamentos, ou seja, o comer foi deslocado para depois do sono. Esses dados demonstram que pombos, assim como roedores, apresentam uma SCS bem definida. Diferentemente do que ocorre em roedores, a SCS em pombos não parece ser afetada pela diminuição na quantidade ingerida de ração. Já os dados farmacológicos sugerem um papel da serotonina no controle da SCS. Por fim, esses dados mostram que a SCS em pombos é um evento que só pode ser controlado até o seu desencadeamento, dado o seu início, não importa a situação apresentada ao animal, a sequência temporal dos comportamentos será sempre a mesma, sempre no mesmo período.<br>Abstract : Food intake leads to a séries of thermal changes, metabolic and behavioral that arephylogenetically conserved. Behavioral changes are composed of a sequence of behaviors: drinking, sleep and self-cleaning, called the Behavioral Satiety Sequence (SCS). This sequence was described in rodents, which allowed the evaluation of potential inhibitors of refined appetite. However the presence and attributes of CSS has not been systematically studied in animals not mammals. Here we describe the SCS in pigeons (Columba livia) induced: (1) the presentation of a seed mixture (MS) in animals that were with water and food ad libitum (2) presentation of the common ration (RC) and MS animals who were deprived of food for 24 h, examined by decoding the behaviors recorded in digital video for 2 h. The mere presentation of MS in animals ad libitum or in animals deprived of food for 24 hours was sufficient to cause a sequence of behaviors consistent, comprising the drink immediately after eating the wiper and then finally sleep. This sequence was similar to the behavior observed in rodents SCS. The structure and sequential and temporal relationships between these behaviors were examined quantitatively and statistically compared by means of graphical representation specially developed for this purpose, and by means of indices as: latency to first episode of behavior (L), time to peak (P ), interval between peaks (IP) and the intersection between the curves of behaviors (I). Based on these results, we proposed and tested a protocol for the study of SCS, involving the removal of food and water for an hour and return after that period plus the MS with behavioral record for 84 min. The behavioral indices were not significantly affected by re-exposure protocol (3 x 7 day interval between exposures), by gender, by the lack of water during the test, the difference in palatability of the food offered by different amounts of MS offered one hour before the start of the protocol (0, 33, 66 or 100% consumption in the third embodiment), intracerebroventricular injections of serotonergic drugs such as 5-HT (50 and 150 nmol), Fluoxetine (22.5 and 75 nmol) Norfenfluramina (30 and 60 nmol), metergoline (150 and 300 nmol), and m-CPP (3.9 nmol and 13). The only treatment that had an effect on the behavioral indices was the treatment with 5-HT at a dose of 150 nmol, where the time to peak of eating and latency were delayed in relation to other behaviors, ie eating was shifted to after sleep. These data show that birds as well as rodents SCS have a well-defined. Unlike what occurs in rodents, pigeons in the SCS does not seem to be affected by the decrease in the amount of feed ingested Already pharmacological data suggest a role of serotonin in the control of SCS. Finally these data show that the SCS in pigeons is an event that can only be controlled by your trigger, since its beginning no matter the situation presented to the animal, the temporal sequence of behavior is always the same, always the same period.Marino Neto, JoséUniversidade Federal de Santa CatarinaSpudeit, Willian Anderson2013-12-05T23:58:25Z2013-12-05T23:58:25Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis125 p.| il., grafs., tabs.application/pdf320197https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/107384porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-01-19T02:17:13Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/107384Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-01-19T02:17:13Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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