Políticas de atenção à saúde da pessoa com amputação: análise biopolítica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges, Ana Maria Fernandes
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190635
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2017.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaBorges, Ana Maria FernandesVargas, Mara Ambrosina de OliveiraSchneider, Dulcinéia Ghizoni2018-10-18T04:23:55Z2018-10-18T04:23:55Z2017353967https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190635Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2017.Em algum momento da vida, a deficiência fará parte do cotidiano das pessoas. Neste estudo, considerou-se a pertinência da discussão biopolítica ao abordar a atenção à saúde das pessoas com amputação. A biopolítica é destacada por Michel Foucault como um poder sobre a vida e estabelece-se como reguladora da população, por meio de ferramentas que possibilitam e asseguram a vida. Os sistemas de regulação são aqui representados pelas políticas públicas em saúde. Assim, apresenta-se como tese: as políticas públicas, como um operador biopolítico, expressam um discurso que demarca e dá visibilidade às condições de saúde da pessoa com amputação no cenário da atenção à saúde, privilegiando determinados processos de reabilitação, recuperação e inserção social, mas que se distancia dos discursos dos enfermeiros e das pessoas com amputação. O estudo seguiu o método qualitativo, analítico, com referencial teórico-filosófico em biopolítica. São objetivos: analisar a atenção à saúde da pessoa com amputação na perspectiva dessas e dos enfermeiros; compreender como as políticas públicas dispõem e ordenam dispositivos de atenção à saúde na perspectiva dos enfermeiros e das pessoas com amputação; analisar de que modo as políticas públicas demarcam e determinam o processo de reabilitação, recuperação, prevenção e inserção socioeconômica da pessoa com amputação; problematizar as estratégias biopolíticas em prol da atenção à saúde da pessoa com amputação; compreender o modo como a promoção da saúde se expressa na atenção à saúde da pessoa com amputação. Compuseram o material empírico do estudo: entrevistas semiestruturadas com 21 enfermeiros e sete pessoas com amputação; a análise documental das políticas em prol das pessoas com deficiência/amputação. Os dados foram organizados no software AtlasTi e sua análise deu-se pelo referencial da análise do discurso em Foucault. Dos resultados, emergiram três manuscritos: O saber-poder delimitando a atenção à saúde da pessoa com amputação; Políticas públicas delimitando modos de atenção à saúde para a pessoa com amputação; Promoção da saúde: estratégia a determinar a atenção à saúde para a pessoa com amputação. A política pública valoriza a atenção básica, e por meio desta, a pessoa com amputação deveria receber atendimento em consonância com a promoção da saúde, prevenção de agravos, desvelando suas necessidades, garantindo o acesso ao cuidado, visando à manutenção da saúde. Em contrapartida, o discurso que circula como verdade mostra o desconhecimento político e social dos enfermeiros sobre a complexidade da atenção à saúde das pessoas com amputação, assim como a vulnerabilidade dessas diante do predomínio do discurso biomédico do profissional da saúde e da lacuna na infraestrutura física e de materiais. Esperar-se-ia a continuidade do cuidado com a circulação de forma fluida pela rede de atenção, com a efetivação de cada etapa do processo de reabilitação pelo profissional de saúde, não se restringindo somente pelas orientações repassadas à pessoa com amputação. No entanto, o que se apresenta por meio do discurso proferido no decorrer desse estudo, são aspectos que não classificam o atendimento em rede, e sim em cuidados isolados, nos quais a pessoa é quem põe em movimento seu acesso nos diferentes níveis de atenção.Abstract : At some point in life, disability will be part of people's daily lives. In this way, the assumption in this study is to consider the relevance of the discussion of biopolitics when addressing attention to the health of the people with amputation. Biopolitics is highlighted by Michel Foucault as a "power over life" and establishes itself as a regulator of the population, through tools that enable and ensure life. Regulatory systems are represented here by public health policies. Therefore, it presents the thesis: public policies, as a biopolitical operator, express a discourse that demarcates and gives visibility to the health conditions of the person with amputation in the healthcare context, which privileges processes of rehabilitation, recovery and social adjustment, but that distances itself from the discourses of the nurses and people with amputation. The study followed the qualitative, analytical method, with a theoretical-philosophical reference in biopolitics. The objectives are: to analyze the health care for the person with amputation from the perspective of these and the nurses; to understand how public policies dispose and order healthcare devices from the perspective of nurses and people with amputation; to analyze how public policies delimit and defines the process of rehabilitation, recovery, prevention and socioeconomic introduce the person with amputation; to problematize biopolitical strategies for the health care of the person with amputation; to understand how health promotion is expressed in the health care of the person with amputation. The empirical material of the study included: semi-structured interviews with nurses and people with amputation; documentary analysis of policies for the benefit of people with disabilities/amputation. The data were organized in the AtlasTi software and the analysis was based on the discourse analysis in Foucault. From the results, three manuscripts emerged: Knowledge-power delimiting attention to the health of the person with amputation; Public policies delimiting modes of health care for the person with amputation; Health promotion: strategy to determine health care for the person with amputation. The public policies values primary health, in which the person with amputation should receive care according to the healthcare promotion, prevention of injuries, unveiling their needs, ensuring access to care, aiming at the maintenance of health. On the other hand, the discourse that circulate as truth show the political and social lack of knowledge of the nurses in face of the complexity of health attention to the person with amputation, as well as the vulnerability of these people before the predominance of the biomedical discourse, the gap in physical infrastructure and resources. It would be expected continuity of care with fluid circulation through the care network, with the completion of each stage of the rehabilitation process by the health professional, not restricted only by the guidelines passed on to the people with amputation. However, what is presented through the speech delivered in the course of this study are aspects that do not classify the network service, but in isolated care, in which the person is who sets in motion its access at different levels of attention.198 p.| il., tabs.porEnfermagemPolítica de saúdePessoa com deficiênciaAmputaçõesPolíticas de atenção à saúde da pessoa com amputação: análise biopolíticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPNFR1049-T.pdfPNFR1049-T.pdfapplication/pdf1723836https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/190635/-1/PNFR1049-T.pdf7feff4007ad61df14948335fd40ddbd6MD5-1123456789/1906352018-10-18 01:23:59.898oai:repositorio.ufsc.br:123456789/190635Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-10-18T04:23:59Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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