Caracterização petrográfica e estrutural das rochas de falha da Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó na região da mina desativada Ribeirão da Prata

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Ian Nunes
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/182337
Resumo: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Geologia.
id UFSC_db5407e5011f9dcfaf2e5b6c034f5728
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/182337
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Caracterização petrográfica e estrutural das rochas de falha da Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó na região da mina desativada Ribeirão da PrataGeologiaPetrografiaEstruturalRochas de falhaZona de Cisalhamento Itajaí-PerimbóTCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Geologia.A Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó estende-se na direção NE-SW por cerca de 50 km no Escudo Catarinense, entre o litoral e a região onde é encoberta pelo Bacia do Paraná. Esta zona de cisalhamento marca o limite entre o Complexo Metamórfico Brusque e a Bacia do Itajaí, entretanto, na zona de falha, que tem até 5 km de espessura também ocorrem rochas que não pertencem a estas duas unidades. Em meio à zona de cisalhameto, na região de Gaspar ocorrem o Granito Parapente e gnaisses denominados de Complexo São Miguel. Na região da Mina Ribeirão da Prata, localizada no município de Blumenau, conforme os dados disponíveis na literatura, a zona de cisalhamento é composta por gnaisses e granítos anatéticos, englobados na Faixa Ribeirão da Prata. Nesta região ocorre um corpo hidrotermal mineralizado em Pb-Cu-Zn(Ag). Neste trabalho é feita a caracterização petrográfica e estrutural de rochas da Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó na região da Mina Ribeirão da Prata. Nessa área podem ser caracterizados quatro grupos de rochas. As rochas mais antigas são gnaisses miloníticos que além de uma deformação dúctil de média temperatura (~500°C) também mostram evidências de uma intensa cataclase posterior. A composição mineralógica dos gnaisses é essencialmente quartzosa (45%), com plagioclásio (35%), anfibólio (10%), micas (5%), microclínio (3%) e opacos (2%). Há um grupo de granitos intrusivos nos gnaisses cuja deformação é essencialmente cataclástica. A mineralogia principal é caracterizada por quartzo (55%), plagioclásio (35%), microclínio (5%), micas (5%), e como minerais acessórios tem-se zircões bipiramidais e opacos (>1). As características deformacionais destes granitos permitem considerar que eles formam corpos tabulares concordantes com a foliação da zona de cisalhamento. Um grupo de granitos com deformação incipiente tem ocorrência restrita. A cataclase verificada nos gnaisses e nos granitos, resultante do funcionamento da zona de cisalhamento em regime rúptil, está na origem da formação da mineralização existente na região, associada ao hidrotermalito. O hidrotermalito não está deformado, o que permite relacionar a mineralização ao final da evolução da zona de cisalhamento. Contemporâneos do hidrotermalito, ocorrem veios de quartzo. Estes veios se formaram em fraturas tectônicas e são compostos por quartzo muito pouco deformado. Associada ao quartzo pode ocorrer sericita sem orientação preferencial. Os dados indicam que a Faixa Ribeirão da Prata e o Complexo São Miguel são formados por rochas similares que apresentam o mesmo tipo de deformação. Os gnaisses, tanto na região da Mina Ribeirão da Prata quanto na região de Gaspar, apresentam uma bem marcada lineação de estiramento mineral (quartzo e feldspato) que tem caimento vertical. Esta estrutura permite definir que na época da milonitização os gnaisses se encontravam sob a ação de um regime transpressivo. As estruturas características de regime transpressivo encontradas na Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó também são verificadas na Zona de Cisalhamento Sarandí del Yí que ocorre no Uruguai. Estas duas zonas de cisalhamento se encontram na limite externo do Cinturão Dom Feliciano, o que sugere que a origem do cinturão está ligada a uma convergência oblíqua.The Itajaí-Perimbó Shear Zone extends in NE-SW direction for about 50 km in Escudo Catarinense, between the coast and the region where it is covered by the Paraná Basin. This shear zone marks the limit between the Brusque Metamorphic Complex and the Itajaí Basin. However, in the fault zone, which is up to 5 km in thickness, there are also rocks that don’t belong to these two units. In the middle of the shear zone, in the region of Gaspar occur the Parapente Granite and gneisses of São Miguel Complex. In the region of the Mina Ribeirão da Prata, located in the city of Blumenau, according to the data available in the literature, the shear zone is composed of gneisses and anatetic granites, denominated Ribeirão da Prata Belt. In this region occurs a mineralized hydrothermal body with Pb-Cu-Zn (Ag). In this work is developed the petrographic and structural characterization of rocks of the Itajaí-Perimbó Shear Zone in the Mina Ribeirão da Prata region. In this area four groups of rocks can be characterized. The oldest rocks are mylonitic gneisses which, in addition to a ductile deformation of medium temperature (~500°C), also show evidence of an intense cataclastic deformation. The mineralogical composition of the gneisses is essentially quartzous (45%), with plagioclase (35%), amphibole (10%), micas (5%), microcline (3%) and ore minerals (2%). There is a group of intrusive granites in the ganisses whose deformation is essentially cataclastic. The main mineralogy is characterized by quartz (55%), plagioclase (35%), microcline (5%), micas (5%), and bipyramidal zircons and ore minerals as accessory minerals (>1). The deformational characteristics of these granites allow to consider that they form tabular bodies concordant with the foliation of the shear zone. A group of granites with incipient deformation has restricted occurrence. The cataclasis observed in the gneisses and in the granites, resulting from the behavior of the zone of shear in the fragile regime, is in the origin of the formation of the mineralization in the region, associated to the hydrothermalite. The hydrothermalite isn’t deformed, which allows to relate the mineralization to the end of the evolution of the shear zone. Quartz veins and the hydrothermalite are synchronous. These veins were formed in tectonic fractures and are composed of very poorly deformed quartz. Associated with quartz can occur sericite without preferential orientation. The data indicates that Ribeirão da Prata Belt and São Miguel Complex are formed by similar rocks that present the same type of deformation. The gneisses, in the region of the Mina Ribeirão da Prata and in the region of Gaspar, present a well marked stretching lineation (quartz and feldspar) with a vertical plunge. This structure allows to define that in the time of the mylonitization the gneisses were under the action of a transpressive regime. The characteristic structures of transpressive regime found in the Itajaí-Perimbó Shear Zone are also verified in the Sarandí del Yí Shear Zone, which occurs in Uruguay. These two shear zones, that lie at the outer boundary of the Dom Feliciano Belt, suggesting that the origin of the belt is linked to oblique convergence.Florianópolis, SCAlthoff, Fernando JacquesCastro, Neivaldo Araújo deUniversidade Federal de Santa CatarinaRibeiro, Ian Nunes2017-12-18T18:56:56Z2017-12-18T18:56:56Z2017-12-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis80application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/182337porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-12-18T18:56:56Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/182337Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-12-18T18:56:56Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.none.fl_str_mv Caracterização petrográfica e estrutural das rochas de falha da Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó na região da mina desativada Ribeirão da Prata
title Caracterização petrográfica e estrutural das rochas de falha da Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó na região da mina desativada Ribeirão da Prata
spellingShingle Caracterização petrográfica e estrutural das rochas de falha da Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó na região da mina desativada Ribeirão da Prata
Ribeiro, Ian Nunes
Geologia
Petrografia
Estrutural
Rochas de falha
Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó
title_short Caracterização petrográfica e estrutural das rochas de falha da Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó na região da mina desativada Ribeirão da Prata
title_full Caracterização petrográfica e estrutural das rochas de falha da Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó na região da mina desativada Ribeirão da Prata
title_fullStr Caracterização petrográfica e estrutural das rochas de falha da Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó na região da mina desativada Ribeirão da Prata
title_full_unstemmed Caracterização petrográfica e estrutural das rochas de falha da Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó na região da mina desativada Ribeirão da Prata
title_sort Caracterização petrográfica e estrutural das rochas de falha da Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó na região da mina desativada Ribeirão da Prata
author Ribeiro, Ian Nunes
author_facet Ribeiro, Ian Nunes
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Althoff, Fernando Jacques
Castro, Neivaldo Araújo de
Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Ribeiro, Ian Nunes
dc.subject.por.fl_str_mv Geologia
Petrografia
Estrutural
Rochas de falha
Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó
topic Geologia
Petrografia
Estrutural
Rochas de falha
Zona de Cisalhamento Itajaí-Perimbó
description TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Geologia.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-12-18T18:56:56Z
2017-12-18T18:56:56Z
2017-12-18
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/182337
url https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/182337
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 80
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Florianópolis, SC
publisher.none.fl_str_mv Florianópolis, SC
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808652067273703424