Associação do ambiente alimentar e fatores de risco cardiometabólicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Bianca Bittencourt de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205104
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2018.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaSouza, Bianca Bittencourt ded'Orsi, EleonoraGiehl, Maruí Weber Corseuil2020-03-31T13:27:37Z2020-03-31T13:27:37Z2018360041https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205104Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2018.A presente tese foi desenvolvida com o objetivo de investigar a associação entre o ambiente alimentar e fatores de risco cardiometabólicos. Para tanto, realizou-se dois artigos, o primeiro de revisão sistemática da literatura em populações com idade acima de 18 anos e o segundo artigo, original, com dados do ambiente alimentar de Florianópolis, Santa Catarina, e com a amostra de idosos da segunda onda do estudo longitudinal, de base populacional EpiFloripa Idoso (2013-2014). Para condução do primeiro artigo, bases de dados foram consultados e 22 dos 4.278 artigos recuperados foram incluídos para a análise. A maioria dos estudos foram conduzidos nos Estados Unidos, tiveram delineamento transversal e foram publicados nos últimos 10 anos. Nos resultados, observou-se que a obesidade constitui-se como o desfecho mais analisado entre os FRCM e as densidades de estabelecimentos do tipo fast-food e de estabelecimentos que comercializam produtos in natura, foram os mais utilizados para caracterizar o ambiente alimentar. Encontrou-se associações positivas entre a densidade de estabelecimentos de fast-food e obesidade e foram negativamente associados à densidade de estabelecimentos saudáveis com a obesidade, pressão arterial e glicemia. A presença de supermercados apresentou-se positivamente associada ao sobrepeso e obesidade. Em conclusão, os achados desta investigação permitiram confirmar a existência de uma relação entre ambiente alimentar e a obesidade; no entanto, estudos conduzidos com outros FRCM ainda mostra-se inconsistentes e necessitam maiores evidências. No segundo artigo foi testada associação entre frequência de estabelecimentos de alimentos na vizinhança e a síndrome metabólica, circunferência da cintura e pressão arterial sistólica, em uma amostra de idosos do estudo EpiFloripa no ano de 2013-2014. Foi realizado levantamento de todos os estabelecimentos que comercializavam alimentos no município de Florianópolis a posteriori estes estabelecimentos foram georreferenciados e contabilizados as frequências de supermercados, verdureiras, restaurantes, lanchonetes e mercearias. Além dos estabelecimentos de alimentos, todos as residências dos idosos foram georreferenciadas e analisados o ambiente alimentar em um buffer de 500m de cada residência. Observou-se que a maior frequência de supermercados e restaurantes na vizinhança foram associados a menor chance de ter síndrome metabólica entre os idosos. Em relação aos resultados da circunferência da cintura, observou-se decréscimos de CC naqueles indivíduos que vivem em locais com maior disponibilidade de verdureiras e restaurantes (tercil superior), comparado com menores frequências (tercil inferior). A maior frequência de mercearias apresentou-se como fator de risco para circunferência da cintura. A pressão arterial sistólica apresentou resultados inconsistentes necessitando novos estudos. Conclui-se que o total de estabelecimentos nas vizinhanças exercem efeito sobre os desfechos cardiometabólicos em idosos do município de Florianópolis e mais acesso a estabelecimentos que comercializam produtos base de uma alimentação saudável diminuem a chance de síndrome metabólica e circunferência da cintura elevada. Esses achados sugerem que as estratégias para melhorias dos índices de FRCM devem pensados no nível de planejamento urbano considerando intervenções para modificar os ambientes alimentares.Abstract : The present thesis was developed with the objective of investigating the association between the food environment and cardiometabolic risk factors. For that, two articles were carried out, the first one to systematically review the literature on populations aged over 18 years and the second article, with data from the food environment of Florianópolis, Santa Catarina, and the sample of the elderly from the second wave longitudinal study, population-based EpiFloripa Elderly (2013-2014). To conduct the first article, databases were consulted and 22 of the 4,278 articles retrieved were included for analysis. Most of the studies were conducted in the United States, have been cross-sectional and have been published in the last 10 years. In the results, it was observed that obesity is the most analyzed outcome between the FRCM and the densities of establishments of the fast-food type and of establishments that commercialize products in natura, were the most used to characterize the alimentary environment. Positive associations were found between the density of fast food establishments and obesity and were negatively associated with the density of healthy establishments with obesity, blood pressure and glycemia. The presence of supermarkets was positively associated with overweight and obesity. In conclusion, the findings of this investigation allowed to confirm the existence of a relationship between food environment and obesity; however, studies conducted with other CMRs are still inconsistent and require further evidence. In the second article we tested the association between the frequency of food establishments in the neighborhood and the metabolic syndrome, waist circumference and systolic blood pressure in a sample of the elderly from the EpiFloripa study in the year 2013-2014. A survey was carried out of all the establishments that commercialized food in the municipality of Florianópolis. Later, these establishments were georeferenced and counted the frequencies of supermarkets, vegetables, restaurants, snack bars and grocery stores. In addition to food establishments, all residences of the elderly were georeferenced and analyzed the food environment in a buffer of 500m of each residence. It was observed that the greater frequency of supermarkets and restaurants in the neighborhood were associated with a lower chance of having metabolic syndrome among the elderly. Regarding the waist circumference results, there were decreases in WC in those individuals living in places with higher availability of vegetables and restaurants (upper tertile), compared to lower frequencies (lower tertile). The higher frequency of grocers presented as a risk factor for waist circumference. Systolic blood pressure presented inconsistent results requiring further studies. It is concluded that the total of establishments in the neighborhoods have an effect on the cardiometabolic outcomes in the elderly in the city of Florianópolis, and more access to establishments that sell base products of a healthy diet reduces the chance of metabolic syndrome and elevated waist circumference. These findings suggest that strategies for improving CRFM indices should be thought of at the level of urban planning considering interventions to modify food environments.229 p.| il., gráfs., tabs.porSaúde públicaSíndrome metabólicaObesidadePressão arterialSistema cardiovascularNutriçãoEnvelhecimentoAssociação do ambiente alimentar e fatores de risco cardiometabólicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPGSC0228-T.pdfPGSC0228-T.pdfapplication/pdf2087417https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/205104/-1/PGSC0228-T.pdf927b5a86ac1ca6255f362581c828561dMD5-1123456789/2051042020-03-31 10:27:38.155oai:repositorio.ufsc.br:123456789/205104Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-03-31T13:27:38Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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