Vibrio sp. em ostras e águas de áreas de cutivo da Baía Sul de Santa Catarina: ocorrência, caracterização feno e genotípica, suscetibilidade antimicrobiana e depuração

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos, Roberta Juliano
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/99318
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-graduação em Ciências dos Alimentos
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spelling Vibrio sp. em ostras e águas de áreas de cutivo da Baía Sul de Santa Catarina: ocorrência, caracterização feno e genotípica, suscetibilidade antimicrobiana e depuraçãoCiencia dos alimentosOstraCrassostrea gigasVibrio vulnificusVibrio ParahaemolyticusTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-graduação em Ciências dos AlimentosEsta pesquisa teve por objetivo identificar e quantificar vibrios marinhos potencialmente patogênicos em ostras (Crassostrea gigas) e águas provenientes da Baía Sul de Santa Catarina, Brasil. Assim como avaliar a patogenicidade e susceptibilidade destas cepas frente a diferentes antibióticos e verificar a eficácia da depuração de ostras (Crassostrea gigas) contaminadas com Vibrio parahaemolyticus ou Vibrio vulnificus usando luz ultravioleta (UV) isoladamente e efeito sinérgico com cloro. Das 60 amostras de ostras 48,3% estavam contaminadas por uma ou mais espécies de vibrio. As espécies mais frequentes foram V. parahaemolyticus e V. vulnificus. As contagens de V. parahaemolyticus e V. vulnificus nas amostras variaram entre < 0,5 log10 NMP g-1 a 2,3 log10 NMP g-1 de ostra, e < 0,5 log10 NMP g-1 a 2,1 log10 NMP g-1 de ostra, respectivamente. Das 60 amostras de água 73,3% estavam contaminadas por uma ou mais espécies de vibrios. As contagens de V. parahaemolyticus e V. vulnificus nas amostras variaram entre < 0,3 log10 NMP 100 mL-1 a 1,7 log10 NMP 100 mL-1 de água marinha, e < 0,3 log10 NMP 100 mL-1 a 2,0 log10 NMP 100 mL-1 de água marinha, respectivamente. Das 120 cepas enviadas para tipificação, foram avaliadas as características de 106 cepas reativadas. Destas 83 (78,3%) foram previamente identificadas como V. parahaemolyticus, 20 (18,9%) como V. vulnificus, três (2,8%) como V. cholerae. Foram caracterizados 20 diferentes sorotipos de V. parahaemolyticus, e identificados genes de patogenicidade tanto de V. parahaemolyticus quanto de V. cholerae. A resistência à gentamicina e cefuroxima foi observada em 84,3% das cepas testadas para ambos antibióticos, e a resistência a ampicilina foi observada em 80,0% das cepas de Vibrio spp. O cloranfenicol foi o antibiótico ao qual as cepas de Vibrio spp. foram mais sensíveis, seguido da tetraciclina, diferente do observado para V. cholerae que apresentou maior sensibilidade a Amoxicilina + clavulanato. Para o experimento de depuração as ostras foram contaminadas com um coquetel de cinco cepas de V. parahaemolyticus ou V. vulnificus ao nível de 104 a 105 UFC mL-1. A depuração foi realizada num sistema fechado de recirculação. As contagens de V. parahaemolyticus ou V. vulnificus foram realizadas no tempo zero, 6, 18, 24 e 48 h. Três tratamentos foram realizados: T1 (controle), T2 (luz UV) e T3 (luz UV mais cloro). Após 48 h de depuração de V. parahaemolyticus, T3 reduziu 3,1 log NMP g-1 e T2 reduziu 2,4 log NMP g-1, enquanto T1 reduziu apenas 2,0 log NMP g-1. Após 48 h de depuração de V. vulnificus, tanto T2, como T3 foram eficientes na redução das contagens, reduzindo a população em 2,5 e 2,4 log NMP g-1, respectivamente, enquanto que T1 reduziu apenas 1,4 log NMP g-1. O tratamento utilizando Luz UV mais cloro foi mais eficiente para controlar V. parahaemolyticus em ostras. Tanto o tratamento utilizando luz UV, como o tratamento utilizando luz UV mais cloro foram eficientes para reduzir as contagens de V. vulnificus. Os resultados desta pesquisa servem de subsídio para analise de risco de vibrios potencialmente patogênicos em ostras.The purpose of this study was to assess the incidence and level of contamination for Vibrio spp. in seawater and oysters (Crassostrea gigas) harvested in Southern Brazil, as to evaluate the pathogenicity of strains and test the susceptibility of these strains to different antibiotics, and to evaluate efficacy of depuration using UV light and UV light plus chlorinated seawater for decontaminating Vibrio parahaemolyticus and Vibrio vulnificus in oysters. Of the 60 oysters# samples analyzed, 29 (48.3%) contained one or more vibrio species. The most frequently isolated species were Vibrio parahaemolyticus and Vibrio vulnificus. The counts of Vibrio parahaemolyticus and Vibrio vulnificus in the samples ranged between < 0.5 log10 MPN g-1 to 2.3 log10 MPN g-1 of oyster, and < 0.5 log10 MPN g-1 to 2.1 log10 MPN g-1of oyster, respectively. Of the 60 seawater samples analyzed, 44 (73.3%) contained one or more species vibrios. The counts of Vibrio parahaemolyticus and Vibrio vulnificus in the samples ranged between < 0.3 log10 MPN 100 mL-1 to 1.7 log10 MPN 100 mL-1 of seawater, and < 0.3 log10 MPN 100 mL-1 to 2.0 log10 MPN 100 mL-1 of seawater, respectively. Of the 120 strains sent for typing were evaluated the characteristics of the strains 106 reactivated, 83 (78.3%) were previously identified as V parahaemolyticus, 20 (18.9%) as V vulnificus, three (2.8%) and V. cholerae. Were characterized 20 different serotypes of V. parahaemolyticus, and isolated genes of patogenicity for V. parahaemolyticus and V. cholerae. The gentamycin and cefuroxime resistance was observed in 84.3% of the strains to both antibiotics, and the ampicillin resistance was observed in 80.0% of the strains of Vibrio spp. Chloramphenicol is the antibiotic to which the strains of Vibrio spp. were more susceptible. The tetracycline antibiotic was the second to which the strains of V. parahaemolyticus and V. vulnificus were more susceptible than the observed for V. cholerae that showed greater susceptibility to amoxicillin + clavulanate. For depuration the oysters were contaminated with five-strain cocktail of V. parahaemolyticus or V. vulnificus to level of 104 to 105 CFU mL-1. The depuration was conducted in a recirulated closed system. Counts of V. parahaemolyticus or V. vulnificus were determined at zero, 6, 18, 24 and 48 h. Three treatments were conducted: T1 (control treatment); T2 (UV treatment); and T3 (UV plus chlorine treatment). After 48 h of depuration of Vibrio parahaemolyticus, T3 reduced 3.1 log MPN g-1 and T2 reduced 2.4 log MPN g-1, while T1 reduced only 2.0 log MPN g-1. After 48 h of depuration of Vibrio vulnificus, T2 as well as T3 were efficient reducing counts in 2.5 and 2.4 log MPN g-1, respectively; while T1 reduced only 1.4 log MPN g-1. UV light plus chlorine treatment was more efficient for controlling V. parahaemolyticus in oysters. Both UV light and UV light plus chlorine were efficient for V. vulnificus. These results serve as input for risk analysis studies of potentially pathogenic vibrios in oysters in southern Brazil.FlorianópolisVieira, Cleide Rosana WerneckFerreira, Jaime FernandoUniversidade Federal de Santa CatarinaRamos, Roberta Juliano2013-03-04T19:09:44Z2013-03-04T19:09:44Z20122012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis146 p.| il., grafs., tabs.application/pdf309352http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/99318porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-06T00:11:23Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/99318Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-06T00:11:23Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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