Investigação fitoquímica e farmacológica das alcamidas de Acmella ciliata (H. B. K.) Cassini (Asteraceae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira, Narjara
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188469
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2017.
id UFSC_e2e5f56e376a65bc4d67435e7f1798d3
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/188469
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Universidade Federal de Santa CatarinaSilveira, NarjaraBiavatti, Maique WeberSandjo, Louis Pergaud2018-07-20T04:03:35Z2018-07-20T04:03:35Z2017352479https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188469Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2017.Acmella ciliata (H.B.K.) Cassini é uma das espécies popularmente conhecidas como jambu, por apresentar as mesmas características organolépticas de A. oleracea. Ambas ocorrem na região tropical da América do Sul e a segunda é bastante utilizada na culinária do Norte e Nordeste do Brasil, bem como na medicina popular no tratamento de dores de dente, devido ao efeito anestésico causado quando as suas partes aéreas são mastigadas. A alcamida espilantol é a principal responsável por esse efeito. Algumas atividades farmacológicas vêm sendo descritas para as alcamidas, tais como anti-inflamatória, antiparasitária e analgésica. O presente trabalho teve como objetivos isolar, caracterizar e investigar a estabilidade das alcamidas de A. ciliata, bem como avaliar as suas atividades leishmanicida, tripanocida e antiplasmódica in vitro e atividades canabimimética e neuroprotetora in vivo, além de realizar o mapeamento tecnológico do espilantol. A partir do extrato etanólico das partes aéreas frescas foram identificadas 10 alcamidas, que tiveram as suas estruturas elucidadas por meio das técnicas espectroscópicas de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C e/ou por Espectrometria de Massas de Alta Resolução em comparação com os dados da literatura. Foram identificadas três isobutilamidas olefínicas [espilantol, dioxiacmellamida (alcamida inédita) e (2E,4E-6Z-8E)-N-isobutil-2,4,6,8-dodecatetraenamida)], uma metilbutilamida olefínica [(2E,6Z,8E)-N-(2-metilbutil)-2,6,8-decatrienamida)], duas feniletilamidas acetilênicas [(2,3-epoxi-N-feniletilamida-6,8-nonodiinamida e (2Z)-N-feniletil-6,8-nonadiinamida)] e quatro isobutilamidas acetilênicas [(2E,4E)-N-isobutil-2,4-undecadien-8,10-diinamida, (2E)-N-isobutil-2-undecaen-8,10-diinamida, (2E,7Z)-N-isobutil-2,7-tridecadien-10,12-diinamida e (7Z)-N-(isobutil)-7-tridecaen-10,12-diinamida)], sendo a última identificada pela primeira vez para o gênero. O ensaio preliminar de termodegradação mostrou que o espilantol degradou parcialmente a partir de 80 °C, temperatura inferior à maioria das preparações quentes em que o jambu é utilizado. Os estudos de fotodegradação mostraram que o espilantol permaneceu estável, quando em contato com luz e oxigênio, quando solubilizado em metanol; havendo conversão total à dioxiacmellamida quando o solvente foi removido. Nos ensaios de atividade frente a protozoários, apenas as alcamidas espilantol e dioxiacmellamida mostraram-se ativas contra Plasmodium falciparuim cepa NF54 (sensível à cloroquina), com valores de CI50 de 0,99 e 1,29 µg/mL, respectivamente. A dioxiacmellamida também apresentou atividade (CI50 = 0,54 µg/mL) frente a cepa multirresistente K1 de P. falciparum. O espilantol não desencadeou os sintomas da tétrade canabinoide, indicando não ter afinidade pelos receptores CB1. Com o objetivo de analisar o panorama mundial do uso industrial do espilantol, fez-se o mapeamento tecnológico por meio de pesquisas por patentes nas bases de dados patentários internacionais Espacenet® e Patentscope®. Nesse monitoramento foram encontrados 462 documentos (336 depósitos e 126 concessões) entre 1996 2016, sendo a grande maioria relacionada às propriedades sensoriais do espilantol.Abstract : Acmella ciliata (H.B.K.) Cassini, one of the species popularly known as jambu, because of the same organolepitic characteristics of A. oleracea. Both are native to the tropical region of South America and are widely used in the cuisine of North and Northeast of Brazil, both are also used in popular medicine for the treatment of toothaches, due to the anesthetic effect caused when its aerial parts are chewed. The alkamide spilanthol is primarily responsible for this effect. Some pharmacological activities have been reported for the alkamides, such as anti-inflammatory, antiparasitic and analgesic. The objective of this work was to isolate, characterize and investigate the stability of A. ciliata alkamides. This study also aimed to evaluate the metabolites leishmanicidal, trypanocidal and antiplasmic activities in vitro and cannabimimetic and neuroprotective activities in vivo. In addition, we aimed to perform the technological mapping of spilanthol. From the ethanol extract of fresh aerial parts, 10 alkamides were identified, and their structures were elucidated by spectroscopic techniques of 1H and 13C Nuclear Magnetic Resonance and/or by High Resolution Mass Spectrometry. The recorded data were compared to those reported in the literature. Thus, three olefinic isobutylamides (spilanthol, dioxyacmellamide (new alkamide) and (2E-4E-6Z-8E)-N-isobutyl-2,4,6,8-dodecatetraenamide), an olefinic methylbutylamide (2E-6Z-8E)-N-(2-methylbutyl-2,6,8-decatrienamide), two acetylenic phenylethylamides (2,3-epoxy-N-phenylethylamide-6,8-nonodiinamide and (2Z)-N-phenylethyl-6,8-nonadiyinamide ) and four acetylenic isobutylamides (2E-4E)-N-isobutyl-2,4-undecadien-8,10-diinamide, (2E)-N-isobutyl-2-undeca-8,10-diinamide, (2E,7Z)-N-isobutyl-2,7-tridecadien-10,12-diaminamide and (7Z)-N- isobutyl-7-trideca-10,12-diinamide were identified for the first time in Acmella.The preliminary thermodegradation test showed that spilanthol partially degrades when exposed to 80 ° C, which is a temperature lower than most of hot preparations in which jambu is used. The photodegradation studies showed that spilanthol remained stable, in a methanolic solution when exposed to light and oxygen or solubilized in methanol. However, the conversion to dioxalacellamide was observed when the solvent was removed. In the protozoa activity assays, only the spilanthol and dioxyacmellamide were active against Plasmodium falciparuim strain NF54 (sensitive to chloroquine), with IC50 of 0.99 and 1.29 µg/mL, respectively. Dioxyacmellamide also showed good activity (IC50 = 0.54 µg/mL) against P. falciparum K1 multiresistant strain. Spilanthol did not trigger the symptoms of cannabinoid tetrad, indicating no affinity for CB1 receptors. Regarding the industrial use of spilanthol, the technological mapping was done through patent searches in the international databases Espacenet® and Patentscope®. In this monitoring 462 documents (336 applications and 126 concessions) were found between 1996 - 2016, most of them related to the sensory properties of espilantol.207 p.| il., gráfs., tabs.porFarmáciaCompostas (Botânica)Plantas medicinaisDoenças neurodegenerativasInvestigação fitoquímica e farmacológica das alcamidas de Acmella ciliata (H. B. K.) Cassini (Asteraceae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPCCF0402-T.pdfPCCF0402-T.pdfapplication/pdf5780179https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/188469/-1/PCCF0402-T.pdff3ad696fbc4342a287991f0d71b19bd2MD5-1123456789/1884692018-07-20 01:03:35.536oai:repositorio.ufsc.br:123456789/188469Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-07-20T04:03:35Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.none.fl_str_mv Investigação fitoquímica e farmacológica das alcamidas de Acmella ciliata (H. B. K.) Cassini (Asteraceae)
title Investigação fitoquímica e farmacológica das alcamidas de Acmella ciliata (H. B. K.) Cassini (Asteraceae)
spellingShingle Investigação fitoquímica e farmacológica das alcamidas de Acmella ciliata (H. B. K.) Cassini (Asteraceae)
Silveira, Narjara
Farmácia
Compostas (Botânica)
Plantas medicinais
Doenças neurodegenerativas
title_short Investigação fitoquímica e farmacológica das alcamidas de Acmella ciliata (H. B. K.) Cassini (Asteraceae)
title_full Investigação fitoquímica e farmacológica das alcamidas de Acmella ciliata (H. B. K.) Cassini (Asteraceae)
title_fullStr Investigação fitoquímica e farmacológica das alcamidas de Acmella ciliata (H. B. K.) Cassini (Asteraceae)
title_full_unstemmed Investigação fitoquímica e farmacológica das alcamidas de Acmella ciliata (H. B. K.) Cassini (Asteraceae)
title_sort Investigação fitoquímica e farmacológica das alcamidas de Acmella ciliata (H. B. K.) Cassini (Asteraceae)
author Silveira, Narjara
author_facet Silveira, Narjara
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Silveira, Narjara
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Biavatti, Maique Weber
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Sandjo, Louis Pergaud
contributor_str_mv Biavatti, Maique Weber
Sandjo, Louis Pergaud
dc.subject.classification.none.fl_str_mv Farmácia
Compostas (Botânica)
Plantas medicinais
Doenças neurodegenerativas
topic Farmácia
Compostas (Botânica)
Plantas medicinais
Doenças neurodegenerativas
description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2017.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-07-20T04:03:35Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-07-20T04:03:35Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188469
dc.identifier.other.none.fl_str_mv 352479
identifier_str_mv 352479
url https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188469
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 207 p.| il., gráfs., tabs.
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/188469/-1/PCCF0402-T.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv f3ad696fbc4342a287991f0d71b19bd2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1766805042323521536