FORMAÇÃO LINGÜÍSTICA: A EDUCAÇÃO SUPERIOR DEVE INTERVIR NA VARIAÇÃO PRESENTE NA FALA DOS UNIVERSITÁRIOS?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/44228 |
Resumo: | Pesquisas desenvolvidas a partir da perspectiva sociolingüística têm buscado saber de que modo as variações lingüísticas têm se manifestado na escola e qual tem sido a posição dos educadores diante delas. Em relação à educação superior, muitos professores têm dúvidas quanto à forma de tratar esses fenômenos de variação, por receio de serem taxados de preconceituosos. Embora não se manifestem diretamente com os alunos, esses mesmos professores oferecem resistência à variação e, muitas vezes, têm transferido o preconceito aos falantes da mesma. Ainda, é preciso lidar com o que Mattos e Silva (2004) considera papel da educação: dar acesso à norma de prestígio da língua. Diante dessas reflexões, o presente artigo relata os dados de uma pesquisa que teve como objetivo conhecer a posição dos professores universitários diante da variação lingüística presente na oralidade dos universitários, especificamente quanto à variação proveniente da interferência dos dialetos italianos na língua portuguesa brasileira. Um dos principais fenômenos de variação lingüística que identificam essa interferência na fala dos descendentes de italianos residentes em Chapecó é a troca da vibrante múltipla pelo tepe. Isso se dá especialmente em dois contextos: em início de palavras (rua) e em posição intervocálica (produção, por exemplo, de caro em contexto de carro). Os professores-participantes foram selecionados a partir da identificação de turmas nas quais há sujeitos detentores da variante lingüística em estudo, feita em pesquisa anterior (Melo, 2007). Buscamos mostrar, aqui, as principais dúvidas, as principais ações empreendidas pelos professores e apontar possíveis caminhos a serem seguidos na relação entre ensino superior e uma variante lingüística que, embora presente de forma significativa, ainda enfrenta preconceitos. |
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FORMAÇÃO LINGÜÍSTICA: A EDUCAÇÃO SUPERIOR DEVE INTERVIR NA VARIAÇÃO PRESENTE NA FALA DOS UNIVERSITÁRIOS?Pesquisas desenvolvidas a partir da perspectiva sociolingüística têm buscado saber de que modo as variações lingüísticas têm se manifestado na escola e qual tem sido a posição dos educadores diante delas. Em relação à educação superior, muitos professores têm dúvidas quanto à forma de tratar esses fenômenos de variação, por receio de serem taxados de preconceituosos. Embora não se manifestem diretamente com os alunos, esses mesmos professores oferecem resistência à variação e, muitas vezes, têm transferido o preconceito aos falantes da mesma. Ainda, é preciso lidar com o que Mattos e Silva (2004) considera papel da educação: dar acesso à norma de prestígio da língua. Diante dessas reflexões, o presente artigo relata os dados de uma pesquisa que teve como objetivo conhecer a posição dos professores universitários diante da variação lingüística presente na oralidade dos universitários, especificamente quanto à variação proveniente da interferência dos dialetos italianos na língua portuguesa brasileira. Um dos principais fenômenos de variação lingüística que identificam essa interferência na fala dos descendentes de italianos residentes em Chapecó é a troca da vibrante múltipla pelo tepe. Isso se dá especialmente em dois contextos: em início de palavras (rua) e em posição intervocálica (produção, por exemplo, de caro em contexto de carro). Os professores-participantes foram selecionados a partir da identificação de turmas nas quais há sujeitos detentores da variante lingüística em estudo, feita em pesquisa anterior (Melo, 2007). Buscamos mostrar, aqui, as principais dúvidas, as principais ações empreendidas pelos professores e apontar possíveis caminhos a serem seguidos na relação entre ensino superior e uma variante lingüística que, embora presente de forma significativa, ainda enfrenta preconceitos.INPEAU2012-10-04T17:08:25Z2012-10-04T17:08:25Z2009-11-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/44228SPESSATTO, MARIZETE BORTOLANZAporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-05-20T13:08:50Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/44228Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732019-05-20T13:08:50Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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