As vozes da periferia: Carolina e o seu quarto de despejo
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205876 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2018. |
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As vozes da periferia: Carolina e o seu quarto de despejoLiteraturaViolência na literaturaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2018.Propõe-se, nesta pesquisa, discutir o processo de resistência pelo qual passou a escritora Carolina Maria de Jesus, retratado em sua obra autobiográfica, Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960). Faz parte também, como apoio para a análise, sua obra Diário de Bitita (1985), publicada post mortem. Na intenção de ressignificar as vozes diversas que adentram a Literatura, em especial a Literatura Negra e Periférica, trago as experiências da autora dentro do contexto da favela do Canindé, nos idos dos anos 1950. Uma escrita que traz a marca de todos os resultados da exclusão a ela imposta, que dentro de uma sociedade classista, racista e sexista não teriam espaço. Utiliza-se, como base de compreensão, o conceito de Desvios Determinantes, do intelectual decolonial Édouard Glissant, cujo objetivo, em seu livro Poética da Relação (2011), é apresentar uma análise do indivíduo que não se encaixa nas normas pré-determinadas da sociedade, com todas as possíveis violências decorrentes dessas re(l)ações. Por isso, trata-se aqui da obra de Carolina como alimento e combustível essenciais para uma Literatura que, dentre outros conceitos, é Marginal, tal como foi cunhada por Ferréz. Visando discutir a relevância da produção literária direcionada às vozes periféricas, trago à discussão o conceito de Parresía, de Foucault. Outra importante contribuição é o pensamento que Franz Fanon constrói para compreender a experiência vivida do negro em um processo da construção da identidade do indivíduo negro. Nessa acepção, o lugar de fala de Carolina, bem como sua condição de negra, favelada e analfabeta, a coloca na base da pirâmide dos possíveis níveis de subalternidade, de uma sociedade que triplamente a exclui, para tanto o conceito da intelectual indiana Gayatri Spivak, autora de Pode o Subalterno Falar? (2010), traz à tona uma discussão acerca do silenciamento do subalterno.Abstract : The proposition in this research is to discuss the process of resistance through which the writer Carolina Maria de Jesus has been pictured in her autobiographic book, Child of the dark: the diary of Carolina Maria de Jesus (1960). As a support for this analysis, her post mortem book Bitita`s diary (1985), also takes part in this work. Arming at resignifying the diverse voices that enter Literature, specially Black and Peripheral Literature, I bring the author s experience in the context of the Canindé slum, in the 1950s. Her writing shows the marks of the exclusion imposed on her, within a society based o classism, racism and. One of the basis of this research is Édouard Glissant`s concept of Decisive Deviations, whose objective, in his book Poetics of Relation (2011), is to present the analysis of an individual that does not fit in society s pre-decisive norms, including all the possible violence stemming from these relations. In the current study Carolina`s work is treated as essential sustenance and fuel for a Literature that, among other concepts, is Marginal, as it was produced by Ferréz. Aiming to discuss the relevance of peripheral voices in literary production, I also bring Foucault`s concept of Parrhesia. Another important contribution is the thinking that Franz Fanon builds to understand the experience of black people in a process of identity construction of the black individual. In this sense, the place of Carolina`s speech, as her black, slum inhabitant and illitered condition, puts her in the pyramid basis of the possible levels of subalternity in a society that excludes her thrice; to elucidate the discussion on the silencing of the subaltern, the study applier thought of Indian intellectual Gayatri Spivak, author of Can the subaltern speak? (2010).Oliveira, Susan Aparecida deUniversidade Federal de Santa CatarinaAgnellino, Erika da Silva Costa2020-03-31T14:20:20Z2020-03-31T14:20:20Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis116 p.| il.application/pdf360401https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205876porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-03-31T14:20:21Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/205876Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-03-31T14:20:21Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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