Teor de sódio declarado em rótulos de alimentos industrializados comercializados no Brasil em suas versões convencionais e com alegações de isenção ou redução de nutrientes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nishida, Waleska
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/107104
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2013.
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spelling Teor de sódio declarado em rótulos de alimentos industrializados comercializados no Brasil em suas versões convencionais e com alegações de isenção ou redução de nutrientesNutriçãoAlimentos -ComercioSalRotulosAlimentos dieteticosDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2013.Este estudo objetivou comparar o teor de sódio declarado em rótulos de alimentos industrializados comercializados no Brasil em suas versões convencionais e com alegações de isenção ou redução de nutrientes (IR). Método: Foi realizado um estudo transversal do tipo censo, pesquisando-se rótulos de alimentos industrializados disponíveis à venda em um supermercado do sul do Brasil. Foram coletadas informações sobre o produto alimentício, as citações de sal e de aditivos contendo sódio, bem como o teor de sódio declarado. A coleta ocorreu entre outubro e dezembro de 2011. Selecionaram-se somente os alimentos encontrados nas versões de isenção ou redução de nutrientes e convencional. Os alimentos IR incluíram aqueles com alegações diet, light ou de redução de açúcares e gorduras. Os alimentos selecionados para a pesquisa foram categorizados em grupos e subgrupos de acordo com a legislação brasileira vigente de rotulagem alimentar. Comparouse o conteúdo de sódio de alimentos IR e convencionais utilizando-se o teste estatístico de Mann-Whitney. As frequências de citação do número de aditivos alimentares contendo sódio e da posição da primeira citação do sal na lista de ingredientes foram analisadas por meio do teste de Qui-quadrado. Resultados: Foram analisados 3.449 alimentos. A mediana do teor de sódio de alimentos IR foi 43% maior do que a de alimentos convencionais (p=0,007). Entre os oito grupos de alimentos analisados, dois apresentaram teor de sódio superior na versão IR e um apresentou teor de sódio inferior na versão IR. Os grupos de alimentos IR com teor de sódio superior foram o grupo constituído por leites e derivados, que incluem sobremesas lácteas, iogurtes e leites fermentados e em pó (+7%, p=0,030); e o grupo de óleos, gorduras e sementes oleaginosas, incluindo molhos para saladas, amendoim, coco ralado, creme vegetal/margarina, creme de leite e maionese (+132%, p=0,001). O grupo que inclui linguiças, salsichas, hambúrgueres bovinos, embutidos e carnes apresentou teor de sódio inferior na versão IR (- 29%, p<0,001). Em quinze subgrupos de alimentos, o teor de sódio foi maior na versão IR e, em sete subgrupos, o teor de sódio foi menor na 12 versão IR. Entre os alimentos que citaram o sal como primeiro ingrediente (2%, n=57), os alimentos IR apresentaram mediana de teor de sódio 5% maior que a dos convencionais (p=0,091). No que se refere ao uso de aditivos alimentares contendo sódio, os mais frequentemente usados foram o bicarbonato de sódio (29%; n=555), o glutamato monossódico (24%; n=463) e o citrato de sódio (19%; n=375). Observou-se que 56% dos alimentos citavam pelo menos um aditivo e a frequência de citação de quatro aditivos ou mais foi maior em alimentos convencionais (14%) do que em IR (8%) (p<0,001). Já na presença de até três aditivos alimentares, o teor de sódio de alimentos IR foi 6% maior do que o dos convencionais (p=0,266) e, quando citados quatro aditivos ou mais, o teor de sódio de alimentos IR foi 65% menor (p<0,001). A amplitude do teor de sódio foi maior que o dobro em 77% dos subgrupos de alimentos IR e em 94% dos subgrupos de alimentos convencionais. Conclusão: De modo geral, os alimentos IR analisados apresentaram teores de sódio mais elevados que os de alimentos convencionais. Já com relação ao uso de aditivos alimentares contendo sódio, na presença de menor variedade de aditivos (1 a 3), os alimentos IR apresentam maior teor de sódio do que os convencionais, o que pode indicar que, nesses casos, os alimentos IR utilizem quantidade maior de aditivos contendo sódio. Esses dados são preocupantes considerando que os alimentos industrializados convencionais já apresentam teores de sódio elevados, e o consumo excessivo desse mineral está associado a prejuízos à saúde humana. A amplitude dos teores de sódio em alimentos de um mesmo subgrupo foi alta demonstrando a possibilidade de comercialização de alimentos com teores de sódio mínimos. Assim, destaca-se a necessidade de revisão da formulação dos alimentos com alegações diet, light, de isenção ou de redução de gorduras e/ou açúcares visando à redução da oferta de sódio. Ademais, considerando os resultados encontrados, recomenda-se cautela na prescrição do consumo de alimentos IR que, muitas vezes, podem ser percebidos como alimentos mais saudáveis. Esse cuidado é especialmente importante em indivíduos com hipertensão, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, pela possibilidade de agravamento da condição de saúde pelo consumo de sódio <br>This study aimed to compare the sodium content declared on labels of processed foods sold in Brazil in their regular versions and with nutrient exemption or reduction claims (IR). In addition, the mention of salt and sodium-containing additives in the ingredient lists was characterized. Method: This is an observational cross-sectional census. Data were collected about the food product, the mention of salt and sodiumcontaining additives and the sodium content declared on labels of all processed foods available for sale in a supermarket in southern Brazil. The data were collected from October to December 2011. Only the processed foods found in both versions (IR and regular) were selected. The IR processed foods included those with diet, light, fat and/or sugar exemption or reduction claims. Foods selected for the survey were categorized into groups and subgroups according to the Brazilian legislation on food labeling. The Mann-Whitney test was used to analyze the sodium content of IR and regular processed foods. The mention frequencies of the number of sodium-containing additives and of the first mention of salt in the ingredient lists were analyzed using the chi-square test. Results: We analyzed 3,449 food products. The median of sodium content in the IR group was 43% higher than regular version (p = 0.007). Among the eight food groups analyzed, two showed higher sodium content in the IR version and one had lower sodium content in the IR version. Food groups with IR were sodium higher content were the group comprising milk and dairy products, including dairy desserts, yoghurts and fermented milks and dried milks (+7%, P = 0.030), and the group of oils, fats and oilseeds, including salad dressings, peanut, coconut, vegetable cream / margarine, sour cream and mayonnaise (+132%, p = 0.001). The group comprising sausages, hamburguers and meats, presented lower sodium content in the IR group (-29%, p <0.001). In 15 subgroups of food products, the sodium content was higher in the IR version and in seven subgroups, the sodium content was lower in the IR version. Among the processed foods that mentioned salt as the first ingredient (2%, n=57), IR group showed median of sodium 14 5% higher than that regular (p = 0.091). With respect to the use of food sodium-containing additives, the most frequently used were sodium bicarbonate (29%, n = 555), monosodium glutamate (24%, n = 463) and sodium citrate (19%, n = 375). It was observed that 56% of the analyzed processed foods cited at least one additive and the citation frequency of 4 or more additives in regular food was higher (14%) than IR (8%) (p <0.001). Further analysis allowed us to observe that in the presence of 1 to 3 food additives, the sodium content of the IR group was 6% higher than the regular products (p=0.266). When mentioned 4 additives or more, the sodium content was 65% lower than the regular processed foods (p<0,001).We observed variations of sodium minimum and maximum contents between at least two times in the similar processed foods in 77% IR subgroups and 94% of the regular subgroups. Conclusion: In general, the IR processed food analyzed showed higher sodium levels than the regular processed foods. With respect to the use of food containing-sodium additives, when using smaller variety of additives (1 to 3), the IR processed foods have higher sodium content than the regular processed foods. It could indicate that, in these particular cases, the IR processed foods can use greater amount of sodium-containing additives. These results are worrying considering that regular foods already have high levels of sodium and excessive consumption of this mineral is associated with damages to the consumers health. The wide variation in levels between the minimum and maximum sodium in processed foods demonstrates that there are conditions for reducing the sodium higher content, since products with lower levels are already available on the market. Thus, this data emphasize the need to review the formulation of foods with diet, light, exemption or reduction nutrient claims in order to reduce the supply of sodium. Moreover, considering the findings, caution is advised when these processed foods are prescribed because it can often be perceived as more healthy, especially for individuals with hypertension, obesity, diabetes and cardiovascular disease, among other illnesses.Proença, Rossana Pacheco da CostaUniversidade Federal de Santa CatarinaNishida, Waleska2013-12-05T23:13:22Z2013-12-05T23:13:22Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis172 p.| tabs.application/pdf321417https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/107104porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-12-05T23:13:22Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/107104Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-12-05T23:13:22Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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