Inglês como língua adicional para surdos: encontros de leitura do romance gráfico "Monkey Food"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcelos, Stephanie Caroline Alves
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/194194
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2018.
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spelling Inglês como língua adicional para surdos: encontros de leitura do romance gráfico "Monkey Food"LinguísticaLinguística aplicadaLíngua inglesaLeituraSurdosDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2018.Em 2018, comemoramos os dezesseis anos da Lei de Libras (Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002). Embora haja muito trabalho a ser feito e muitos lugares a serem ocupados por lideranças surdas, atualmente como resultado de muita luta e trabalho da comunidade surda, incluindo a comunidade acadêmica surda (surdos e ouvintes pesquisando e produzindo pesquisas visando melhorias para a população surda) o Brasil já apresenta uma realidade diferente que conta com um grupo de surdos pesquisadores, pós-graduandos e pós-graduados. Da minha convivência com surdos pós-graduandos entendemos a necessidade de pensar a atividade da leitura em inglês baseada nas práticas utilizadas por esse público. Pensando nesses novos grupos de pessoas que se identificam como surdos, existem por meio da Libras e são difusores de conhecimento como educadores e pesquisadores, esta pesquisa-ação (THIOLLENT, 2011) busca entender: o que podemos aprender com eles, o que pode ser sugerido como melhoria e proposto para novas pesquisas. Tendo como base a sua história, os aspectos sociais, escolares e culturais que impactam esses grupos até hoje, procuramos observar na leitura individual e coletiva como o repertório de língua e os letramentos favoreceram a leitura em LI. Ademais, buscamos entender quais as dificuldades encontradas na leitura, quais as ações dos leitores nesses momentos. Como a interação entre pares (VYGOTSKY, 1991) em Libras e o gênero (BAKHTIN, 1997) Romance Gráfico (EISNER, 1985) contribuíram, segundo os participantes, a leitura de língua adicional (SCHLATTER; GARCEZ, 2009). Seguindo os preceitos da Linguística Aplicada indisciplinar (MOITA LOPES, 2006) e transgressora (PENNYCOOK, 2006) como base para transitar entre as teorias, tendo a pesquisa qualitativa e abordagem sócio-histórica como direcionamento, organizamos uma pesquisa-ação reunindo aprendizes de língua inglesa para leitura individual e coletiva vinculada ao contexto informal buscando entender as formas de aprender e ensinar leitura em inglês para surdos, do informal para o formal. Concluímos, pela análise de conteúdo das categorias criadas com base nos dados, que os participantes apresentaram um repertório linguístico e práticas de letramento bastante variados nos encontros, o que enriqueceu a interação em grupo. Além disso, nos momentos de leitura os desafios expostos foram entendidos com relação às poucas práticas de leitura informal e de textos não escolares como o proposto por nós, com base nos relatos coletados. Assim, leitores encontraram barreiras ao relacionar o contexto, as marcas informalidade e vocalidade. Os leitores demonstraram mobilizar recursos diferentes uns dos outros como uso de tradutor, dicionário monolíngue, busca de imagens na internet, leitura de imagens do livro, comparação com línguas distintas e anotação em línguas distintas também. O gênero e o contexto diverso proporcionaram uma experiência totalmente nova aos leitores, introduzindo novas práticas de letramento, bem como momentos reflexivos sobre a própria aprendizagem. Além disso, evidenciou o papel do aprendiz na própria aprendizagem em contexto não-escolar e do surdo nas discussões sobre o ensino-aprendizagem a seu respeito.Abstract : In 2018, we celebrated the 16th anniversary of Brazil s Law 10.436, more commonly known as the Libras Law . Although much remains to be done, as a result of much struggle and effort by the deaf community, including a successful academic community (deaf and hearing people researching and conducting research to improve the population situation), Brazil has an evolving reality that relies on a growing group of deaf leaders, graduate students and PhD researchers. From my experience studying with deaf graduate students came to light the necessary discussion about reading in English based on their social practices of literacies. Having these new groups of people in mind - who themselves identify as deaf through their language and are disseminators of knowledge as educators and researchers - this action research (THIOLLENT, 2011) seeks to understand what can we learn from these deaf leaders, and to uncover suggestions and proposals from them for educational improvement. Based on the social, scholarly and cultural factors that have historically (and currently) impacted these groups, we observe the effects of individual and collective reading and how language repertoire and multiple literacies contribute to English reading. In addition, we seek to understand the difficulties readers encounter, as well as their actions in their moments of difficulty. Based on an undisciplinary Applied Linguistics (MOITA LOPES, 2006) and also a transgressive one (PENNYCOOK, 2006) helping our theoretical discussing, having the qualitative research and socio-historical approach as a guide, we organized an action research (THIOLLENT, 2011) bringing together English learners and the reading activity linked to the informal context in the reversed roles trying to understand the ways of learning and teaching reading in English for the deaf. And lastly, we examine how the interaction between peers (VYGOTSKY, 1991) using Libras and reading the graphic novel genre (EISNER, 1985; BAKHTIN, 1997) affects reading of an additional language (SCHLATTER; GARCEZ, 2009). By analyzing the content of the created categories, we conclude that the participants enriched the group interactions by presenting varied linguistic repertoires and literacy practices during the meetings. In the moments of reading, the participants experienced challenges during the few practices of reading non-school texts; thus, there were barriers for the participants with relation to context, informality, and vocal discursivity. Readers demonstrated the ability to mobilize different resources, such as translators, monolingual dictionaries, image searches on the internet, images from the books themselves, comparisons with distinct languages, and annotations in different languages. The diverse context and use of graphic novels provided an entirely new experience for readers, and introduced new literacy practices. In addition, it highlighted the learner's role in learning in a non-school context and evoked the role of the deaf in teaching and learning discussions related to them.Gesser, AudreiUniversidade Federal de Santa CatarinaVasconcelos, Stephanie Caroline Alves2019-03-28T04:14:43Z2019-03-28T04:14:43Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis170 p.| il.application/pdf357902https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/194194porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-03-28T04:14:43Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/194194Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732019-03-28T04:14:43Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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