Um Olhar sobre a efetividade e custos do tratamento da hepatite C sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95631 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2011 |
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Um Olhar sobre a efetividade e custos do tratamento da hepatite C sob a perspectiva do Sistema Único de SaúdeFarmáciaHepatite CTratamentoEfetividadeMedicamentosCustosAssistência FarmacêuticaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2011Introdução: A prevalência da hepatite C no Brasil é estimada em torno de 1%. Para o tratamento são fornecidos pelo sistema público de saúde os medicamentos peguinterferon alfa (PEG), interferon alfa (IFN) e ribavirina (RBV), de acordo com um protocolo específico. Objetivo: Identificar as taxas de cura do tratamento da hepatite C em Santa Catarina (SC) e no Brasil, investigar a associação entre as taxas de conclusão de tratamento e as taxas de cura, bem como quantificar os custos diretos do tratamento, de acordo com a perspectiva do SUS, e fazer uma comparação de custo-efetividade do tratamento da hepatite C para os pacientes portadores dos genótipos 2 e 3. Metodologia: As taxas de cura em SC foram verificadas por meio de uma série de casos de pacientes que realizaram o tratamento durante os anos de 2003 a 2007. Mediante revisão sistemática e meta-análise, verificou-se qual a taxa de cura nos estudos brasileiros publicados. De acordo com o protocolo nacional, os resultados foram divididos em cinco grupos: tratamento com PEG e RBV por 48 semanas: genótipo 1 (A), coinfecção com HIV (B), recidivante (C) e não respondedor (D); e tratamento com IFN e RBV por 24 semanas: genótipos 2 e 3 (E). A associação entre as taxas de término de tratamento e cura foi verificada por meio de uma análise de metarregressão. Os custos diretos do tratamento foram verificados mediante um micro-costing study. A análise de custo-efetividade do tratamento de pacientes portadores dos genótipos 2 ou 3 foi realizada comparando-se o uso de PEG+RBV (PEG-FIRST) por 24 semanas com IFN+RBV (PEG-SEC) por 24 semanas como primeira escolha. PEG+RBV (48 semanas) foi administrado para todos os pacientes recidivantes e não respondedores. Resultados: Em SC, analisaram-se 716 tratamentos, 472 (PEG) e 244 (IFN). As taxas de conclusão foram 69,1% (PEG) e 88,5% (IFN). Para 289 dos 542 tratamentos concluídos, os dados de resposta foram considerados ignorados. O número de tratamentos com resposta viral sustentada (RVS) foi 84 (45 com PEG e 39 com IFN). Na revisão sistemática, 20 estudos foram incluídos, e as taxas de RVS encontradas foram A (n=1.775; RVS= 40,2%, 95%IC 34,5-45,8); B (n=59, RVS= 23,7%); C, gen 1 (n=68; RVS=60,0%, 95%IC 44,0-75,9); C, gen 2 ou 3 (n=17; RVS 59,0%, 95%IC 32,9-85,1); D, gen 1 (n=230; RVS=18,3%, 95%IC 13,3-23,3); D, gen 2 ou 3 (n=79; RVS=50,2%, 95%IC 33,4-67,0); e E (n=486; RVS=54,3%, 95%IC 39,3-69,3). As taxas de não conclusão de tratamento variaram entre 4,5% e 44,4%. De acordo com a metarregressão, há correlação linear entre as taxas de não conclusão e RVS, e o aumento de 10% de descontinuidade implica uma redução de 4,1% de RVS. O custo total para o tratamento da hepatite C por paciente com IFN foi de US$ 982,25; com PEG 2a 180 mcg, foi de US$ 10.658,08; e com PEG 2b 120 mcg, foi de US$ 12.597,63. Os medicamentos antivirais representam 88% dos custos para PEG e 40% dos custos para IFN. Para o tratamento da hepatite C (genótipos 2 ou 3), PEG-SEC apresentou uma efetividade de 79,2% e um custo de US$ 5.852,99. O uso de PEG-FIRST resultou em uma RVS de 87,8% e custos de US$ 8.338,27. Conclusões: Os serviços que dispensam os medicamentos para o tratamento da hepatite C em SC não estão organizados para o registro de informações relativas ao acompanhamento do paciente e às taxas de cura. Alguns dados de efetividade dos estudos publicados no Brasil são inferiores aos ensaios clínicos. As baixas taxas de conclusão de tratamento explicam em parte esse achado. Para o tratamento com PEG, os custos com o acompanhamento dos pacientes, testes diagnósticos e consultas com profissionais representam apenas 12% dos custos totais, o que indica que melhor cuidado deve ser fornecido a esse grupo de pacientes para que se possa evitar desperdícios de recursos financeiros. No contexto brasileiro, PEG-FIRST é mais caro e mais efetivo que PEG-SEC.Florianópolis, SCFarias, Mareni RochaUniversidade Federal de Santa CatarinaBlatt, Carine Raquel2012-10-26T04:11:24Z2012-10-26T04:11:24Z20112011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis190 p.| il., grafs., tabs.application/pdf297374http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95631porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-02T13:25:41Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/95631Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-02T13:25:41Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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