Caracterização do butiá (Butia catarinensis) e seus coprodutos como uma estratégia para sua valorização e aproveitamento integral do fruto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Aline Aparecida Santos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/252579
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos, Florianópolis, 2023.
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spelling Caracterização do butiá (Butia catarinensis) e seus coprodutos como uma estratégia para sua valorização e aproveitamento integral do frutoCiência dos alimentosButiáProdutos vegetaisÓleos vegetaisCompostos bioativosDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos, Florianópolis, 2023.Butia catarinensis é uma palmeira endêmica que cresce em áreas costeiras arenosas do sul do Brasil e que está ameaçada de extinção. A planta e seus frutos são amplamente utilizados e apresentam importância cultural e econômica para comunidades extrativistas. No entanto, o endocarpo é frequentemente descartado junto com a amêndoa no seu interior. Nesta pesquisa, a casca, a polpa, a amêndoa, a torta de amêndoa, o óleo de polpa e o óleo de amêndoa de butiá foram avaliados. Em termos de composição nutricional, a amêndoa de butiá se destaca pelo alto teor de lipídios (53,75%). A torta da amêndoa apresentou um elevado teor de proteínas (18,02%) com potencial de surpresa 36,19% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) para este nutriente. O óleo de amêndoa apresentou alta estabilidade oxidativa no teste de Rancimat (50,37 horas) e baixa acidez (0,03% de ácido láurico). Os principais ácidos graxos identificados no óleo da polpa foram o ácido oleico (32,85%) e o ácido palmítico (33,18%), enquanto no óleo de amêndoa o ácido láurico (34,06%) e ácido oleico (27,21%) %). Os óleos com características físicas específicas devido ao maior teor de ácidos graxos saturados (66,11%) no óleo de amêndoa em comparação com o óleo de polpa (42,56%), refletido em seus pontos de fusão de 10,40ºC e - 3,34ºC respectivamente. Outras descobertas importantes incluem potencial antioxidante descoberto nas amêndoas (10,85% de inibição de DDPH), que também revelou o maior teor de compostos bioativos, taninos condensados ??e flavonoides (4.389,30 mg CE L-1 e 525,58mg CE L- 1, respectivamente), quando comparado com as demais partes do fruto. Em contrapartida ao óleo da amêndoa foi o que exibiu menor potencial antioxidante (86,61% de inibição de DDPH), ausência de taninos condensados ??e menor teor de flavonoides (179,93mg CE L-1). Os resultados deste estudo indicaram que é possível o aproveitamento total do fruto com agregação de valor aos coprodutos gerados pelo processamento da polpa, aproveitando o potencial do fruto desta espécie em sua abundância.Abstract: Butia catarinensis is an endemic palm tree that grows in the coastal sandy areas of southern Brazil and currently is threatened with extinction. The plant and its fruits are widely used and present cultural and economic importance for extractive communities. However, the endocarp and the almond of the fruit are often discarded. In this work, the peel, pulp, almond, almond cake, pulp oil, and almond oil of butia were evaluated. The butia almond showed a high lipid content (53.75%). The butia almond cake showed a significant protein content (18.02%), which has the potential to fulfill 36.19% of the Recommended Daily Intake (RDI). The almond oil exhibited a high oxidative stability in the Rancimat test (50.37 hours) and low acidity (0.03% of lauric acid). The main fatty acids identified in the pulp oil are oleic acid (32.85%) and palmitic acid (33.18%), while the almond oil contains lauric acid (34.06%) and oleic acid (27.21%). The oils showed distinct physical characteristics due to the higher content of saturated fatty acids (66.11%) in almond oil compared to pulp oil (42.56%), as reflected in their melting points 10.40°C and -3.34°C, respectively. Other noteworthy findings include the antioxidant potential identified in almonds (10.85% DPPH inhibition), which also exhibited the highest content of bioactive compounds, condensed tannins, and flavonoids (4,389.30 mg CE L-1 and 525.58 mg CE L-1, respectively), when compared to other evaluated parts of the fruit. In contrast, the almond oil showed the lowest antioxidant potential (86.61% DPPH inhibition), absence of condensed tannins, and a lower content of flavonoids (179.93 mg CE L-1). The results of this study indicate that it is possible to fully utilize the fruit with value addition to by-products generated during pulp processing, tapping into the full potential of this species.Block, Jane MaraUniversidade Federal de Santa CatarinaPereira, Aline Aparecida Santos2023-12-07T23:29:27Z2023-12-07T23:29:27Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis69 p.| grafs.385280https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/252579porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-07T23:29:27Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/252579Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-12-07T23:29:27Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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