Caracterização das violências contra gestantes a partir das notificações entre 2009 e 2016 no Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baigorria, Judizeli
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214411
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2019.
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spelling Caracterização das violências contra gestantes a partir das notificações entre 2009 e 2016 no Sul do BrasilSaúde coletivaViolência contra as mulheresGrávidasDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2019.As violências contra as mulheres se expressam das mais diferentes formas e em diferentes períodos de suas vidas. Muitas delas, quando a mulher está gestante. Desta forma, considerando a magnitude desta questão social e de saúde pública, evidencia-se a necessidade de aprofundamento de seu estudo. Pois, as Políticas Públicas referentes às mulheres, saúde das mulheres, gestação e violências, confirmam a importância do Estado como um dos pilares para o enfrentamento da questão. Neste sentido, o presente estudo, baseia-se nas notificações registradas no SINAM - Sistema de Informação de Agravos e Notificação do Ministério da Saúde (MS), e busca apresentar como se expressam as referidas violências no Sul do Brasil, destacando o período de 2009 a 2016. Onde após análise, foi possível saber que, de 133.916 notificações das violências contra as mulheres no Sul do Brasil, 9.083 referem-se às gestantes em situação de violência. Trata-se, portanto, de um estudo de abordagem quantitativa, descritivo, retrospectivo, com dados secundários, obtidos através dos dados nacionais do SINAN VIVA (Vigilância de Violência Interpessoal e Autoprovocada/MS). A população estudada foi a das gestantes, com idade maior que 10 anos. As variáveis utilizadas referem-se às características das mulheres em situação de violência (idade, raça/cor, escolaridade, situação conjugal, período gestacional, deficiência), às situações de violência (violência de repetição, tipo de violência, meio de agressão, consequências), e aos prováveis autores das violências (lesão autoprovocada, sexo, número, vínculo, uso de álcool), selecionadas com base nas fichas de notificação, revisão de literatura, disponibilidade no banco de dados e destaque das variáveis que respondem aos objetivos do estudo. Foi utilizado para análise estatística descritiva do estudo, o programa estatístico Stata 14.0, nos filtros de frequência simples e proporção (%), para calcular os percentuais e os intervalos de confiança (IC 95%). Além dele, legislação, estudos e literatura sobre violências e gênero dão suporte à evidência da temática. Ao final, de acordo com os resultados obtidos, a maioria das gestantes em situação de violências no Sul do Brasil é de mulheres brancas, solteiras, com apenas Ensino Fundamental completo e no primeiro trimestre gestacional; sofreram violências físicas, cujo meio de agressão foi força física/espancamento; e os prováveis autores são pessoas do sexo masculino, seus cônjuges ou pais. Desta forma, evidencia-se o necessário aprofundamento do estudo, sobretudo, com profissionais de saúde, além das mulheres em situação de violência, e população em geral, que possa contribuir para a discussão e compreensão da temática com urgente prevenção e combate das violências contra as mulheres. Considera-se que, com os dados colhidos realiza-se uma aproximação desta realidade, além de dar visibilidade à temática. Eis que, observando-os, será possível instrumentalizar os serviços de saúde, bem como, todo o aparato intersetorial para debater e atender as situações de violências, contribuindo assim, para a ampliação das discussões acerca da transversalidade de gênero nas políticas públicas que objetiva a equidade de gênero.Abstract: Violence against women is expressed in different ways and at different times in their lives. Many of them when the woman is pregnant. Thus, considering the magnitude of this social and public health issue, the need for further study is evident. For, the Public Policies referring to women, women's health, pregnancy and violence, confirm the importance of the State as one of the pillars for facing the issue. In this sense, the present study is based on the notifications registered in the SINAM - Health and Notification Information System of the Ministry of Health (MS), and seeks to present how these violence are expressed in southern Brazil, highlighting the period of 2009. 2016. Where after analysis, it was possible to know that from 133,916 notifications of violence against women in Southern Brazil, 9,083 refer to pregnant women in situations of violence. Therefore, this is a quantitative, descriptive, retrospective study with secondary data obtained from the national data of SINAN VIVA (Interpersonal and Self-Provoked Violence Surveillance / MS). The population studied was pregnant women, aged over 10 years. The variables used refer to the characteristics of women in situations of violence (age, race / color, education, marital status, gestational period, disability), to situations of violence (recurrent violence, type of violence, means of aggression, consequences ), and the likely perpetrators of violence (self-harm, gender, number, attachment, alcohol use), selected based on notification forms, literature review, database availability, and highlighting of variables that respond to study objectives . For the descriptive statistical analysis of the study, the statistical program Stata 14.0 was used in the simple frequency and proportion (%) filters to calculate the percentages and confidence intervals (95% CI). In addition, legislation, studies and literature on violence and gender support the evidence of the theme. In the end, according to the results obtained, the majority of pregnant women in situations of violence in southern Brazil are white, single women, with only complete elementary school and in the first gestational trimester; suffered physical violence, whose aggression was physical force / beating; and the likely perpetrators are males, their spouses or parents. Thus, it is evident the necessary deepening of the study, especially with health professionals, in addition to women in situations of violence, and the general population, which can contribute to the discussion and understanding of the issue with urgent prevention and combat of violence against women. the women. It is considered that with the collected data an approximation of this reality is realized, besides giving visibility to the theme. Beholding them, it will be possible to instrumentalize health services, as well as the entire intersectoral apparatus to debate and address situations of violence, thus contributing to the broadening of discussions about gender mainstreaming in public policies aimed at gender equity.Coelho, Elza Berger SalemaBolsoni, Carolina CarvalhoUniversidade Federal de Santa CatarinaBaigorria, Judizeli2020-10-21T21:04:59Z2020-10-21T21:04:59Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis140 p.| il.application/pdf369194https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214411porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:05:00Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/214411Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:05Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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