Santa Catarina no caminho da Revolução de Trinta: memórias de combates (1929-1931)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Karla Leonora Dahse
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93315
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História.
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spelling Santa Catarina no caminho da Revolução de Trinta: memórias de combates (1929-1931)HistóriaMilitaresMemoriaPoder (Ciências Sociais)Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História.Quando em outubro de 1930 os políticos e militares dos estados do Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais deflagraram o movimento que culminou naquilo que o repertório histórico convencionou designar como a Revolução de 1930, as tropas constituídas pelas Forças Revolucionárias do Rio Grande do Sul marcharam objetivando unir-se aos aliados e combater àqueles que então eram tidos como reacionários. O objetivo era chegar à então capital do Brasil e depor o presidente Washington Luiz. A estratégia consistia em concentrar toda a força revolucionária em Ponta Grossa, no Paraná, para, a partir dali, seguirem mais fortes rumo à capital, prevendo-se um confronto armado com as Forças Federais Legalistas em São Paulo. Mas o estado de Santa Catarina estava geográfica, política e militarmente no caminho das tropas gaúchas, pois seu governador, Fúlvio Aducci, manteve-se contra a Revolução e disposto a empreender defesa pela manutenção da ordem política vigente. Contudo, os próceres oligarcas liberais catarinenses a apoiavam e engrossavam o contingente das Forças Revolucionárias com homens e armas. O estado e o país foram divididos entre os grupos que eram simpáticos e apoiavam a Revolução e os que eram contra e a combatiam. Revolucionários e Legalistas passaram a se reconhecer e a se rechaçar a partir de seus posicionamentos políticos. O desejo pelo poder lhes movia as ações e intenções e os conduzia a combates de ordens diversas: políticos, militares e pela instituição de uma memória. Em Santa Catarina verificaram-se combates quando da passagem das tropas revolucionárias, no entanto, dificilmente eles aparecem como temas na historiografia nacional, pois a memória histórica do Movimento de Trinta ainda tende a ser a dos grupos vencedores. Estes, talvez como parte do exercício de dominação e poder, construíram lugares de memórias sob seus prismas, invisibilizando, apagando, minimizando ou mesmo desqualificando os dos vencidos. O trabalho apresentado nesta tese evidencia e analisa aspectos das ações políticas de alguns próceres e títeres no estado de Santa Catarina na Revolução de 1930, visibilizando feições das tramas e redes de sociabilidade no período compreendido entre 1929 e 1931. Analisa especificidades das estratégias militares dos Revolucionários nas tentativas de avanço e de defesa legalista narradas em documentos como boletins militares. Aborda a reverberação dessas sobre as memórias e imagens produzidas a partir da movimentação e tenta perceber como se constroem simpatias, ódios e ressentimentos gerados e alimentados antes, durante e após o Movimento de Trinta.In October of 1930, politics and militaries of Rio Grande do Sul, Paraíba and Minas Gerais started the movement which became the so called 1930s Revolution in Brazil that is the conventional historical repertoire title. The Revolutionary Force troops of Rio Grande do Sul marched with the intent of joining the allied troops, and to fight the ones considered reactionary, at that time. The goal was to enter the capital of Brazil, Rio de Janeiro, and to dispose Washington Luiz of his presidential title. The strategy was to get the Revolutionary Forces together in Ponta Grossa, Paraná, so that they could go to the capital, stronger than before. That strategy was thought because it was already imagined that an armed struggle against the Federal Legalist Forces would happen along the way, in São Paulo. The state of Santa Catarina was geographically, politically and military in the middle of the way of the Revolutionary Troops, because the governor of Santa Catarina, Fúvio Aducci, positioned himself in opposition to the Revolution and was prompt to fight in order to defend the political status quo. However, the local liberal oligarchy, besides supporting the Revolutionary Forces, provided them with men and weapons. Santa Catarina and Brazil were divided into groups: some were sympathetic or supportive to the Revolution and others that were against the Revolution. Revolutionaries and Legalists started to know each other and to disagree, based on their political standards. The desire for power inspired their actions and intentions, and led them to fight in many different arenas: political, military and for the institution of a certain memory. There were many struggles in Santa Catarina when the Revolutionary Troops passed by; however, these were not contemplated in the national historiography, because this historical record, of the 1930s Revolution, was registered by the winners. The winners constructed places of memory based on their views, as an exercise of dominance and power. Through this, they attempted to erase, and even to disqualify, the ones who lost. This thesis addresses the political actions of some leaders and some pawns of Santa Catarina during the 1930#s Revolution, mainly trying to reconstruct the nets formed between 1929 and 1931. This thesis also analyses the military strategy of the revolutionaries while trying to move forward and to defend themselves from the legalists, based on military documents and bulletins. This thesis also addresses the consequences of theses memories and the images produced during the movement of the troops. Finally, this thesis tries to demonstrate how sympathy, hate and resentment are constructed and maintained, before, during and after the 1930s Revolution.Florianópolis, SCCampos, Cynthia MachadoCunha, Maria Teresa SantosUniversidade Federal de Santa CatarinaNunes, Karla Leonora Dahse2012-10-24T20:20:02Z2012-10-24T20:20:02Z20092009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis1 v.| il.application/pdf262890http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93315porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-01T03:30:36Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/93315Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-01T03:30:36Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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