Sistemática de Fomitiporia Murril (Hymenochaetaceae, Basidiomycota): contribuições taxonômicas ao conhecimento de espécies pileadas ocorrentes no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167648 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Florianópolis, 2016. |
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Sistemática de Fomitiporia Murril (Hymenochaetaceae, Basidiomycota): contribuições taxonômicas ao conhecimento de espécies pileadas ocorrentes no BrasilBiologiaFungosMacrofungoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Florianópolis, 2016.Fomitiporia é um gênero de Hymenochaetaceae caracterizado por apresentar espécies com basidiomas perenes, pileados a ressupinados, basidiósporos hialinos e dextrinoides, sistema hifal dimítico e presença de setas himeniais em algumas espécies. Em Fomitiporia, conceitos morfológicos de espécie relativamente amplos foram empregados tradicionalmente, fazendo com que vários táxons fossem sinonimizados, o que, combinado com uma baixa variação morfológica entre algumas espécies, levou ao que hoje conhecemos por complexos taxonômicos. Porém, muitas hipóteses de sinonímia estão aos poucos sendo reavaliadas, através de estudos morfológicos detalhados e moleculares levados a cabo recentemente. Por consequência, uma desconhecida diversidade representada por diferentes linhagens, e em alguns casos com relações de especificidade com hospedeiros em particular, vem sendo revelada. No Brasil, F. robusta e, principalmente, F. apiahyna, são dois nomes frequentemente empregados para espécimes pileados. Fomitiporia robusta s.s. tem ocorrência restrita à Europa. Já F. apiahyna, descrita a partir de um espécime coletado em Apiaí-SP, apresenta uma distribuição geográfica ampla, com ocorrências registradas do sul da Flórida ao norte da Argentina, sendo considerada como um complexo de espécies crípticas. Ainda, há espécies pileadas de Fomitiporia ocorrentes em áreas pouco exploradas, que devem ser estudadas e possivelmente nomeadas, já que sua morfologia não está relacionada com a dos complexos citados. Com o intuito de reconhecer a diversidade de espécies pileadas de Fomitiporia que ocorrem em áreas ainda pouco exploradas no Brasil, foram realizadas coletas no Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia, além de revisão de coleções de herbário, totalizando 79 espécimes estudados. Análises morfológicas detalhadas e filogenéticas (moleculares: nrITS, nrLSU, tef1-a e rpb2) foram realizadas a partir dos espécimes estudados. A topologia previamente apresentada, acerca de F. apiahyna s.l., foi da mesma forma apresentada em nossas análises filogenéticas moleculares. Além destas, no clado F. apiahyna s.l., outras três linhagens de coletas realizadas na Mata Atlântica foram apresentadas. Uma delas, Fomitiporia sp. 2 é descrita como nova (F. drimydophila ad int.) a partir de espécimes coletados parasitando Drimys angustifolia em Matas Nebulares na Serra Geral. Ainda, na linhagem Neotropical do gênero, outras seis linhagens foram encontradas. Duas delas, Fomitiporia sp. 4 e sp. 5, com morfologia particular não correspondendo a nenhum complexo taxonômico, são descritas como novas (F. subtilissima e F. atlantica), a partir de espécimes pileados, encontrados em um fragmento urbano de Mata Atlântica. As outras espécies são representadas por espécimes pileados coletados na Mata Atlântica (sp. 6 e sp. 7), no Cerrado (sp. 9) e Amazônia (sp. 10). Fomitiporia sp. 9 e sp. 10 ficaram posicionadas em um clado junto de espécies ressupinadas do gênero. Fomitiporia sp. 7 e sp. 9, mesmo apresentando morfologia correspondente ao complexo morfológico F. apihayna, não são relacionadas ao clado F. apiahyna s.l. Ainda, Fomitiporia sp. 7 apresenta macromorfologia detalhada que corresponde ao tipo de Phellinus elegans, sinônimo de F. apiahyna. Por fim, as análises filogenéticas apresentam uma diversidade antes não conhecida, sendo até mesmo, encontradas coexistindo (F. apiahyna sensu Amalfi & Decock, F. atlantica, F. subtilissima e Fomitiporia sp. 7) em fragmentos de mata até então não explorados. Essas linhagens distintas merecem ser estudadas e reconhecidas, quanto à sua delimitação e relações filogenéticas.<br>Abstract : Fomitiporia is a poroid Hymenochaetaceae genus that includes species with perennial, pileate to resupinate basidiomata, hyaline and dextrinoid basidiospores, dimitic hyphal system, and hymenial setae present in some species. The slightly morphological variations between Fomitiporia species, the wide morphological concepts used in the classification, and the vast geographical distribution, resulted in many species complex within the genus. In previous taxonomic studies using accurate morphological and molecular data the synonymy hypothesis of some Fomitiporia species complex are gradually being re-evaluated. Therefore, an unknown high diversity has been revealed, represented by distinct lineages, occasionally with particular host specificity relationships. In Brazil, F. robusta and F. apiahyna are two names frequently applied to pileate Fomitiporia specimens. However, F. robusta sensu stricto is exclusively from Europe. On the other hand, F. apiahyna was described from Apiaí-SP specimen. Currently, F. apiahyna has wide-ranging geographic distribution, from southern Florida to northeastern Argentina, comprising a cryptic species complex. In order to recognize pileate Fomitiporia species diversity occurring in Brazil we performed morphological, molecular phylogenetic (nrITS, nrLSU, tef1-a e rpb2) and ecological studies. In total, we analyzed 79 specimens from collects from Mato Grosso Cerrado, Santa Catarina and São Paulo Atlantic forest and Mato Grosso and Amazonas Amazonia, besides of herbaria specimens. Previous lineages from F. apiahyna s.l. were recovered in our analyses. In addition, three more lineages from Atlantic forest were recovered too. One of them, Fomitiporia sp. 2, is described as new species (F. drimydophila ad int.) from specimens growing on Drimys angustifolia trees from Cloud forest. Others six lineages were recovered in Neotropical clade. Two of them, Fomitiporia sp. 4 e Fomitiporia sp. 5 are described as new species (F. subtilissima e F. atlantica) from pileate specimens from Atlantic forest urban fragment; both, morphologically does not seem to be none taxonomic complex. The leftover are pileate specimens from Atlantic forest (sp. 6 e sp. 7), from Cerrado (sp. 9) and from Amazonia (sp. 10). Fomitiporia sp. 9 and sp. 10 form a clade within resupinate Neotropical lineage. Fomitiporia sp. 7 and sp. 9, even with morphology corresponding to the F. apiahyna morphological complex, they are not related to F. apiahyna s.l. clade. Fomitiporia sp. 7 has macro morphology that corresponds to Phellinus elegans type; a synonym of F. apiahyna. Finally, considering these results, it is clear that there is a high unknown diversity within pileate Fomitiporia specimens from Neotropics, which could be to reveal only with an integrative approach using molecular, morphological and ecological data.Santos, Elisandro Ricardo DrechslerReck, Mateus ArduvinoUniversidade Federal de Santa CatarinaSilva, Genivaldo Alves da2016-09-20T04:06:54Z2016-09-20T04:06:54Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis156 p.| il., tabs.application/pdf341623https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167648porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-09-20T04:06:54Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/167648Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-09-20T04:06:54Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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