Significado prognóstico de níveis circulantes de adipocinas e de parâmetros metabólicos na cirrose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Telma Erotides da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/189032
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2018.
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spelling Significado prognóstico de níveis circulantes de adipocinas e de parâmetros metabólicos na cirroseCiências médicasCirrose hepáticaAdiponectinaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2018.Introdução: A cirrose hepática é uma doença catabólica caracterizada por redução da massa de tecido adiposo, hiperinsulinemia, alta incidência de resistência à insulina e diabetes mellitus e um estado pró-inflamatório representado pela elevação dos níveis de citocinas. Os níveis de adiponectina e resistina encontram-se aumentados em pacientes com cirrose, mas o seu significado prognóstico é desconhecido. Buscamos investigar os fatores associados aos níveis de adiponectina, resistina e HbA1c e seu significado prognóstico em pacientes com cirrose. Materiais e métodos: Estudo de coorte prospectivo que incluiu 122 indivíduos com cirrose em acompanhamento ambulatorial que foram avaliados inicialmente em 2012. A evolução para complicações, mortalidade ou transplante hepático foi avaliada em 2014 e 2015, durante as consultas ambulatoriais e por telefone. Os níveis de adiponectina e resistina séricos foram medidos em amostras coletadas em 2012 (adiponectina e resistina) e 2014 (adiponectina). Trinta pessoas saudáveis serviram como grupo controle. Resultados: Foram observados níveis maiores de adiponectina e resistina em pacientes com cirrose em comparação com os controles. Pacientes classificados como Child-Pugh B/C apresentaram maiores níveis de adiponectina em relação aos pacientes com Child-Pugh A. Os pacientes foram acompanhados por uma mediana de 34 meses. Na segunda medida, os níveis de adiponectina aumentaram significativamente em pacientes não transplantados e diminuíram em receptores de transplante de fígado. A análise univariada de Cox mostrou que, entre os pacientes com doença hepática alcoólica, os níveis de adiponectina foram associados a uma menor sobrevida livre de transplante, sendo a sobrevida significativamente menor entre os pacientes com doença hepática alcoólica e adiponectina = 17 µg/mL em comparação com aqueles com níveis <17 µg/mL. Nenhuma correlação foi encontrada entre os níveis de resistina e sobrevida. Na avaliação dos não diabéticos, níveis de HbA1c <5,25% e MELD = 10 foram associadas de forma independente à menor sobrevida livre de transplante. A probabilidade de sobrevida livre de transplante foi de 92,9% nos pacientes sem fatores de mau prognóstico, 62,9% naqueles com um dos fatores e de apenas 23,8% nos indivíduos com os dois fatores de mau prognóstico (HbA1c < 5,25% e MELD = 10). Conclusão: Em portadores de cirrose em acompanhamento ambulatorial os níveis de adiponectina, mas não de resistina, se associaram à intensidade da disfunção hepática. Níveis mais elevados de adiponectina foram associados à pior prognóstico apenas nos pacientes portadores de doença hepática alcoólica, sugerindo seu potencial como biomarcador prognóstico. Alem disso, em pacientes cirróticos não diabéticos, níveis de HbA1c < 5,25 % e MELD = 10 são fatores de mau prognóstico na cirrose, estando associados a uma menor sobrevida livre de transplante, sendo a sobrevida menor ainda na associação dos dois fatores.Abstract : Introduction: Liver cirrhosis is a catabolic disease characterized by reduced adipose tissue mass, hyperinsulinemia, high incidence of insulin resistance and diabetes mellitus and a pro-inflammatory state represented by elevated levels of cytokines. The levels of adiponectin and resistin are increased in patients with cirrhosis, but the prognostic significance is unknown. We sought to investigate the factors associated with adiponectin, resistin and HbA1c levels and their prognostic significance in patients with cirrhosis. Materials and methods: Prospective cohort study that included 122 subjects with cirrhosis attending the outpatient clinic. The entire cohort was initially evaluated in 2012. Development of complications, mortality or liver transplantation was assessed in 2014 and 2015 during outpatient visits and by periodic phone calls. Serum adiponectin and resistin levels were measured in samples collected in 2012 (adiponectin and resistin) and 2014 (adiponectin). Thirty healthy subjects served as a control group. Results: Higher levels of adiponectin and resistin were observed among patients with cirrhosis compared to controls. Patients classified as Child-Pugh B/C had significantly higher levels of adiponectin in relation to Child-Pugh A. Patients were followed up for a median of 34 months. At second measurement, adiponectin levels increased significantly in non-transplant patients and decreased in liver transplant recipients. Univariate Cox's analysis showed that among patients with alcoholic liver disease, adiponectin levels were significantly associated to lower transplant-free survival, and survival was significantly lower among patients with alcoholic liver disease and adiponectin = 17 µg/mL as compared to those with levels <17 µg/mL. No correlation was found between the levels of resistin and survival. In the non-diabetic subjects, levels of HbA1c < 5.25% and MELD = 10 were independently associated with the lower transplant-free survival. The probability of transplant-free survival was 92.9% in patients without poor prognostic factors, 62.9% in those with one factor and only 23.8% in subjects with both poor prognostic factors (HbA1c < 5.25 % and MELD = 10). Conclusion: In patients with cirrhosis in outpatient follow-up, adiponectin levels, but not resistin, were associated with the severity of hepatic dysfunction. Higher levels of adiponectin were associated with worse prognosis only in patients with alcoholic liver disease, suggesting a potential as a prognostic biomarker. In addition, in non-diabetic cirrhotic patients, levels of HbA1c < 5.25% and MELD = 10 are factors of poor prognosis in cirrhosis, being associated with a lower transplant-free survival, and survival is still lower in the association of the two factors.Schiavon, Leonardo de LuccaUniversidade Federal de Santa CatarinaSilva, Telma Erotides da2018-08-14T04:05:05Z2018-08-14T04:05:05Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis311 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf353945https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/189032porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-08-14T04:05:05Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/189032Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-08-14T04:05:05Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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