Avaliação de saúde bucal e condição socioeconômica em usuários de substâncias químicas ilícitas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Captzan, Rachel
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/127203
Resumo: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Odontologia.
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spelling Avaliação de saúde bucal e condição socioeconômica em usuários de substâncias químicas ilícitasmaconhacocaínacracksaúde bucalCPODsalivaTCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Odontologia.Introdução: O consumo de drogas ilícitas aumentou muito nos últimos anos e, dentre as principais drogas utilizadas, destaca-se neste trabalho o uso de cocaína, crack e da maconha. Sabe-se que os dependentes químicos apresentam diversas mudanças comportamentais, entre outras alterações, provocadas pelo uso continuado de drogas e que podem contribuir significativamente para piora da saúde bucal. O uso dessas substâncias e o comportamento dos dependentes químicos podem ser associados a alterações bucais, como por exemplo: o elevado índice CPOD (dentes cariados, perdidos e obturados), a xerostomia/hipossalivação, a doença periodontal, o bruxismo, a presença de candidíase, entre outras alterações. Objetivos: Avaliar as condições de saúde bucal (índice CPOD, fluxo salivar) e socioeconômica de pacientes usuários de substâncias químicas ilícitas e correlacionar o status de saúbe bucal ao uso de drogas ilícitas. Material e Métodos: O estudo foi realizado com 35 dependentes químicos acima de 18 anos de idade em atendimento no Núcleo de Psiquiatria do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) e no Instituto de Psiquatria de Santa Catarina (Ipq/SC) com um número equivalente de pacientes não usuários como grupo controle. A participação dos sujeitos na pesquisa só foi efetivada com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os procedimentos realizados incluíram resgate de dados clínicos do prontuário de cada paciente, anamnese e exame físico, composto pela avaliação do índice CPOD e teste de aderência da espátula para avaliar a quantidade de saliva presente na cavidade bucal. A análise estatística foi realizada pelo teste qui-quadrado com intervalo de confiança de 95% (p < 0,05). Resultados: No grupo de estudo 91,43% eram do sexo masculino, com média de idade de 35,78 anos, variação 19-56 anos. 13 (37,1%) pacientes da amostra referiram morar com os pais, sendo que 3 (8,5%) dos pacientes incluídos no estudo não concluíram o ensino médio. No grupo controle, 21 (60%) pacientes dos 35 avaliados eram do sexo feminino, com média de idade de 43,95 anos, variação 21-83. 17 (48,5%) pacientes referiram viver com o cônjuge, e 10 (28,6%) dos indivíduos incluídos neste grupo concluíram o segundo grau. Com relação aos hábitos deletérios, 28 (80%) pacientes do grupo de estudo afirmaram ser fumantes no momento do exame, 15 (42,8%) afirmaram ser etilistas crônicos e 16 (45,7%) afirmaram o consumo concomitantes de substâncias químicas lícitas. No grupo controle, 8 (22,8%) pacientes da amostra relataram o tabagismo como hábito deletério, 2 (5,7%) afirmaram o consumo frequente de bebida álcoolica e apenas 1 (2,9%) relatou o uso concomitante dessas drogas. No grupo experimental, em relação às drogas ilícitas questionadas, 15 (42,8%) pacientes afirmaram o uso de maconha, 14 (40%) faziam uso constante de Crack,14 (40%) pacientes são usuários de cocaína . Quanto a saúde bucal dos participantes, a média geral do índice CPOD foi de 9,8 no grupo de estudo (35 pacientes) e de 12,3 no grupo controle (35 pacientes). O teste de adesividade de espátula foi positivo em 60% dos pacientes analisados no grupo experimental (21 pacientes) e em 31,4% (11) dos pacientes do grupo controle. O teste estatístico qui-quadrado apresentou um valor de p com significância estatística para o índice CPOD, o teste de adesividade da espátula, o tabagismo e o etilismo nas comparações entre os grupos analisados. Conclusão: O uso de substâncias químicas ilícitas contribui com uma menor renda familiar e com um menor nível de escolaridade. Contudo verificamos que esses dados não podem ser correlacionados a uma piora da condição de saúde bucal, com base no índice CPOD. Segundo a metodologia adotada, indivíduos dependentes químicos apresentam um melhor índice CPOD comparados a indivíduos não usuários de substâncias químicas ilícitas. Pacientes dependentes químicos também apresentaram um menor fluxo salivar quando comparados a pacientes não usuários.Camargo, AlessandraMunhoz, EtineUniversidade Federal de Santa CatarinaCaptzan, Rachel2014-12-08T02:03:32Z2014-12-08T02:03:32Z2014-12-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis80 f.application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/127203porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-12-08T02:03:32Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/127203Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-12-08T02:03:32Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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