Prevalência, intensidade e distribuição de Xenobalanus Globicipitis (Cirripedia: Coronulidae) em cetáceos na Bacia de Santos, Brasil
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219064 |
Resumo: | TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia. |
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Prevalência, intensidade e distribuição de Xenobalanus Globicipitis (Cirripedia: Coronulidae) em cetáceos na Bacia de Santos, BrasilCracasEpibiontesInteração ecológicaTCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.Xenobalanus globicipitis é uma espécie de craca epibionte que vive na pele de cetáceos colonizando as bordas das nadadeiras, sendo encontrada em mais de 30 espécies de baleias e golfinhos ao redor do mundo. Os dados a respeito da prevalência de Xenobalanus em cetáceos variam de 1 a 55% e a intensidade é altamente variável. Os trabalhos que buscam compreender a relação Xenobalanus-hospedeiro em águas brasileiras ainda são escassos. Portanto, o presente estudo tem como objetivo avaliar a ocorrência, prevalência, distribuição e intensidade de infestação de X. globicipitis em várias espécies de cetáceos e investigar as possíveis condições facilitadoras para essa interação. Este estudo foi conduzido em áreas costeiras e oceânicas da Bacia de Santos – área que se estende do Rio de Janeiro a Santa Catarina e abrange uma área de cerca de 352 mil km² – através do monitoramento das populações de cetáceos da região pelo Projeto de Monitoramento de Cetáceos da Bacia de Santos (PMC-BS). Os dados foram coletados durante campanhas de Avistagem e Monitoramento Acústico Passivo (MAP) e Telemetria executados pelo PMC-BS entre os anos de 2015 a 2019, sendo os registros fotográficos os principais dados utilizados. Esses foram analisados um-a-um a fim de identificar a presença da craca nos indivíduos. Estimativas de prevalência e intensidade de infestação foram calculadas, a primeira obtida pela razão entre indivíduos com craca e o total identificado anualmente, e a segunda a partir da razão entre a área ocupada pelas cracas e a área total da nadadeira. Modelos estatísticos lineares generalizados com regressão binomial foram gerados a fim de avaliar como esses valores variaram. Foram observadas 14 espécies hospedeiras de Xenobalanus, sendo metade destas novos registros em território brasileiro. Foram totalizados 119 indivíduos fotoidentificados com a presença de cracas durante 45 avistagens nos anos de 2018 e 2019. A taxa de prevalência variou bastante entre as espécies, com destaque para o ano de 2019, quando a maioria das espécies apresentou taxas mais altas. A média entre os anos apresentou maiores taxas para Orcinus orca, Sotalia guianensis e Steno bredanensis. As estimativas de intensidade de infestação também flutuaram entre as espécies. Os modelos estatísticos mostraram um padrão latitudinal e longitudinal favorável à ocorrência de Xenobalanus, ocorrendo maiores infestações em regiões mais próximas da costa e temperaturas mais elevadas (latitudes menores). Essa observação corrobora a hipótese de temperatura como principal fator determinante da ocorrência de Xenobalanus em cetáceos. Sugere-se que variações climáticas, como eventos de El Niño e marine heatwaves possam ser responsáveis pelas variações nas condições abióticas, se alguma, que favoreceram o aumento repentino de cracas em escala global. O presente trabalho representa o maior e mais amplo monitoramento sistemático existente, tanto em escala espacial quanto temporal e apresenta dados inéditos tanto para a costa da América do Sul quanto globalmente. A continuação deste monitoramento é de fundamental importância para a melhor compreensão da relação cracahospedeiro, a ecologia das espécies envolvidas e o reconhecimento da biodiversidade marinha brasileira, assim como os potenciais impactos que afetam o ecossistema.Xenobalanus globicipitis is an obligate epibiont barnacle of cetaceans that has been reported on more than 30 species worldwide and occur mostly on the trailing edge of fins. Data on barnacle prevalence range from 1 to 55% and intensity of infestation is highly variable. However, studies that investigate the interaction Xenobalanus-host in Brazilian waters are yet scarce. Therefore, in this study we evaluate the occurrence, prevalence, spatial distribution and intensity of infestation of Xenobalanus on several cetaceans species, as well as the potential factors that facilitate this interaction. Data were collected from coastal and oceanic areas of Santos basin – area that extends from Rio de Janeiro to Santa Catarina and covers an area of about 352 thousand km² - through the monitoring of cetacean populations around the area by the Projeto de Monitoramento de Cetáceos da Bacia de Santos (PMC-BS). We obtained photographs taken during Sighting, Acoustic Monitoring and Telemetry cruises conducted from 2015 through 2019. The photographs were analyzed one-by-one in order to identify the presence of barnacle. Prevalence was calculated by dividing the number of individual whales or dolphins with barnacles by the total number of individual cetaceans identified. Infestation was calculated by the surface area of the fin and the portion of this area covered by Xenobalanus. Statistical analyzes were conducted in order to assess if these values varied. Based on the photographs taken during the research cruises, 14 cetacean host species were identified, seven of these are new records in Brazilian waters. We photo identified 119 individuals with barnacles during 45 sightings from 2018 through 2019. Rates on prevalence varied considerably between species and 2019 had the highest rates. Mean prevalence was higher for Orcinus orca, Sotalia guianensis and Steno bredanensis. Intensity of infestation also varied between species. The statistical analyzes indicated a latitudinal and longitudinal pattern favorable to the occurrence of Xenobalanus: there were greater infestations in coastal areas and warmer temperatures (lower latitudes). This observation corroborates the hypothesis of temperature as the main factor affecting the occurrence of Xenobalanus in cetaceans. We suggest that climate changes, such as El Niño events and marine heatwaves, may be responsible for variations in abiotic conditions that favored the increase of barnacles on a global scale. The present study represents the largest and most extensive systematic monitoring, both in spatial and temporal scale. We present important data on South America coast and also globally. Therefore, the continuation of this monitoring is fundamental to understand the interaction between Xenobalanus and its hosts, the ecology of these species and the recognition of the Brazilian marine biodiversity, as well as the potential impacts that affect the ecosystem.Florianópolis, SC.Daura-Jorge, Fábio GonçalvesUniversidade Federal de Santa CatarinaMinussi Rama, Ana Carolina2021-01-04T19:27:16Z2021-01-04T19:27:16Z2020-11-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis48 f.application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219064info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2021-01-04T19:27:18Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/219064Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-01-04T19:27:18Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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