Efeito do tratamento do benzonidazol e da terapia antioxidante na cardiopatia chagásica crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Carine Muniz
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/92447
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-graduação em Farmácia, Florianópolis, 2009
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spelling Efeito do tratamento do benzonidazol e da terapia antioxidante na cardiopatia chagásica crônicaFarmáciaEstresse OxidativoCoracao -AnomaliasBenzonidazolDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-graduação em Farmácia, Florianópolis, 2009Existem evidências sugerindo que o coração de pacientes chagásicos crônicos está exposto ao estresse oxidativo, e que este fator contribui para a progressão da doença. O benzonidazol (BZN) é a única terapia etiológica disponível no Brasil, sendo que seu mecanismo de ação reside na modificação covalente de macromoléculas do parasita através de espécies reativas geradas durante seu metabolismo nitroredutor. Entretanto, além do mecanismo tripanocida, seu metabolismo pode acarretar efeitos oxidativos deletérios ao hospedeiro. O presente projeto é uma seqüência de estudos anteriores, realizado nos mesmos pacientes chagásicos crônicos, os quais demonstraram um aumento do estresse oxidativo proporcional ao grau de severidade da doença (OLIVEIRA et al., 2007), o qual foi atenuado através da suplementação com vitaminas E e C (MAÇAO et al., 2007). Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da suplementação antioxidante com vitamina E (800 UI/dia) e vitamina C (500 mg/dia), após a terapia com BZN durante 2 meses (5 mg/Kg/dia), com o intuito de minimizar os efeitos deletérios que essa terapia ocasiona no hospedeiro. Os pacientes foram classificados e divididos em quatro grupos, de acordo com a classificação clínica e hemodinâmica de Los Andes modificada, em grupos IA (n=10); IB (n=20); II (n=7) e III (n=4). As atividades da superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa transferase (GST) e glutationa redutase (GR), além dos conteúdos de glutationa reduzida (GSH), vitaminas E e C, os marcadores de estresse oxidativo, como as substâncias reagentes ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e proteína carbonilada (PC), e os marcadores inflamatórios adenosina deaminase (ADA), mieloperoxidase (MPO) e óxido nítrico (NO), foram determinados no sangue dos pacientes, antes e após a terapia com BZN, e após a suplementação com a terapia antioxidante. Comparações entre os diferentes grupos foram realizadas usando ANOVA (análise de variância), complementada pelo teste de Tukey-Kramer, enquanto o teste t de Student foi usado para comparação pareada, antes e após alguma intervenção, admitindo um nível mínimo de significância de p 0,05. Os resultados revelaram que após dois meses de tratamento com BZN, as atividades das enzimas antioxidantes: GPx aumentaram em todos os grupos IA (p=0,0004), IB (p<0,0001), II (p=0,0087) e III (p=0,0008); da enzima SOD nos grupos IA (p<0,0001), IB (p=0,0007) e II (p=0,0087), CAT (IA (p=0,0390), IB (p=0,0001) e II (p=0,0068) e GST nos grupos IA (p<0,0001), IB (p<0,0001), II (p=0,0090), foram aumentadas em todos os grupos, exceto no grupo III; e os níveis de PC foram elevados nos grupos IA (p=0,0046), IB (p=0,0025) e II (p=0,0041), novamente exceto o grupo III, além da depleção de vitamina E nos grupos IA (p=0,0057), IB (p=0,0137) e II (p=0,0230). Após a suplementação antioxidante, a atividade da SOD nos grupos IA (p<0,0001); IB (p<0,0001); II (p=0,0002); da GPx nos grupos IA (p=0,0064), IB (p=0,0003), II (p<0,0001) e III (p=0,0108) e da GR nos grupos IA (p=0,0395) e IB (p=0,0345) foram diminuídas; os conteúdos de PC nos grupos IA (p=0,0034), IB (p=0,0003) e II (p=0,0014); TBARS nos grupos IA (p<0,0001), IB (p=0,0007), II (p=0,0011) e III (p=0,0341); NO nos grupos IA (p=0,0443), IB (p=0,0214) e II (p=0,0402); ADA nos grupos IA (p=0,0113) e IB (p=0,0022); e GSH nos grupos IA (p=0,0002), IB (p=0,0006), II (p=0,0211) foram diminuídos, enquanto que os níveis de vitamina E foram aumentados nos grupos IA (p=0,0006), IB (p=0,0118) e II (p=0,0061). Em resumo, o tratamento com BZN promoveu um insulto oxidativo em pacientes chagásicos crônicos demonstrado através dos aumentos das atividades de enzimas antioxidantes, aumentos dos níveis de PC e depleções de vitamina E, os quais foram atenuados através da suplementação antioxidante com vitaminas E e C durante seis meses, demonstrado pela diminuição das atividades das enzimas SOD, GPx e GR, menores níveis de PC, além de restaurar e aumentar os níveis de vitamina E. Além disso, a suplementação também diminuiu os níveis de TBARS e marcadores inflamatórios (NO e ADA) nos estágios com menor comprometimento cardíaco.Florianópolis, SCWilhelm Filho, DaniloUniversidade Federal de Santa CatarinaRibeiro, Carine Muniz2012-10-24T08:58:33Z2012-10-24T08:58:33Z20092009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis111 f.| grafs., tabs.application/pdf266561http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/92447porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-05T07:21:14Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/92447Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-05T07:21:14Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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