OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE O “EFEITO PREGUIÇA”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: prosperi, Luciene Oliveira
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Frias, Lincoln
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Sociais e Humanas
Texto Completo: http://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/34492
Resumo: Uma das críticas recorrentes ao Programa Bolsa Família (PBF) é o receio de que os beneficiários trabalhem menos do que trabalhariam se não recebessem a transferência de renda, o chamado “efeito preguiça”. Este artigo é uma revisão bibliográfica sobre esse assunto. Após a introdução, a segunda seção apresenta o perfil do beneficiário do PBF, visando caracterizar o público alvo do programa, enquanto a seção seguinte resume os principais estudos econométricos sobre a participação dos beneficiários no mercado de trabalho. Os estudos analisados não encontraram evidências do efeito preguiça – ou apenas efeitos muito pequenos em alguma subpopulação, p. ex., uma redução pequena no número de horas trabalhadas pelas mães. Outro resultado é a constatação de que estes estudos oferecem poucas informações sobre as opções de trabalho para a pessoas pobres e extremamente pobres. Por isso, a quarta seção se dedica a uma tarefa mais sociológica: a contextualização do mercado de trabalho para essa população, abordando o microempreendedorismo como uma porta de saída para as situações de trabalho degradante. Portanto, o receio de que o PBF faça com que os beneficiários trabalhem menos não é um fundamento consistente para criticar o programa. 
id UFSM-10_aeb336562e2d33f4276f3835a633c73e
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/34492
network_acronym_str UFSM-10
network_name_str Sociais e Humanas
repository_id_str
spelling OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE O “EFEITO PREGUIÇA”Gestão pública e sociedadeUma das críticas recorrentes ao Programa Bolsa Família (PBF) é o receio de que os beneficiários trabalhem menos do que trabalhariam se não recebessem a transferência de renda, o chamado “efeito preguiça”. Este artigo é uma revisão bibliográfica sobre esse assunto. Após a introdução, a segunda seção apresenta o perfil do beneficiário do PBF, visando caracterizar o público alvo do programa, enquanto a seção seguinte resume os principais estudos econométricos sobre a participação dos beneficiários no mercado de trabalho. Os estudos analisados não encontraram evidências do efeito preguiça – ou apenas efeitos muito pequenos em alguma subpopulação, p. ex., uma redução pequena no número de horas trabalhadas pelas mães. Outro resultado é a constatação de que estes estudos oferecem poucas informações sobre as opções de trabalho para a pessoas pobres e extremamente pobres. Por isso, a quarta seção se dedica a uma tarefa mais sociológica: a contextualização do mercado de trabalho para essa população, abordando o microempreendedorismo como uma porta de saída para as situações de trabalho degradante. Portanto, o receio de que o PBF faça com que os beneficiários trabalhem menos não é um fundamento consistente para criticar o programa. Universidade Federal de Santa Maria2020-03-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/3449210.5902/2317175834492Revista Sociais e Humanas; v. 33 n. 1 (2020): RSH: Artigos Livres2317-17580103-0620reponame:Sociais e Humanasinstname:Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)instacron:UFSMporhttp://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/34492/pdfCopyright (c) 2020 Revista Sociais e Humanasinfo:eu-repo/semantics/openAccessprosperi, Luciene OliveiraFrias, Lincoln2020-04-28T22:11:04Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/34492Revistahttps://periodicos.ufsm.br/index.php/sociaisehumanasPUBhttp://periodicos.ufsm.br/index.php/sociaisehumanas/oaicarlos.eduardo@cbpciencia.com.br||revistaccsh@gmail.com2317-17580103-0620opendoar:2020-04-28T22:11:04Sociais e Humanas - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)false
dc.title.none.fl_str_mv OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE O “EFEITO PREGUIÇA”
title OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE O “EFEITO PREGUIÇA”
spellingShingle OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE O “EFEITO PREGUIÇA”
prosperi, Luciene Oliveira
Gestão pública e sociedade
title_short OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE O “EFEITO PREGUIÇA”
title_full OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE O “EFEITO PREGUIÇA”
title_fullStr OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE O “EFEITO PREGUIÇA”
title_full_unstemmed OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE O “EFEITO PREGUIÇA”
title_sort OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE O “EFEITO PREGUIÇA”
author prosperi, Luciene Oliveira
author_facet prosperi, Luciene Oliveira
Frias, Lincoln
author_role author
author2 Frias, Lincoln
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv prosperi, Luciene Oliveira
Frias, Lincoln
dc.subject.por.fl_str_mv Gestão pública e sociedade
topic Gestão pública e sociedade
description Uma das críticas recorrentes ao Programa Bolsa Família (PBF) é o receio de que os beneficiários trabalhem menos do que trabalhariam se não recebessem a transferência de renda, o chamado “efeito preguiça”. Este artigo é uma revisão bibliográfica sobre esse assunto. Após a introdução, a segunda seção apresenta o perfil do beneficiário do PBF, visando caracterizar o público alvo do programa, enquanto a seção seguinte resume os principais estudos econométricos sobre a participação dos beneficiários no mercado de trabalho. Os estudos analisados não encontraram evidências do efeito preguiça – ou apenas efeitos muito pequenos em alguma subpopulação, p. ex., uma redução pequena no número de horas trabalhadas pelas mães. Outro resultado é a constatação de que estes estudos oferecem poucas informações sobre as opções de trabalho para a pessoas pobres e extremamente pobres. Por isso, a quarta seção se dedica a uma tarefa mais sociológica: a contextualização do mercado de trabalho para essa população, abordando o microempreendedorismo como uma porta de saída para as situações de trabalho degradante. Portanto, o receio de que o PBF faça com que os beneficiários trabalhem menos não é um fundamento consistente para criticar o programa. 
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-03-12
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/34492
10.5902/2317175834492
url http://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/34492
identifier_str_mv 10.5902/2317175834492
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/34492/pdf
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 Revista Sociais e Humanas
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 Revista Sociais e Humanas
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Maria
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Maria
dc.source.none.fl_str_mv Revista Sociais e Humanas; v. 33 n. 1 (2020): RSH: Artigos Livres
2317-1758
0103-0620
reponame:Sociais e Humanas
instname:Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
instacron:UFSM
instname_str Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
instacron_str UFSM
institution UFSM
reponame_str Sociais e Humanas
collection Sociais e Humanas
repository.name.fl_str_mv Sociais e Humanas - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
repository.mail.fl_str_mv carlos.eduardo@cbpciencia.com.br||revistaccsh@gmail.com
_version_ 1799944178552012800