Undesired memories: the fields of reeducation on the fiction of Ungulani Ba Ka Khosa
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Literatura e Autoritarismo |
Texto Completo: | http://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/25569 |
Resumo: | Logo após a independência de Moçambique em 1975, uma das medidas adotadas pela FRELIMO foi o deslocamento e a disciplinarização em massa da população. Entre as estratégias tomadas estava a criação de campos de reeducação, para onde eram levados os moçambicanos classificados como improdutivos e indesejáveis pelo poder soberano. No romance Entre as memórias silenciadas, Ungulani Ba Ka Khosa representa a memória dos sujeitos deportados para os campos para serem ressocializados e transformados pela experiência prisional, pelo trabalho nas machambas e pelo pensamento anticolonial de fundamentação marxista-leninista no novo homem moçambicano. Nessa narrativa, os sujeitos ficcionais são despossuídos de seus direitos de cidadania e submetidos pelo poder/violência instaurador(a) da nova ordem socialista a processos de subjetivação/dessubjetivação com o objetivo não só de se tornarem corpos dóceis ao regime revolucionário, mas também de modo a impossibilitar a formação de memórias que testemunhassem a própria existência dos campos. |
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Undesired memories: the fields of reeducation on the fiction of Ungulani Ba Ka KhosaMemórias indesejadas: os campos de reeducação na ficção de Ungulani Ba Ka KhosaMoçambiqueCampos de reeducaçãoUngulani Ba Ka KhosaLogo após a independência de Moçambique em 1975, uma das medidas adotadas pela FRELIMO foi o deslocamento e a disciplinarização em massa da população. Entre as estratégias tomadas estava a criação de campos de reeducação, para onde eram levados os moçambicanos classificados como improdutivos e indesejáveis pelo poder soberano. No romance Entre as memórias silenciadas, Ungulani Ba Ka Khosa representa a memória dos sujeitos deportados para os campos para serem ressocializados e transformados pela experiência prisional, pelo trabalho nas machambas e pelo pensamento anticolonial de fundamentação marxista-leninista no novo homem moçambicano. Nessa narrativa, os sujeitos ficcionais são despossuídos de seus direitos de cidadania e submetidos pelo poder/violência instaurador(a) da nova ordem socialista a processos de subjetivação/dessubjetivação com o objetivo não só de se tornarem corpos dóceis ao regime revolucionário, mas também de modo a impossibilitar a formação de memórias que testemunhassem a própria existência dos campos.Universidade Federal de Santa Maria2022-03-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado pelos paresapplication/pdfhttp://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/2556910.5902/1679849X25569Literatura e Autoritarismo; n. 18 (2017): Dossiê "Fronteiras e Formas de Testemunho"1679-849X1679-849Xreponame:Literatura e Autoritarismoinstname:Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)instacron:UFSMporhttp://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/25569/46193Copyright (c) 2017 Literatura e Autoritarismoinfo:eu-repo/semantics/openAccessLima, Rainério dos Santos2023-05-24T02:57:20Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/25569Revistahttps://periodicos.ufsm.br/LA/indexPUBhttp://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/LA/oaigla@mail.ufsm.br||jlourique@pq.cnpq.br1679-849X1679-849Xopendoar:2023-05-24T02:57:20Literatura e Autoritarismo - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)false |
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